Cap004# Adeus New Bark

   Depois do incrível convide do professor Elm para os dois jovens se candidatarem para o torneio de iniciantes, Ethan e Lyra ficaram surpresos com tamanha responsabilidade que o professor os proporcionava. Nossa, vai contar com pessoas nas arquibancadas e também será transmitido através da televisão nas duas cidades. Pensava Lyra.

   Elm reconheceu os rostos medrosos dos dois iniciantes, afinal, seria constrangedor perder em um torneio de iniciantes. Ele então convidou a dupla para um almoço ali mesmo no laboratório, em comemoração ao primeiro convite de Elm em um evento que mesmo não tendo um reconhecimento regional, o Torneio de Iniciantes tinha como jurados, as pessoas mais influentes nos últimos messes.

Sala de Almoço – Prof. Elm – 12h50min da tarde

   O professor conduziu a dupla seguida pelos melhores funcionários do laboratório para uma porta que se localizava na Sala Central, chegando assim no local onde Elm costuma almoçar quando não tem tempo de ir até um restaurante. A Sala era perfeita, bem iluminada e com uma decoração de dar inveja, os alimentos já estavam servidos á mesa e todos se sentaram corretamente.

    – Bom! – Disse Elm, se levantando enquanto os demais permaneciam sentados – Em primeiro Lugar eu gostaria de agradecer a toda minha equipe, pois com esse evento, nosso laboratório terá o primeiro reconhecimento na cidade de Cherrygrove City, e pra mim é uma honra – sorriu ele timidamente

    – Ethan, você vai se inscrever para esse torneio? – Sussurrou Lyra, de forma que somente Etha pudesse escutar

    – O que eu quero mesmo é que o professor cale a boca e a gente coma essa comida logo, cheio de fome – Respondeu Ethan, com sussurros.

   Lyra observou seu amigo com um olhar reprovador – É serio Ethan, você vai ou não vai?
  O garoto pareceu nem dar ouvidos a sua amiga, ele permaneceu com os olhos fixos no Professor Elm, fazendo Lyra ficar mais intrigada com a atitude do garoto. Por fim, o professor terminou seu pequeno discurso e se sentou a mesa acompanhado os demais.

    – Finalmente – comemorou Ethan, com sussurros

   Todos então começaram a almoçar ali, o relógio já marcava 01h00min da tarde e todos estavam satisfeitos com a comida, Ethan deixava isso claro devido à velocidade e a sua expressão facial enquanto comia.

    – E como foram as escolhas? – Perguntou Elm, ainda sentado á mesa

    – Foi divertido, me dei super bem com a Chikorita – sorriu Lyra

    –Então vocês representaram nossa cidade no torneio de iniciantes? – perguntou um dos assistentes

    – É! –respondeu Ethan – Vou mandar bem, vejo varias lutas pela televisão... Quer dar uma olhadinha no meu Pokémon?

    – Eu adoraria mais... – Disse o Assistente, parando de falar no momento que viu o menino sacando uma capsula nos tons Vermelho e Branco do bolso de sua bermuda – Não me diga que você vai liberar seu inicial aqui nessa Sala... – terminou o assistente percebendo o sorriso no rosto de Ethan

   Ele se levantou da cadeira e arremessou a Pokébola, acertando alguns vasos de decoração que desabaram com o impacto. A pokébola se abriu e liberou a Criatura de fogo que pareceu se intimidar com as pessoas da Sala.

    – Er... Foi sem querer professor – Desculpou-se o menino, coçando a nuca e com um sorriso meio sem graça – Olha ai Ele! – Disse Ethan para o assistente que conversara agora a pouco

    – Quiiiil – Grunhiu o Pokémon correndo para baixo da mesa

    – Ele é meio tímido... – sorriu o Assistente, fazendo todos da sala rir deixando Ethan com o rosto acanhado pela vergonha. Somente Lyra e Elisa não riram da situação que via.

    – Não fique com vergonha, amigão – Disse Ethan, se agachando e entrando por debaixo da mesa.

   O Pokémon estava de costas e parecia esconder seu rosto com suas pequenas patas. Ethan ainda agachado foi se aproximando do Pokémon e quando já estava bem próximo, o menino o tocou pelas costas, pegando em uma das quatro cavidades – Tenha calma, amigão – Sussurrou Ethan, tocando as costas do Pokémon. O pequeno Cyndaquil ficou um pouco assustado pelo movimento do garoto e de suas costas, um vapor quente começou a sair seguido por uma quente chama que queimou a mão de Ethan, fazendo um imenso grito sair pela boca do menino que ao ser queimado, se levantou derrubando toda a mesa da Sala do professor Elm.

   Ethan balançava a mão ao vento na tentativa de fazer a dor passar. Todos que estavam sentados se levantaram e observaram a mesa tombada com toda a comida e os objetos jogados ao chão. O Pokémon de fogo cessou a chama que estava em suas costas e se dirigiu até a porta, saindo da Sala.

    – Ei! Espera aê! – Gritou Ethan, correndo na direção do Pokémon e deixando a Sala.

   Enquanto corria, Ethan assoprava a mão que ainda estava vermelha. Passando pelo extenso corredor e deixando os assistentes que ainda trabalhavam, um pouco intrigados com a sena que viam. Minha mãe vai me matar quando me ver, pensou o menino.

  O pequeno Cyndaquil correu para as escadas, mais ficou encurralado quando chegou ao primeiro andar e as postas estavam fechadas, ele tentou fazer o percurso de volta, talvez para achar outra saída mais Ethan o barrou antes dele tentar uma nova fuga, deixando o Pokémon sem saída.

    – Sem medo, amigo – Disse Ethan – Somos parceiros agora lembra?

  O menino foi se aproximando e falando com o Pokémon que ainda estava tremulo, dando passos curtos e estendendo a mão para tentar outro toque, porém essa foi a mão que não estava queimada.

     – Fique calmo – Falou Ethan, em um tom amistoso

   Quando Ethan conseguiu tocar a ponta de seus dedos no nariz do Pokémon, os dois foram capazes de ouvir a voz de Elisa descendo as escadas.

    – Droga! É minha mãe –Disse Ethan – ela vai “Cortar minha Cabeça” – Terminou ele
   A Mulher desceu a escada seguida por Lyra e pelo Professor Elm, todos com um semblante até despreocupado com a bagunça que o garoto fizera na Sala.

    – Ta ai o senhor bagunça – Disse Lyra, em um tom amistoso

    – Então temos um caso interessante aqui –Sorriu o Professor – Fez uma ótima escolha Ethan, pegou um Pokémon que combine com você

    – Oshi!? Não vai me dar uma bronca? – Perguntou o garoto, se levantando

    – Brigar não – Falou Elisa – mais você deve desculpas para o Professor

    – Desculpa professor, isso não vai se repetir – Disse Ethan, cabisbaixo

    – Só aceito suas desculpas se você Cadastrar Minha PokéGear na sua Lista telefônica, adoraria acompanhar você e o Cyndaquil e tenho certeza que esse é um Caso Único, o Professor Carvalho vai sentir orgulho de mim – Disse ele, pegando a PokéGear.

  Após uma longa conversa, Ethan já tinha seus primeiros contatos na “insignificante PokéGear” como ele mesmo dizia, ele e Lyra decidiram partir da cidade naquela mesma tarde, deixando Elisa tristonha e confusa, mas em sua mente, algo dizia que Ethan e Lyra teria um grande futuro e era isso que conseguia alegrar o frágil coração de mãe nessas horas.

  Elisa providenciou um curativo pra mão de seu filho, eram ataduras e em seguida levou ele e Lyra até a porta do prédio. A porta da frente foi liberada e quando aberta, a temperatura quente do laboratório foi rapidamente mudada pela corrente de vento frio que invadiu o local. Ethan e Lyra já estavam preparados para seguirem seus caminhos e um sorriso no rosto de cada um deixava isso obvio. Elisa e Elm acompanharam os dois jovens até a porta.

    – Johto é um continente muito bonito, ainda me recordo das paisagens que vi quando decidi seguir uma jornada – sorriu Elisa.

    – Paisagens!? Ainda bem que não esqueci minha câmera fotográfica – Disse Lyra.

    – A gente vai demorar muito pra chegar em Cherrygrove? – Disse Ethan.

    – Creio que não, amanhã bem cedo vocês já estarão lá, e antes do por do Sol vocês já devem estar em um ponto de observação.

    – E o que é isso mãe?

    – Vamos dizer assim – Disse Elm – é o lugar que separa as rotas das cidades ou até mesmo as rotas umas das outras, em outras palavras é um prédio que hospedam viajantes – Terminou ele.

    – Então é isso né? – Disse Elisa – Cuide-se Filho.

  Os olhos de Elisa se umedeceram ao receber o abraço quente de seu filho. Quero ver você arrebentando no torneio de iniciantes, sussurrou ela no ouvido do garoto, se desfazendo do abraço e vendo o pequeno garoto seguir caminho com sua amiga.

    – Tchau meninos, se cuidem – Acenou Elm – São as promessas de New Bark – sorriu ele, falando pra Elisa que segurava as lagrimas.

    – Tomara que tudo dê certo na estrada desses dois – Disse Elisa.

    – Vai dar sim, agora ainda é três da tarde, eles vão chegar no observatório antes do sol ir dormi – sorriu Elm – E ainda quero acompanhar aquele jovem com o Cyndaquil, nunca vi uma dupla tão medrosa assim – sorriu ele.

    – E eu tenho que morrer de saudade e preocupação...

    – Esse é o papel de uma mãe... – sorriu Elm

    – Volte logo Ethan – sussurrou Elisa, de forma que só ela pudesse ouvir


  Após passar pelas ruas e calçadas de New Bark, Ethan e Lyra finamente chegaram ao inicio da rota 29. O local era totalmente gramado, sem nenhuma estrada de terra, os raios de sol iluminavam a estrada e o vento soprava forte naquela tarde. Pokémons voadores sobrevoavam os céus livremente, pareciam até mesmo estar desejando boa sorte para aquela dupla.

    – Então é aqui que o bicho pega – sorriu Ethan, mostrando uma tremenda empolgação.

    – É sim, esperei quatorze anos por isso – sorriu Lyra – temos que ir logo, quero chegar no observatório ainda hoje – terminou ela.

   Os dois caminhavam lentamente, talvez para aproveitar cada detalhe da primeira rota da jornada dos dois, as arvores pareciam dançar a sinfonia do vento e isso empolgava ainda mais os corações dos dois jovens que pareciam estar no dia mais feliz de suas vidas.

   Os olhos da garota brilhavam com cada detalhe que via, talvez o motivo de sua jornada, tenha sido somente pela oportunidade de conhecer novos lugares e novos locais, já Ethan caminhava sempre atento, talvez ele quisesse mesmo era ver um Pokémon selvagem, embora ele também gostasse de lugares como florestas.

  Após certo tempo andando, ambos decidiram parar para um leve descanso. Ethan se jogou na grama gélida debaixo de uma arvore e ligou sua PokéGear na função de radio, equipando os fones de ouvido para que só ele pudesse ouvir. Lyra sentou-se na grama e colocou sua bolsa entre as pernas, ela olhava cada item pra ver se não havia se esquecido de nada.

    – Ethan, trouxe quantas pokébolas? – Perguntou Lyra, sendo ignorada pelo menino que talvez nem tenha escutado pelo fato de estar com os fones de ouvido – Ethan me escute – Disse ela, retirando um dos fones do ouvi do menino – Quantas pokébolas você trouxe?

    – Pokébolas? – Disse ele, se sentando corretamente – onde você conseguiu pokébolas?

    – Não acredito que você não trouxe nenhuma... Minha mãe me deu somente uma que ele tinha guardada, era pra gente passar no Shopping de New Bark e comprar, mais eu me esqueci – se lamentou ela

    –Cara, nem lembrava que o Elm não tinha distribuído pokébolas – disse ele –como vamos fazer pra pegar Pokémon nessa rota?

    – Eu ainda tenho uma – sorriu ela – quando aparecer o primeiro Pokémon eu vou capturá-lo.

    – Isso é injusto, você vai ter mais pokémons que eu então é!?

    – Sim – sorriu ela, apanhando a pokébola da pequena Chikorita em sua bolsa – me deseje sorte – Disse ela, arremessando a capsula para o alto e fazendo a criatura verde ser liberada.

    – Tchicko – Grunhiu o Pokémon, liberando um imenso sorriso

    – Aaaaah que Fofa! – Gritou Lyra, ao ver seu Pokémon – Bom, como eu já disse, me deseje sorte, Ethan – sorriu ela.

    – E pra onde você vai? – Perguntou ele.

    – Capturar algum Pokémon, fique ai ouvindo suas musicas enquanto eu capturo um lindo Pokémon, daqueles bem legais que você sonha em ter – brincou ela, despertando uma certa ira em Ethan que conseguiu disfarçar colocando os fones de ouvido e fechando os olhos – Então ta, se não se importa eu vou indo – Disse ela.

    – Eu até iria, mais minha mão está enferma e isso atrapalha – Sorriu.

   Lyra se vira e começa a caminhar com sua Chikorita, ela caminhou durante alguns minutos e sempre olhava para trás para ver se Ethan não estava a perseguindo, mas logo foi interrompida quando a criatura verde teve uma atenção entr5e os matos. A pequena Chikorita de pôs em posição de combate e aguardou as ordens de sua treinadora.

    – Não me diga que é um Pokémon!? – Disse Lyra, se aproximando com cautela do local onde a Chikorita ainda olhava com atenção.

  Passando entre alguns arbustos e galhos, Lyra viu algo que a fez ficar pálida por um instante. Era uma gigantesca arvore que fazia uma imensa sombra na grama, e bem embaixo da arvore estava um homem, esse trajava roupas escuras na qual nem mesmo dava pra ver seu rosto. O homem mantinha-se de pé conversando com uma pessoa através de uma PokéGear, até que ele desligou o aparelho e olhou bem no local onde Lyra o observava.


  Lyra se virou e junto com Chikorita, correu de volta para onde Ethan estava. Após alguns gritos, o garoto abriu os olhos e retirou seus fones. A feição que Lyra trazia em seu roso despertou medo e preocupação no garoto.

    – Ethan, eu vi um homem muito estranho ali entre as arvores – sussurrava ela.

    – Ele te fez alguma coisa? – perguntou ele.

    – Não, mais tive um pressentimento ruim e ele viu que eu estava observando ele...

    – Vamos lá observá-lo, quero ver quem esse cara  – Disse Ethan, se levantando e caminhando na direção de onde Lyra viera.

    – Não Ethan – Disse ela, puxando o braço de seu amigo – eu quero sair daqui, e o mais de pressa possível.

   Ethan percebeu que Lyra estava realmente amedrontada com o homem misterioso que acabara de ver, diferente de Chikorita que direcionava seu rosto por todos os lados para ver se avistava algo.

    – Então Vamos nessa!

    Os dois partiram correndo pela rota, Ethan era mais rápido e ia na frente puxando a mão de sua amiga, seguidos pela Chikorita que sempre olhava para trás para ver se estavam sendo perseguidos e depois de alguns minutos correndo, ambos perceberam que já estavam fora de alcance daquele homem estranho.


   O casal de amigos permaneceu por horas caminhando e só repararam no tempo quando o Sol já se despedia e entrava nas enormes cadeias de montanhas fazendo Johto descansar de mais um dia. A temperatura baixa que castigava a dupla pela manhã agora já nem era notada pelos dois, Johto tem tido varias alterações de temperatura e o pior é que não tinha explicações para isso. Ethan e Lyra conseguiram chegar tranquilamente no primeiro posto de observação que liga as rotas 29 e 46. Na portaria estava um guarda Pokémon que entregou a chave de dois quartos para os dois jovens.

    – Boa noite Lyra – Sorriu Ethan – E cuidado pra não ver nenhum homem estranho no seu quarto – Brincou ele

    – Seu bobo... – acenou ela, entrando em seu quarto de hospedagem

  A noite estava calma e do quarto do menino era possível ouvir os diversos hoothoot’s cantarolarem. Ethan mantinha seus pensamentos no seu Sub-Consciente, Quem será que era aquele sujeito que fez a Lyra ter medo? Porque será que aquele pássaro me mandou eu escolher o Cyndaquil?, Perguntava-se Ethan, até que o sono veio e o menino conseguiu dormir, mas ainda mantinha essas duvidas em sua cabeça.


   A sorte foi lançada, Ethan e Lyra finalmente partiram para suas tão sonhadas “jornada Pokémon”, as duvidas já começam a rondar a cabeça dos dois jovens, mas o destino guarda algo para eles... O futuro os esperam... Os pokémons os esperam... E só o tempo é capaz revelar o que irá acontecer daqui pra frente...

4 comentários:

  1. O jeito do Ethan me lembra certo alguém ó.ò e adorei o mistério do homem escuro *---------*

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  2. ethan é muito desastrado rsrsrsrs e acho que esse cara misterioso é da equipe rocket

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. também acho que o cara estranho é da equipe rocket... e to torcendo pro ethan e pra Lyra no torneio

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