Cap03# Uma escolha Flamejante

New Bark Town – 12h25min da noite


   O silencio na cidade já era absoluto, o vento frio que vinha das montanhas ao leste, trouxeram nuvens gigantescas e cinzentas fazendo com que as estrelas não pudessem ser vistas. New Bark Town estava mais quieta do que nunca...  Ethan estava sentado em sua cama, seu moletom azul e o cobertor livravam o frio do menino. O quarto estava com as luzes apagadas, porém, um abajur que estava em cima de um dos criados mudos iluminava um livro que o garoto lia.

   Ele mantinha a atenção só no livro, mais às vezes olhava para as janelas que tremiam com as rajadas de vento. O livro tinha uma cor gasta pelo tempo, esse, Ethan havia ganhado de seu avô antes dele falecer, mais na segunda pagina do Livro estava escrito...


    – Hm!... – pensava o menino – Eddye era o nome do meu avô, com certeza meu bisavô gostava muito do meu avô... – terminou seu pensamento, voltando a pagina que estava marcada com um pedaço de papel totalmente amassado. Ethan manteve-se sentado e folheando as paginas do livro, ele já nem lembrava que tinha esse livro guardado no seu guarda-roupa. Embora algumas frases do livro fossem impossíveis de serem lidas, pelo fato de estarem quase apagadas, Ethan continuava tentando decifrar o que aquilo queria dizer
    
    Na capa, ele conseguiu ler “Manual do Treinador” mais tinha um subtítulo que foi impossível de ser decifrado. Folheando mais vezes, ele percebeu que em mais ou menos três paginas, tinham vários símbolos diferentes, mais todos com olhos, o que deixou o menino um pouco intrigado. Ethan permaneceu com o livro mais alguns minutos, até que ele deu um leve bocejo e achou melhor ir se deitar.
  
    Ele fechou o livro e ainda sentado na cama, alcançou a primeira gaveta do criado mudo onde preferiu guardar o livro ali mesmo. Voltando a se sentar novamente, ele olhou para a janela e começou a imaginar como seria o dia, já que ele pretendia pegar seu primeiro Pokémon e seguir seu sonho. Ele permaneceu nesse pensamento durante alguns minutos, logo ele desligou o abajur e voltou a se deitar, agora, caindo em um sono profundo.

New Bark Town – 08h00min da manhã

    – E agora vamos á sequência das 10 melhores musicas da semana, começando pela décima colocada. – Disse uma voz feminina, que saia da PokéGear de Ethan – Ela é uma das melhores cantoras da atualidade e já concorreu a vários prêmios com essa canção, ocupando o décimo lugar de hoje, Alicia Jong...

    – Haha! Coisa boa – Comemorou o menino –Por isso que eu gosto da radio da Mary, sou um grande fã da Alicia – Disse o menino, pegando um pote de hidratante de cabelos.

    Ethan estava tomando seu banho antes de ir para o laboratório, ele se esfregava e se molhava na água quente enquanto escutava as musicas da radio que estava programada em sua PokéGear. O menino se molhava, mais os pingos de água eram barrados pelo Box de vidro transparente, fazendo a água não se espalhar pelo banheiro e muito menos estragar o aparelho do menino.

    – Se eu soubesse que esse troço tinha como ouvir musica, eu teria usado ele há muito tempo já – questionou Ethan, desligando a ducha, abrindo a porta do Box e pegando uma toalha.

   Ethan saiu do banheiro com a toalha em sua cintura e sua PokéGear na mão esquerda. O aparelho ainda tocava as canções da radio da Mary e foi posto em cima do criado mudo, enquanto o menino apanhava sua roupa, ele pegou o mesmo par de roupas azuis e se vestiu adequadamente, Ethan sabia que as roupas reservas que ele havia posto na mochila seria uteis mais para frente, por isso preferiu não usá-las agora.

   A PokéGear foi desligada quando Ethan já estava totalmente vestido, ele ajustou o aparelho no pulso esquerdo e ainda olhava admirado para o objeto que tinha uma função de radio. Ele colocou sua mochila nas costas e ainda arrumando o boné, se dirigiu até a porta do quarto.

    – Bom Dia Filhão! – Disse Frederick, se encontrando com seu filho no corredor onde os dois desceram as escadas juntos – Como passou a noite?

    – Um tiquinho ansioso né!? – respondeu Ethan, terminando de descer a escadaria – E hoje é o grande dia, eu espero – sorriu ele

  O café da manhã estava exposto na mesa, Elisa se despediu de Frederick e de Ethan e seguiu para seu trabalho, deixando os dois tomando o café da manhã. O sorriso estava estampado no rosto do menino que comia com pressa e sempre olhava para a porta, talvez ele quisesse que Lyra chegasse logo, mais enquanto ela não aparecia, ele mantinha um dialogo com seu pai.

    – Pai, qual foi seu primeiro Pokémon? – Perguntou o garoto, bebendo o suco

    – Olha Ethan, nunca gostei desse “trem” de ser treinador e tudo, seu avô que tinha vários e vários pokémons, mais me lembro até hoje daquele filhote de Miltank que achei na beira da estrada, estava chovendo e ele chorava bastante, até que seu avô pegou ele e me deu de presente no meu décimo aniversario.

    – Um filhote de Miltank!? São esses pokémons que você usa na empresa né!? – questionou Ethan

   – Sim! – respondeu Frederick, ainda bebendo o suco – Naquele dia seu avô queria que eu me tornasse um treinador Pokémon, mais eu não gostava de ver pokémons lutando e se ferindo, então, cresci junto com aquele pobre Miltank, ele se apaixonou por outras Miltanks e com vários estudos, eu e mais algum grupo aê descobrimos que o leite que um Miltank produzia era curativo, foi então que decidi criar uma empresa e foi sucesso instantâneo, e hoje estamos ai né!? –sorriu ele

    – Wau! Da até pra montar um livro com sua história – sorriu Ethan

   Depois de terminar seu café da manhã, Ethan e Frederick se levantaram da mesa e foram até a sala, O pai do garoto ofereceu mais uma vez uma carona até o laboratório, e mais uma vez teve seu pedido negado quando Ethan disse que tinha que esperar sua amiga em casa. Com um “Boa Sorte” e um abraço, Frederick se despediu de seu filho e seguiu seu trabalho, Ethan ficou sozinho em casa e já demonstrava impaciência até que depois de um tempo ele escutou ágüem batendo na porta

   Ele se levantou do sofá em um pulo, avisou que já estava indo atender a porta, pegou sua mochila e se dirigiu até a entrada da casa. O menino abriu a porta e viu sua amiga, assim como Ethan, Lyra ainda estava incomodada com o frio que fazia mais um imenso sorriso estava estampado em seu rosto.

    – Ufa – Suspirou Lyra – Que bom que já está pronto!

    – Eu digo o mesmo – sorriu Ethan, trancando a entrada de sua casa – Algum sinal do Kamon?

    – Não, eu tentei falar com ele pelo telefone mais ele não retornou as ligações – se lamentou ela

    – Vamos passar na casa dele, não quero adiar novamente o dia de pegar os iniciais

   Os dois jovens agora partiam em busca da casa de Kamon, e a casa passo, Ethan se mostrava cada vez mais ansioso para pegar seu inicial. O jovem tinha grande confiança que hoje conseguiria pegar seu primeiro Pokémon, mais se por um lado ele estava feliz, pelo outro ele tinha um pouco de preocupação em relação ao seu amigo, afinal, porque será que Kamon não apareceu nem ontem e nem deu noticias hoje? Pensava Ethan enquanto andava. Uma densa neblina cobria a cidade naquela manhã e grandes nuvens escondiam o sol. New Bark estava gélida mais a dupla tinha o plano de ir até a casa do Kamon e em seguida ir em direção ao laboratório, se possível, Ethan já queria sair da cidade ainda hoje.

   Os dois permaneceram andando por mais alguns minutos, quando a casa da família Elric pode ser vista. Ethan dava passos largos para ganhar tempo e Lyra tentava acompanhar o ritmo do amigo. A neblina estava densa mais dava para ver a silhueta de uma pessoa sentada em frente à casa dos Elrics.

    – Kamon? – Gritou Ethan esperançoso

  O garoto que permanecia sentado em frente a casa avista a dupla que se aproximava, ele da um sinal de positivo com a mão e só quando Ethan e Lyra se aproxima mais, dava pra reconhecer aquele menino de cabelos ruivos.

   Diferente de Ethan e Lyra, ele gostava das temperaturas baixas e adorava roupas pesadas. Kamon tinha olhos sérios e objetivos que passava uma imagem de que ele já era independente diante e as vezes superior as outras pessoas. Seus cabelos ruivos se prolongavam até seus ombros e escondiam parte dos traços leves que ele carregava no rosto. Ele estava sentado em uma cadeira do lado de fora da casa, apesar de estar frio, ele parecia não se incomodar.

     – E ai cara, Esqueceu que a gente tem que pegar os iniciais? – perguntou Ethan, ficando intrigado ao ver que seu amigo permaneceu em silencio

    – Kamon é serio – disse Lyra – já não pegamos os pokémons ontem porque você não foi lá e hoje parece que você também não quer ir

   Só então Kamon olhou no rosto dos dois jovens, ele se levanta da cadeira e ainda fica alguns segundos em silencio. Seus olhos estavam tristes e raivosos, Ethan até estranhou o olhar de seu amigo, já que no tempo de escola ele nunca viu Kamon com aqueles olhos.

    – Não vai dar pra eu ir nessa jornada com vocês – disse ele, desviando o olhar

    – O quê? – Perguntou Ethan – e quanto ao trato de que nos três iríamos seguir essa aventura juntos?

    – Kamon, dar pra trás agora é algo absurdo, o professor Elm já até deixou os três iniciais reservados para nós – Sussurrou Lyra, tentando convencer seu amigo

    – Não vai dar mesmo, aconteceu algumas coisas aqui em casa e... sei lá... talvez meu pai tenha outros planos para mim – Sussurrou ele, se virando e caminhando lentamente na direção da porta de sua casa – Vão só vocês dois, sei que saberão se virar bem sem mim, apesar de que eu não tenha nenhuma influencia sobre vocês – Terminou ele, entrando dentro de casa e fechando a porta.

   Ethan estava paralisado pela atitude do amigo. Ele jamais presenciou um comportamento assim de Kamon, parecia que a desculpa que ele usou não fizesse nenhum sentido para Ethan.

    – Não, Não, não, não, O Kamon jamais faria isso – sussurrou ele para Lyra

    – Talvez seja a escolha dele Ethan, mais eu também conheço ele perfeitamente e ele tem o costume de não voltar atrás com sua palavra, ele ta estranho mais você escutou o que ele disse né!? – Disse Lyra, tentando acalmar seu amigo

    – O Kamon que eu conheço jamais faria uma coisa dessas com seus amigos – Sussurrou Ethan – Mais já que ele quer que seja só nos dois, será só nos dois

  Ethan se virou e começou a caminhar em direção ao laboratório, a feição do menino era de decepção e raiva. Lyra acompanhava os passos do amigo e tentava acalmá-lo ao Maximo, mais as tentativas eram em vão.

    – Perdemos nosso tempo nos preocupando com ele – murmurou Ethan, andando rapidamente.

    – Já é passado Ethan, esquece isso que aconteceu, talvez a gente encontre ele um dia sei lá – disse Lyra –e quem sabe ele possa explicar melhor o que aconteceu...

    – Oshi! E quem disse que eu quero ver ele em minha jornada? É até bom que ele não venha que eu posso pegar o Totodile sem ninguém me impedir – disse Ethan, ainda demonstrando raiva.

   Os dois jovens seguiram caminhando com passos largos, o frio gélido batia no rosto dos meninos que nem ligavam para a temperatura da cidade, eles só queriam chegar ao laboratório do Professor Elm. Depois de certo tempo andado, eles avistaram o local onde no dia anterior Ethan havia desmaiado, ele nem mesmo ligou e continuou andado, sempre evitando em tocar no assunto.

   Os carros passavam rápido nas ruas naquela manhã, a cidade já estava ganhando um bom movimento e os dois jovens ainda seguiam pela calçada rumo ao laboratório. Ethan já estava mais calmo que antes, Lyra resolveu deixá-lo em silencio durante o caminho e pra ela, foi recompensador quando percebeu um leve sorriso no rosto no rosto do menino ao ver o laboratório, a neblina que antes incomodava agora já nem podia ser vista. Depois de tocar a campainha com bastante euforia, Elisa liberou a porta para eles entrarem.

    – Cadê o professor? –Disse Ethan, entrando na sala de recepção

    – Acho que ele está lá naquela sala central – Respondeu Lyra

  Ethan e Lyra se mostravam ansiosos, os dois se dirigiram até a as escadas mais foram interrompidos pela mulher que trabalhava na recepção.

    – Olá, São vocês que vão pegar os iniciais hoje, certo?  Elm disse que é para vocês irem até a área de observação que ele vai estar esperando por vocês – sorriu a atendente

    – É por aqui Lyra – Disse Ethan, pegando no braço da garota e a guiando até uma porta branca que tinha na sala de recepção. Os dois passaram pela porta e encontraram um corredor semelhante ao do segundo andar, porém, esse só tinha a porta no final do caminho.


    – Nossa, da uma ligada, Lyra! – sussurrou Ethan – A visão lá de cima já é incrível, a daqui de baixo é ainda melhor

   Lyra somente concordou com o garoto, talvez a menina também ficasse admirada com o tamanho do local e não tenha conseguido falar nada. Era um imenso campo com uma grama bem verde que balançava com o movimento do vento gélido. O campo era separado em quatro partes, Uma era feita só com arvores, outra com areia, outra só com pedras e outra com grama. O professor esperava tranquilamente os jovens se aproximarem para falarem com eles.

    – Feito especialmente para observar os pokémons em seus habitat natural – Explicou Elm, enquanto os jovens se aproximavam – Esse observatório ocupa ¼ de espaço da cidade de New Bark, até porque temos quatro ambientes e pretendo colocar mais – sorriu ele

    – Incrível professor – disse Lyra

   Alguns Sentret’s e Furret’s observavam curiosamente a presença dos dois jovens, Pidgeys voavam livres naquele céu azul. Elm cumprimenta os dois com um leve aperto de mãos.

    – Creio que vocês já devem estar ansiosos né!? – sorriu Elm sem graça – então vamos logo com as escolhas – Terminou ele, abrindo uma maleta onde estavam as três capsulas redondas em tom vermelho e branco – Façam suas escolhas –sorriu ele

   Ethan e Lyra se entreolharam durante alguns segundos, os dois aparentavam estar confusos, mais Lyra parecia mais decidida e logo pediu a pokébola da Chikorita para o professor que sem demora, pegou a capsula da esquerda e entregou para a menina.

   Lyra pega a pequena capsula com as duas mãos, seus olhos brilhavam quando viu a luz do sol sendo refletida pela Pokébola. Ela lentamente apertou o botão central da pequena bola, fazendo a mesma tomar um tamanho maior e em seguida, Lyra arremessou a capsula para o alto, fazendo-a abrir e sair uma mancha branca que foi se formando na silhueta da pequena Chikorita.

   A pokébola cai ao chão e rola até a pata do Pokémon que parecia ainda acostumar seus olhos com a luz do Sol. Uma grande folha localizada na cabeça do monstrinho verde era usada para tampar a luz que castigava seus olhos e aos poucos, ela conseguiu abri-los e mostrar seus olhos avermelhados.

    – M-Minha Chikorita – Disse Lyra, abrindo um sorriso largo e pegando a pequena criatura no colo. Embora achasse estranho, a pequena Chikorita agradeceu o carinho que sua nova treinadora fazia em sua cabeça Tchico Chiko.

    – Agora é sua vez Ethan, a da esquerda é o Totodile e a da direita está o Cyndaquil – escolha seu caminho – brincou Elm, sorrindo

  O menino fitou bem a duas ultimas opções. Ethan se aproximou mais e esticou sua mão na pokébola da esquerda, onde teria um Totodile. Quando foi capaz de escutar sussurros.

    – Escolha a outra

    –Oi? – disse Ethan, se virando e olhando para Lyra, porém essa nem o dava atenção, a menina estava tão contente com seu Pokémon que nem olhava para seu amigo. Ethan novamente volta a olhar para as capsulas e se prepara para pegar a pokébola do Totodile, quando novamente escuta uma voz – Não seja tolo, escolha a outra

    – Quem tá falando? – sussurrou Ethan, fazendo Elm o olhar incrédulo

    – Esqueceu que agora eu posso conversar com você do seu Subconsciente? – Disse uma voz que só Ethan pode ouvir.

    – Está tudo bem Ethan? – Perguntou Elm

    – Então é você de novo né? – Disse Ethan, percebendo o olhar confuso de Elm

    – Só você pode me ouvir Ethan, então preste atenção, escolha o Cyndaquil, pois ele vai ser importante no seu time futuramente – Disse novamente a voz

  Ethan olhou novamente para as pokébolas. Elm ainda perguntava para o garoto se estava bem, mais pareceu ser ignorado. O menino pegou a pokébola da direita, onde estaria o Pokémon de fogo, Cyndaquil. Ethan mais uma vez foi capaz de ouvir a voz em sua mente que agora agradeceu pela escolha do menino.

    – Tudo bem, então vou com o Cyndaquil mesmo – Sorriu Ethan, ainda confuso mais bastante feliz

    A capsula foi aberta quando Ethan a lançou para o alto, a enorme mancha branca foi liberta e formando a silhueta do Pokémon do tipo fogo. Os olhos do menino cresciam em ver o brilho cessando aos poucos, até que finalmente, ali estava aquele pequeno bichinho de olhos estreitos e focinho alongado, sua cor era azulada e em suas costas havia quatro pequenas cavidades avermelhadas que aquecia a pelagem curta do pequeno Cyndaquil.


    – Que maneiro! Um Cyndaquil – Disse Ethan empolgado, Se abaixando para ver de perto seu Pokémon. O pequeno Pokémon pareceu se intimidar com a aproximação inesperada do garoto e timidamente se afastou correndo e parando somente cerca de três metros de distancia do menino. – Hã? Quê que aconteceu?

  Depois de tanto acariciar seu Pokémon, Lyra o pôs ao chão e mesmo assim não parava de elogiar aquela criatura tão fofa. A pequena Chikorita somente fazia charme a cada elogio, ela grunhia como se já estivesse acostumada com os elogios. Já Ethan, bem... ele ainda não entendia a reação inesperada do Cyndaquil.

  Elm somente observou aquele momento que já sabia que seria semelhante ás outras dezenas de casos em que pequenas promessas conseguiam adquirir seus primeiros pokémons. É melhor deixar esse momento só para eles, pensou o professor, recolhendo sua pasta e se dirigindo até a porta por onde os dois garotos passaram – Quando estiverem realmente prontos, gostaria de receber vocês dois lá na sala central, quero tratar de um assunto agradável – sorriu o professor, saindo do campo de observação e voltando para o laboratório

     – Calma ai Brother, somos parceiros agora – Sorriu timidamente Ethan, tentando se aproximar de seu Pokémon aos poucos, ele ainda estava abaixado e ia cauteloso na direção de seu Pokémon, até que quando faltava menos de um metro para Ethan tocar no Pokémon, Lyra passa correndo junto com sua Chikorita e assustam o Pokémon de fogo e fazendo-o correr para longe de Ethan.

    – Lyra! – Gritou Ethan, em um tom grosso por ver que todo seu esforço foi em vão.

    – Vamos Chikorita – Sorriu Lyra com empolgação e acabou nem escutando o que Ethan dissera. As duas corriam pela grama verde alegremente, o que deixava o menino ainda mais intrigado.

    – Vejo que já fizeram suas escolha né!? – Disse Elisa, que se aproximava do menino que estava sentado ao chão.

    – É mãe, já fizemos sim – disse Ethan em um tom baixo

    – Porque não esta brincando com seu Pokémon? A Lyra parece que já esta criando seu afeto com a Cikorita – Sorriu ela, vendo a garota correr com sua Pokémon
    – há... Sei lá, até que eu queria mais meu Cyndaquil ta com medo de mim eu acho – se lamentou Ethan

    –Entendo... Filho, eu trabalho com pokémons a muito tempo e eu só gosto deles porque nenhum são iguais – sorriu ela – Afinal, qual seria a graça se todos os pokémons fossem iguais – terminou, ainda sorrindo

     – Isso que dizer o que? – perguntou Ethan, se levantando e ainda olhando o pequeno Cyndaquil que mantinha certa distancia

     – Isso quer dizer que mesmo se eu observasse dois Cyndaquil’s, eles teriam personalidades diferentes e é isso que faz cada Pokémon ser tão especial, cabe a cada treinador descobrir como ele terá que fazer para criar um grande laço de amizade com seu monstrinho – Disse Elisa, passando a mão na cabeça de seu filho e em seguida voltando ao laboratório – Pense bem nisso ta!? – terminou ela

    – Ta certo – sussurrou Ethan, um pouco intrigado – Já vou pro laboratório Lyra, vamos lá ver o que o Elm tem pra falar com a gente – Gritou Ethan, apanhando a pokébola e fazendo o tímido Cyndaquil voltar para a capsula

  Depois de entrar no prédio, subir as escadas e passas pelo longo corredor, os dois garotos chegaram até a sala Central do laboratório. Eles se sentaram no sofá confortável que estava ali e aguardaram o professor chegar. Ethan olhava as nuvens pelas paredes de vidro e tentava imaginar o que aconteceria dali pra frente, até que o professor adentra a sala, agora, sem seu jaleco branco.

     – Bom, já pensaram no que serão? – perguntou ele sorridente – Treinador, coordenador, criador, pesquisador tem vários caminhos para jovens como vocês trilharem, e afinal, não viria com vocês outro jovem?

    – Eerr... E-Ele teve um imprevisto e acabou não dando pra ele acompanhar a gente – gaguejou Lyra, olhando para a feição pensativa de Ethan

    – Entendo, mais eai? Quais serão seus caminhos?

    – Coordenadora – Sorriu Lyra

    – eu to afim de ser Treinador – disse Ethan

    – Imaginava, Bom, agora falando serio – disse Elm – Sei que no futuro vou ver vocês participando de vários e vários eventos, e eu imagino que vocês já estejam prontos para o torneio de iniciantes – Terminou ele, pegando alguns papeis que estava em sua mesa e entregando para Ethan e Lyra


    – Esse é um dos panfletos que está sendo entregue nas duas cidades, vai ocorrer daqui uma semana e contaram com as quartas de finais, semi-finais e finais – explicou o professor

    – E o que o vencedor ganha? – perguntou Ethan

    – Quem é esse convidado especial? – perguntou Lyra

    – Bom, O vencedor terá uma premiação secreta, isso quer dizer que só na final o premio será revelado, mais de uma coisa vocês podem ter certeza, é algo muito bom que vai ajudar vocês dois – disse Elm – E esse convidado especial eu sei quem é pois assim como ele, eu também vou ser um dos juízes que iram avaliar as pessoas, mais não vou contar pra vocês – sorriu ele

    – Mais serão batalhas? – perguntou Lyra

    – Sim

    – Então pra que tantos juízes?

    – O torneio pode ter uma ou até cinco premiações, isso só depende dos participante e eu e os demais juízes estaremos lá para avaliar isso – Sorriu ele – E então... Estão preparados para o oitavo torneio de iniciantes?

    Depois de se decepcionarem com Kamon. Ethan e Lyra finalmente conseguem adquirir seus pokémons iniciais, fogo e planta, ambos com personalidades completamente diferentes, o que o destino deve estar preparando para os dois jovens? qual o motivo das escolhas deles? será que eles aceitaram o convite do professor Elm? respostas só com o decorrer do tempo...

6 comentários:

  1. Amoooo o cyndaquil, se bem entendi foi o guardião que o fez fazer essa escolha, então vamos ver o porque 'ooooo' sem mencionar a roupa do Kamon, ficou bem estiloso hehe!

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  2. Primeiroo lol
    Ficou muito bom Marcos deu pra ver que ia ser o cyndaquil pelo titulo e eu preferia msm o cyndaquil

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  3. demoro! Esse Ethan é como eu! Parabéns Marcos!

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  4. Adoreeeeiiii o Kamon, se não existisse o Gary o Silver seria o rival mais massa que tem. sem mencionar a Chikorita *----------------*

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  5. Finalmente meu pc chegou e eu pude ler o cap 3, ficou muito show e o kamon ficou marrentão
    parabens ae

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