Crônica 1
- O Resgate: Em O Resgate você irá conhecer Tommy, um jovem de 14 anos que
vai afundo na busca por seu pai desaparecido durante uma expedição à Twist
Mountain. junto a ele Desvende os mistérios e planos que envolvem os tão
queridos Sawsbuck. e junto a Dillan e Daiane, Tommy parte em uma excitante e
envolvente aventura em busca de seu pai, o Dr. Victória.
? - Ontem
eu vi um... Ele tinha flores nos chifres!... Mas foi embora... Eles sempre vão
embora.
? – É
verdade querido, mas é assim que as coisas são, e já estamos quase na primavera
não é Tommy?
Tommy –Acho que sim... Mas para onde eles vão ao
inverno? Eles pulam tão alto... O pai vai voltar com eles não é? Ele prometeu.
?– Claro que
sim querido, a primavera já está chegando, e nessa época do ano todos eles vêm
para esta região.
Tommy– Eu não vejo a hora dele voltar, não acredito
que vai mesmo me dar um Pokémon de aniversário... Mas não é estranho? Aquele Sawsbuck já tinha flores no chifre, mesmo faltando duas semanas para a
Primavera!
2 Anos depois...
Nem dá para acreditar que já estamos na primavera de novo!... Eu
costumava ficar feliz nessa época do ano, já faz um tempo que a primavera deixou
de ser minha estação favorita. Rosas estampadas nos campos, o vento varrendo o
clima frio, as geadas se desfazendo e os Pokémon se preparando novamente para
completar o ciclo da vida, tudo isso já não basta para me fazer sorrir.
Estou me preparando para subir a colina hoje, eles voltarão novamente
para cá. Os Sawsbuck virão novamente este ano, e estou muito ansioso para
vislumbrar a manada subindo a colina, é a coisa mais bonita que já vi. Seus
belos chifres brilhando à luz do sol, sua pelagem preparada para receber luz depois
de dois meses inteiros de neve. Seus cascos passam como navalhas ao campo
florido, fazendo jorrar beleza e graciosidade. É um ótimo jeito de começar o
verão! Mesmo que você caía da cama as seis de manhã e não consiga mais dormir
devido ao canto dos Tranquill, tá certo que não é muito agradável o som que
eles fazem, mas o que se pode fazer quando tem um ninho daquelas gralhas numa
arvora ao lado da janela do quarto?
Eu vejo os Sawsbuck voltarem para a região de
Nuvema todos os anos, pode-se dizer que minha relação com eles é antiga. Meu Pai
me ensinou muito sobre eles, para falar a verdade meu pai me ensinou tudo o que
hoje sei sobre Pokémon. Costumávamos ver os Sawsbuck juntos. Ele era um famoso
Pesquisador Pokémon e vivia viajando, até muito além da conta. Minhas
lembranças dele são poucas, e me dói tocar no assunto. Mal superei ficar em
segundo plano a vida toda e agora ele me apronta uma dessas... Desde o inverno
do ano passado eu não o vejo, não sei ao certo o que aconteceu, ele sempre
voltava... Ele me prometeu que voltaria.
Bom... O que aconteceu foi o seguinte; Meu pai como um Pesquisador cheio
de méritos costumava viajar muito para estudar os Pokémon e seus costumes, e há
três anos ele começara a estudar os Sawsbuck, de cara eu também me apaixonei
por eles. E durante o inverno esses graciosos Pokémon migram para outra região
de maior temperatura, e meu pai, claro, viajava junto a eles para dar
continuidade a sua pesquisa. E então ficávamos; Eu e minha mãe juntos durante o
Natal. Contava os dias para a primavera chegar, e com ela, meu pai e os
Sawsbuck retornarem para a casa. E então subíamos a colina, minha mãe e Eu,
exatamente às sete da manhã, aguardar a volta dos graciosos Pokémon cervos.
E então no inicio da primavera do ano passado tive a maior frustração da
minha vida... Meu pai não retornara da expedição junto aos Sawsbuck. A sensação
de esperar ver um Homem aparecer em meio a uma manada de Pokémon não é nada
boa, especialmente se esse Homem é o seu pai. Foi isso o que aconteceu, nem o
grande doutor Victória especialista em pesquisa Pokémon e nem seu ajudante
Wally apareceram naquela manhã. Minha Mãe como podem imaginar foi a primeira a
sofrer com o desaparecimento dele. Não querendo mentir para seu pequeno filho
de Doze anos dizia sorridente; “Não se preocupe, isso foi só um contratempo,
ele voltará amanhã”, e ao passar dos dias, semanas e meses íamos perdendo a
esperança de que ele pudesse retornar... Desde então, eu sempre vou à colina
esperando ver a imagem de um Homem alto de cabelos loiros aparecer com roupa de
esquimó...
E lá estava eu novamente, em mais um
inicio de primavera esperando meu pai retornar junto aos Sawsbuck... Ele não
voltou... Mas foi nesse dia que tomei coragem para realizar um desejo que tinha
há tempos... Sair em uma jornada para procura-lo! Nas colinas da Twist
Mountain! Acho que é pra lá que os Sawsbuck migram...
Estava
decidido, eu sairia em uma jornada atrás de meu pai e ninguém iria me
impedir. Estava tudo planejado para a fuga na madrugada.
Naquela noite antes de ir “dormir” dei
um longo abraço em minha mãe, Para falar a verdade ela foi o único motivo pelo
qual eu ainda não havia saído de casa para procurar meu pai. Imagine só como
ela ficaria preocupada? Seu único filho de 14 anos desaparecido? Já não bastara
perder seu marido? Mas não tinha jeito. Não podia mais viver assim, mesmo que
meu pai estivera morto, precisava saber a causa, quando, onde e o porquê. Dei
boa noite a minha mãe e subi as escadas com lagrimas escorrendo pela minha
face...
Decidi descansar um pouco antes de
partir, deitei na cama tentei cair no sono, mesmo com o barulho dos Tranquill -
nunca notei como aqueles pássaros são chatos!-. Tive um sonho estranho; Meu Pai
estava sentado no escuro dentro de uma caverna - não sei ao certo, estava mesmo
escuro - ele estava com o mesmo jaleco branco de sempre, só que desta vez todo rasgado e
sujo. Sentava em uma pedra e estava com o rosto enterrado nas mãos, como se não
tivesse mais nada a fazer a não ser ficar lá parado. Aos poucos criaturas com olhos
brilhantes em meio a escuridão foram aparecendo e o cercaram. Foi nesse momento
que acordei em meio a um salto na cama, estava extremamente cansado e meu
coração saltava para fora. Suava feito o rosto de um Emboar. Ouvi um barulho e
rapidamente me virei. Se não tivesse acabado de acordar podia jurar que vi uma
sombra na janela. Não levei em conta isso porque os Tranquill sempre estão
alertas e de vez em quando voam para a floresta em busca de comida. Já eram
duas da madrugada de acordo com meu Pokélogio – o qual meu pai trouxe de Sinnoh
para mim em sua pesquisa sobre Lumineon’s - Já era hora de levantar e partir.
Enquanto arrumava minha mochila na
cama, sentia uma estranha sensação de estar sendo seguido. Era estranho
mais sempre me sentia mal quando estava sozinho naquele quarto, sem contar que
nas ultimas semanas tinha tido pesadelos horríveis lá!
O mais difícil de tentar fugir em uma casa de dois andares pela janela
do quarto, é que a casa tem DOIS andares! A minha sorte é que, como já havia
dito, tem uma arvore perto da janela – sim, é a mesma dos Tranquill’s
barulhentos – pisei nas telhas da cobertura do andar e em seguida pulei para o
galho mais grosso que pude ver, foi ai que me dei mal. Quem poderia imaginar
que o maldito Tranquill estava lá camuflado dentre as folhas? Ok, entendo que
por instinto ele deve proteger o seu ninho e seus ovos, mas não precisava me
atacar daquele modo. Certamente ele não se esqueceu da vez em que derrubei seu
ninho tentando montar uma casa na arvore, ou daquela outra vez que fiz dele um
alvo com pistolas d’água... Pensando bem acho que fui um mal vizinho todos
esses anos, e ele tinha todo o direito de me odiar. Logo depois de segurar no
tronco da arvore com as duas mãos olhei para cima, e vi os olhos vermelhos de
Tranquill brilharem em meio à escuridão.
Ele continuou sinistramente
parado com os olhos fixos em mim, quando levantou a pata direita. Pude sentir
suas garras apertando minha cabeça, cada vez mais. Eu não podia gritar e
acordar minha mãe, para falar a verdade, não podia fazer nada, minhas mãos
estavam escorregando. Pouco a pouco ele foi espremendo minha cabeça
até chegar a um ponto em que eu não aguentava mais. – naquela hora pude
perceber quanta força tem um Pokémon! Ele apertava tão forte quanto eu jamais
conseguiria – E por ultimo empurrou-me para trás com a garra, e caí ao pé da
arvore como um corpo sem vida. Estava com uma seria dor de cabeça e muito
tonto. Tranquill continuava parado no galho, estaticamente observando, e em
seus olhos pude ler uma clara mensagem; “Não volte aqui”.
Eu não pretendia mesmo voltar... Não por enquanto... Não sem meu pai! Levantei-me
cambaleante e peguei a mochila. Enchi o pulmão com o ar gélido de uma noite de
luar e Parti para a saída de Nuvema rumo a Twist Mountain!
Que ótima crônica... estou aguardando a continuação desse capítulo. Está muito bom ;] parabéns.
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