Elm reconheceu os
rostos medrosos dos dois iniciantes, afinal, seria constrangedor perder em um
torneio de iniciantes. Ele então convidou a dupla para um almoço ali mesmo no laboratório,
em comemoração ao primeiro convite de Elm em um evento que mesmo não tendo um
reconhecimento regional, o Torneio de Iniciantes tinha como jurados, as pessoas
mais influentes nos últimos messes.
Sala de Almoço – Prof. Elm –
12h50min da tarde
O professor conduziu a dupla seguida pelos
melhores funcionários do laboratório para uma porta que se localizava na Sala
Central, chegando assim no local onde Elm costuma almoçar quando não tem tempo
de ir até um restaurante. A Sala era perfeita, bem iluminada e com uma
decoração de dar inveja, os alimentos já estavam servidos á mesa e todos se
sentaram corretamente.
– Bom! –
Disse Elm, se levantando enquanto os demais permaneciam sentados – Em primeiro
Lugar eu gostaria de agradecer a toda minha equipe, pois com esse evento, nosso
laboratório terá o primeiro reconhecimento na cidade de Cherrygrove City, e pra
mim é uma honra – sorriu ele timidamente
– Ethan, você vai
se inscrever para esse torneio? – Sussurrou Lyra, de forma que somente Etha
pudesse escutar
– O que eu quero
mesmo é que o professor cale a boca e a gente coma essa comida logo, tô cheio de fome – Respondeu Ethan, com
sussurros.
Lyra observou seu
amigo com um olhar reprovador – É serio Ethan, você vai ou não vai?
O garoto pareceu nem
dar ouvidos a sua amiga, ele permaneceu com os olhos fixos no Professor Elm,
fazendo Lyra ficar mais intrigada com a atitude do garoto. Por fim, o professor
terminou seu pequeno discurso e se sentou a mesa acompanhado os demais.
– Finalmente –
comemorou Ethan, com sussurros
Todos então
começaram a almoçar ali, o relógio já marcava 01h00min da tarde e todos estavam
satisfeitos com a comida, Ethan deixava isso claro devido à velocidade e a sua
expressão facial enquanto comia.
– E como foram as
escolhas? – Perguntou Elm, ainda sentado á mesa
– Foi divertido,
me dei super bem com a Chikorita – sorriu Lyra
–Então vocês
representaram nossa cidade no torneio de iniciantes? – perguntou um dos
assistentes
– É! –respondeu
Ethan – Vou mandar bem, vejo varias lutas pela televisão... Quer dar uma
olhadinha no meu Pokémon?
– Eu adoraria
mais... – Disse o Assistente, parando de falar no momento que viu o menino
sacando uma capsula nos tons Vermelho e Branco do bolso de sua bermuda – Não me
diga que você vai liberar seu inicial aqui nessa Sala... – terminou o
assistente percebendo o sorriso no rosto de Ethan
Ele se levantou da
cadeira e arremessou a Pokébola, acertando alguns vasos de decoração que
desabaram com o impacto. A pokébola se abriu e liberou a Criatura de fogo que
pareceu se intimidar com as pessoas da Sala.
– Er... Foi sem
querer professor – Desculpou-se o menino, coçando a nuca e com um sorriso meio
sem graça – Olha ai Ele! – Disse Ethan para o assistente que conversara agora a
pouco
– Quiiiil – Grunhiu o Pokémon correndo
para baixo da mesa
– Ele é meio
tímido... – sorriu o Assistente, fazendo todos da sala rir deixando Ethan com o
rosto acanhado pela vergonha. Somente Lyra e Elisa não riram da situação que
via.
– Não fique com vergonha, amigão – Disse
Ethan, se agachando e entrando por debaixo da mesa.
O Pokémon estava de
costas e parecia esconder seu rosto com suas pequenas patas. Ethan ainda
agachado foi se aproximando do Pokémon e quando já estava bem próximo, o menino
o tocou pelas costas, pegando em uma das quatro cavidades – Tenha calma, amigão
– Sussurrou Ethan, tocando as costas do Pokémon. O pequeno Cyndaquil ficou um
pouco assustado pelo movimento do garoto e de suas costas, um vapor quente
começou a sair seguido por uma quente chama que queimou a mão de Ethan, fazendo
um imenso grito sair pela boca do menino que ao ser queimado, se levantou
derrubando toda a mesa da Sala do professor Elm.
Ethan balançava a
mão ao vento na tentativa de fazer a dor passar. Todos que estavam sentados se
levantaram e observaram a mesa tombada com toda a comida e os objetos jogados
ao chão. O Pokémon de fogo cessou a chama que estava em suas costas e se
dirigiu até a porta, saindo da Sala.
– Ei! Espera aê! –
Gritou Ethan, correndo na direção do Pokémon e deixando a Sala.
Enquanto corria,
Ethan assoprava a mão que ainda estava vermelha. Passando pelo extenso corredor
e deixando os assistentes que ainda trabalhavam, um pouco intrigados com a sena
que viam. Minha mãe vai me matar quando
me ver, pensou o menino.
O pequeno Cyndaquil correu para as escadas,
mais ficou encurralado quando chegou ao primeiro andar e as postas estavam
fechadas, ele tentou fazer o percurso de volta, talvez para achar outra saída
mais Ethan o barrou antes dele tentar uma nova fuga, deixando o Pokémon sem
saída.
– Sem medo, amigo – Disse Ethan –
Somos parceiros agora lembra?
O menino foi se
aproximando e falando com o Pokémon que ainda estava tremulo, dando passos
curtos e estendendo a mão para tentar outro toque, porém essa foi a mão que não
estava queimada.
– Fique calmo –
Falou Ethan, em um tom amistoso
Quando Ethan
conseguiu tocar a ponta de seus dedos no nariz do Pokémon, os dois foram
capazes de ouvir a voz de Elisa descendo as escadas.
– Droga! É minha
mãe –Disse Ethan – ela vai “Cortar minha Cabeça” – Terminou ele
A Mulher desceu a
escada seguida por Lyra e pelo Professor Elm, todos com um semblante até
despreocupado com a bagunça que o garoto fizera na Sala.
– Ta ai o senhor
bagunça – Disse Lyra, em um tom amistoso
– Então temos um
caso interessante aqui –Sorriu o Professor – Fez uma ótima escolha Ethan, pegou
um Pokémon que combine com você
– Oshi!? Não vai
me dar uma bronca? – Perguntou o garoto, se levantando
– Brigar não –
Falou Elisa – mais você deve desculpas para o Professor
– Desculpa aê professor, isso não vai se repetir –
Disse Ethan, cabisbaixo
– Só aceito suas
desculpas se você Cadastrar Minha PokéGear na sua Lista telefônica, adoraria
acompanhar você e o Cyndaquil e tenho certeza que esse é um Caso Único, o
Professor Carvalho vai sentir orgulho de mim – Disse ele, pegando a PokéGear.
Após uma longa
conversa, Ethan já tinha seus primeiros contatos na “insignificante PokéGear” como
ele mesmo dizia, ele e Lyra decidiram partir da cidade naquela mesma tarde,
deixando Elisa tristonha e confusa, mas em sua mente, algo dizia que Ethan e
Lyra teria um grande futuro e era isso que conseguia alegrar o frágil coração
de mãe nessas horas.
Elisa providenciou um curativo pra mão de seu
filho, eram ataduras e em seguida levou ele e Lyra até a porta do prédio. A
porta da frente foi liberada e quando aberta, a temperatura quente do
laboratório foi rapidamente mudada pela corrente de vento frio que invadiu o
local. Ethan e Lyra já estavam preparados para seguirem seus caminhos e um
sorriso no rosto de cada um deixava isso obvio. Elisa e Elm acompanharam os
dois jovens até a porta.
– Johto é um
continente muito bonito, ainda me recordo das paisagens que vi quando decidi
seguir uma jornada – sorriu Elisa.
– Paisagens!?
Ainda bem que não esqueci minha câmera fotográfica – Disse Lyra.
– A gente vai
demorar muito pra chegar em Cherrygrove? – Disse Ethan.
– Creio que não,
amanhã bem cedo vocês já estarão lá, e antes do por do Sol vocês já devem estar
em um ponto de observação.
– E o que é isso
mãe?
– Vamos dizer
assim – Disse Elm – é o lugar que separa as rotas das cidades ou até mesmo as
rotas umas das outras, em outras palavras é um prédio que hospedam viajantes –
Terminou ele.
– Então é isso né?
– Disse Elisa – Cuide-se Filho.
Os olhos de Elisa se
umedeceram ao receber o abraço quente de seu filho. Quero ver você arrebentando no torneio de iniciantes, sussurrou ela
no ouvido do garoto, se desfazendo do abraço e vendo o pequeno garoto seguir
caminho com sua amiga.
– Tchau meninos,
se cuidem – Acenou Elm – São as promessas de New Bark – sorriu ele, falando pra
Elisa que segurava as lagrimas.
– Tomara que tudo
dê certo na estrada desses dois – Disse Elisa.
– Vai dar sim,
agora ainda é três da tarde, eles vão chegar no observatório antes do sol ir
dormi – sorriu Elm – E ainda quero acompanhar aquele jovem com o Cyndaquil,
nunca vi uma dupla tão medrosa assim – sorriu ele.
– E eu tenho que
morrer de saudade e preocupação...
– Esse é o papel
de uma mãe... – sorriu Elm
– Volte logo Ethan
– sussurrou Elisa, de forma que só ela pudesse ouvir
Após passar pelas
ruas e calçadas de New Bark, Ethan e Lyra finamente chegaram ao inicio da rota
29. O local era totalmente gramado, sem nenhuma estrada de terra, os raios de
sol iluminavam a estrada e o vento soprava forte naquela tarde. Pokémons
voadores sobrevoavam os céus livremente, pareciam até mesmo estar desejando boa
sorte para aquela dupla.
– Então é aqui que
o bicho pega – sorriu Ethan, mostrando uma tremenda empolgação.
– É sim, esperei
quatorze anos por isso – sorriu Lyra – temos que ir logo, quero chegar no
observatório ainda hoje – terminou ela.
Os dois caminhavam
lentamente, talvez para aproveitar cada detalhe da primeira rota da jornada dos
dois, as arvores pareciam dançar a sinfonia do vento e isso empolgava ainda
mais os corações dos dois jovens que pareciam estar no dia mais feliz de suas
vidas.
Os olhos da garota
brilhavam com cada detalhe que via, talvez o motivo de sua jornada, tenha sido
somente pela oportunidade de conhecer novos lugares e novos locais, já Ethan
caminhava sempre atento, talvez ele quisesse mesmo era ver um Pokémon selvagem,
embora ele também gostasse de lugares como florestas.
Após certo tempo
andando, ambos decidiram parar para um leve descanso. Ethan se jogou na grama gélida
debaixo de uma arvore e ligou sua PokéGear na função de radio, equipando os fones
de ouvido para que só ele pudesse ouvir. Lyra sentou-se na grama e colocou sua
bolsa entre as pernas, ela olhava cada item pra ver se não havia se esquecido
de nada.
– Ethan, trouxe
quantas pokébolas? – Perguntou Lyra, sendo ignorada pelo menino que talvez nem
tenha escutado pelo fato de estar com os fones de ouvido – Ethan me escute –
Disse ela, retirando um dos fones do ouvi do menino – Quantas pokébolas você
trouxe?
– Pokébolas? –
Disse ele, se sentando corretamente – onde você conseguiu pokébolas?
– Não acredito que
você não trouxe nenhuma... Minha mãe me deu somente uma que ele tinha guardada,
era pra gente passar no Shopping de New Bark e comprar, mais eu me esqueci – se
lamentou ela
–Cara, nem
lembrava que o Elm não tinha distribuído pokébolas – disse ele –como vamos
fazer pra pegar Pokémon nessa rota?
– Eu ainda tenho
uma – sorriu ela – quando aparecer o primeiro Pokémon eu vou capturá-lo.
– Isso é injusto,
você vai ter mais pokémons que eu então é!?
– Sim – sorriu
ela, apanhando a pokébola da pequena Chikorita em sua bolsa – me deseje sorte –
Disse ela, arremessando a capsula para o alto e fazendo a criatura verde ser
liberada.
– Tchicko – Grunhiu o Pokémon, liberando
um imenso sorriso
– Aaaaah que Fofa!
– Gritou Lyra, ao ver seu Pokémon – Bom, como eu já disse, me deseje sorte,
Ethan – sorriu ela.
– E pra onde você
vai? – Perguntou ele.
– Capturar algum
Pokémon, fique ai ouvindo suas musicas enquanto eu capturo um lindo Pokémon,
daqueles bem legais que você sonha em ter – brincou ela, despertando uma certa
ira em Ethan que conseguiu disfarçar colocando os fones de ouvido e fechando os
olhos – Então ta, se não se importa eu vou indo – Disse ela.
– Eu até iria,
mais minha mão está enferma e isso atrapalha – Sorriu.
Lyra se vira e
começa a caminhar com sua Chikorita, ela caminhou durante alguns minutos e
sempre olhava para trás para ver se Ethan não estava a perseguindo, mas logo
foi interrompida quando a criatura verde teve uma atenção entr5e os matos. A
pequena Chikorita de pôs em posição de combate e aguardou as ordens de sua
treinadora.
– Não me diga que
é um Pokémon!? – Disse Lyra, se aproximando com cautela do local onde a
Chikorita ainda olhava com atenção.
Passando entre
alguns arbustos e galhos, Lyra viu algo que a fez ficar pálida por um instante.
Era uma gigantesca arvore que fazia uma imensa sombra na grama, e bem embaixo da
arvore estava um homem, esse trajava roupas escuras na qual nem mesmo dava pra
ver seu rosto. O homem mantinha-se de pé conversando com uma pessoa através de
uma PokéGear, até que ele desligou o aparelho e olhou bem no local onde Lyra o
observava.
Lyra se virou e
junto com Chikorita, correu de volta para onde Ethan estava. Após alguns
gritos, o garoto abriu os olhos e retirou seus fones. A feição que Lyra trazia
em seu roso despertou medo e preocupação no garoto.
– Ethan, eu vi um
homem muito estranho ali entre as arvores – sussurrava ela.
– Ele te fez
alguma coisa? – perguntou ele.
– Não, mais tive
um pressentimento ruim e ele viu que eu estava observando ele...
– Vamos lá
observá-lo, quero ver quem esse cara –
Disse Ethan, se levantando e caminhando na direção de onde Lyra viera.
– Não Ethan –
Disse ela, puxando o braço de seu amigo – eu quero sair daqui, e o mais de
pressa possível.
Ethan percebeu que
Lyra estava realmente amedrontada com o homem misterioso que acabara de ver,
diferente de Chikorita que direcionava seu rosto por todos os lados para ver se
avistava algo.
– Então Vamos
nessa!
Os dois partiram
correndo pela rota, Ethan era mais rápido e ia na frente puxando a mão de sua
amiga, seguidos pela Chikorita que sempre olhava para trás para ver se estavam
sendo perseguidos e depois de alguns minutos correndo, ambos perceberam que já
estavam fora de alcance daquele homem estranho.
O casal de amigos
permaneceu por horas caminhando e só repararam no tempo quando o Sol já se
despedia e entrava nas enormes cadeias de montanhas fazendo Johto descansar de
mais um dia. A temperatura baixa que castigava a dupla pela manhã agora já nem
era notada pelos dois, Johto tem tido varias alterações de temperatura e o pior
é que não tinha explicações para isso. Ethan e Lyra conseguiram chegar
tranquilamente no primeiro posto de observação que liga as rotas 29 e 46. Na
portaria estava um guarda Pokémon que entregou a chave de dois quartos para os
dois jovens.
– Boa noite Lyra –
Sorriu Ethan – E cuidado pra não ver nenhum homem estranho no seu quarto –
Brincou ele
– Seu bobo... –
acenou ela, entrando em seu quarto de hospedagem
A noite estava calma
e do quarto do menino era possível ouvir os diversos hoothoot’s cantarolarem.
Ethan mantinha seus pensamentos no seu Sub-Consciente, Quem será que era aquele sujeito que fez a Lyra ter medo? Porque será
que aquele pássaro me mandou eu escolher o Cyndaquil?, Perguntava-se Ethan,
até que o sono veio e o menino conseguiu dormir, mas ainda mantinha essas
duvidas em sua cabeça.
A sorte foi lançada, Ethan e Lyra finalmente
partiram para suas tão sonhadas “jornada Pokémon”, as duvidas já começam a
rondar a cabeça dos dois jovens, mas o destino guarda algo para eles... O
futuro os esperam... Os pokémons os esperam... E só o tempo é capaz revelar o
que irá acontecer daqui pra frente...
O jeito do Ethan me lembra certo alguém ó.ò e adorei o mistério do homem escuro *---------*
ResponderExcluirethan é muito desastrado rsrsrsrs e acho que esse cara misterioso é da equipe rocket
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ResponderExcluirtambém acho que o cara estranho é da equipe rocket... e to torcendo pro ethan e pra Lyra no torneio
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