Prólogo: O Poder do fogo


O Poder do Fogo

O céu estava sereno, a brisa sopra fresca, vários Pokémon se escondendo em suas tocas para dormir, essa era só mais uma noite normal na região de Oblivia. Oblivia é um arquipélago, ou seja, é composta por várias ilhas, cada uma com suas características únicas, uma região repleta de beleza e mistérios de seu passado, oculto em ruínas.

Em uma dessas ilhas, numa pequena cidade, mora uma família conhecida por todos: os Ferysen. Joseph e Samantha Ferysen são Tops Pokémon Rangers, um dos cargos mais altos que um Ranger pode alcançar. Começaram como parceiros depois que saíram da Escola Ranger, em Almia, e a parceria acabou sendo para a vida toda. Eles são conhecidos por seus atos de coragem em prol de Oblivia, sendo muito bem reconhecidos.

Moravam afastados de Cocona Village, em uma casa um tanto grande para a simples família: ela era grande, de 2 andares, aparência rústica, cheia de jardins e ao lado de uma floresta. No jardim da entrada da casa, estava o orgulho do casal: Richard, seu único filho. O garoto tinha 7 anos, pele clara, cabelos castanhos e olhos azuis, assim como seu pai, era inteligente e estudioso, amava os Pokémon e sempre queria saber mais sobre todos eles. Ele estava deitado ao lado de seu fiel amigo, Evy, um pequenino Eevee, que saíra a poucas semanas do ovo que ganhou no 7º aniversário.

Os dois folheavam um enorme livro, mas o preferido do menino, em que falava tudo sobre os continentes, Pokémon, treinadores, etc, e estava em sua parte favorita: onde falava de Pokémon dragão e fogo, os tipos que ele mais gostava. Sua mãe preparava o jantar na enorme cozinha da casa, com dois ambientes, cheia de armários, seu pai cuidava da parte burocrática de ser um Ranger. Tudo estava como sempre, mas algo que estava preste a acontecer mudaria a vida do garoto definitivamente.

A quietude da noite foi quebrada por uma explosão na entrada da casa, não tão perto de Richard, mas o suficiente para arremessá-lo. Seus pais foram ao socorro do garoto, que estava atordoado, e foi quando várias mini-naves pousaram cercando o local, levantando uma densa poeira. Do meio da confusão, Samantha e Joseph chamaram seus Pokémon: um Ampharos e um Staraptor,que ficaram em posição de batalha.

- Eles nos acharam... – sussurrou Joseph aflito.

- O que vocês querem?! – gritou Samantha, protegendo o filho.

Em meio à confusão surge um homem alto e amedrontador para os olhos assustados de Richard, ele estava vestindo um chapéu e sobretudo pretos, não sendo possível ver seu rosto.

- Vocês sabem o que queremos. – disse num tom irônico.

- Saia de nossa casa agora!

- Não até vocês pagarem e devolverem o que é nosso!

- Não temos nada que seja seu. – disse a mulher irritada.

- Será? Revistem a casa. – disse o homem.

Com um apontar dele, várias pessoas invadiram a casa, destruindo tudo em seu caminho, até que um deles veio e cochichou ao homem misterioso, que parecia ser o líder deles.

- Então parece que não está aqui... Diga onde está agora!!! – gritou sem paciência.

- Nem nos matando você vai descobrir...

- Será mesmo?

O homem jogou um objeto redondo para o céu, e de lá sai, num feixe de luz, um Pokémon metálico gigante, com enormes garras e algo parecido com um capacete com chifres em sua cabeça: um Aggron, e assim uma feroz batalha se iniciou. A mãe mandou o garoto fugir, mas ele se escondeu atrás de alguns arbustos e observou tudo em silêncio. Esses monstros, como pensava Richard, atearam fogo em sua casa. Ele abraçava o pequeno Evy, com os olhos úmidos ao ver tudo aquilo, seus pais não aguentariam por muito tempo; eles eram fortes, mas ficaram em desvantagem quando todos ali liberaram seus Pokémon, a maioria mais fraco, mas ainda em maior quantidade. Eles caíram exaustos, seus Pokémon já estavam fora de combate, mas parecia que o homem queria mais:

- Vocês vão pagar por todo o prejuízo que nos causaram.

- Deixe meus pais em paz! – gritava o garoto que saiu de trás dos arbustos, tentando mostrar autoridade.

- Ah, é mesmo, esqueci de você pirralho... Bom, já que está se oferecendo, será o primeiro a cair. – disse o homem com uma risada malévola – Aggron, Hyper Beam.

- Flygon, tire Richard daqui e proteja-o, já! – ordenou Joseph, que num rápido reflexo, lançou uma pequena esfera, e de lá saiu um belo Pokémon verde e rosa, enorme, com grandes asas, que num rasante, fez o Pokémon metálico errar o alvo.

O pai entregou a esfera nas mãos do menino enquanto sua mãe lhe dava seu colar e um forte abraço.

- Vá querido, vai ficar tudo bem.

- Ma-mas... Mas e vocês?

- Me escute filho, - disse o pai sério – fuja, fuja e não olhe para trás. Mas não se esqueça de uma coisa: não deixe que os outros te impeçam de correr atrás de seus sonhos. Nós te amamos, você é nosso maior motivo de orgulho. – e antes que o garoto pudesse dizer qualquer coisa, Flygon o pegou e levantou vôo.

- Hahahahaha, pode fugir, mas não vai se esconder por muito tempo. Aggron, mate-os e apague nossos rastros.



Mesmo o garoto gritando para o Pokémon o largar (mas sem sucesso), olhou para trás e viu algo que fez seu coração quase parar: uma enorme bola de fogo estava onde antes era sua casa, e eles foram atingidos pela forte onda de choque da enorme explosão, sendo arremessados em um lago nas redondezas.

Como sendo um Pokémon bem treinado, seguindo as ordens de seu mestre, o Pokémon dragão pegou o garoto e seu Eevee e os levou a margem, deitando ao seu lado sentindo as dores do impacto.

Richard olhou para cima e ainda era possível ver as chamas altas. As pessoas da cidade começaram a se alvoroçar com as explosões e o caos na casa dos Ferysen. Ainda confuso, assustado e com o corpo doendo, abraçou seu Eevee e se aconchegou em Flygon, tentando dormir, ou acordar, do pesadelo que tinha se tornado aquela noite em sua vida.

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