Capítulo
05: Quatro Amigos, Uma Morte!
#Aurora
O Vento forte do entardecer daquela segunda feira era muito
prazeroso, meus cabelos escuros continuamente se agitavam em meio as fortes
brisas. Andávamos já há meia hora, a estrada em empoeirada trocava de cena por
uma escadaria cinza de concreto, onde cercada aos lados por grossos corrimãos
de tons de cinzas variados, visando que os mesmos já haviam sido pintados
varias vezes no passado. A grama verde molhada pelo orvalho era a única
manifestação da natureza que dara cor aquela escadaria, que a cercava. Subimos a escadaria, apreensivos sobre o que a
cidade de Jubilife havia nos reservado; chegamos até o fim e nos deparamos com
uma grande avenida asfaltada cortada por varias outras ruas e vias, prédios de vários
tamanhos e dimensões estavam espalhados por toda a cidade, espremidos uns
contra os outros, automóveis e caminhões faziam seus percursos de seu cotidiano
soltando pelos escapes fumaças negras e poluentes, barulhos de todos os tipos
eram ouvidos: barulho das buzinas desagradáveis dos automóveis, das sirenes de
carros da policia e bombeiros, as pessoas em telefones celulares conversando e
teclando nada preocupadas com os demais; Realmente a cidade de Jubilife faz jus
a sua nomenclatura, como a maior e mais agitado cidade de todo o continente de
Sinnoh. Respiramos fundo, e adentramos aquela metrópole ambos cheios de
esperança e felicidade por estarmos em Jubilife City. Continuamos a caminhar
pela calçada cinza, nos desviando dos pedestres que irritantemente esbarravam
em nós como se fossemos animais, ou pior, como vermes; A cidade grande não
podia ser comparada como nossa cidade natal, TwinLeaf Town, aqui era diferente
em todos os sentidos, as construções eram mais elaboradas, o ar era tão negro e
áspero, por causa da queima dos combustíveis, que podíamos ver sem muitas
dificuldades e as pessoas? Ah, as pessoas eram o pior: eram mal humoradas,
estúpidas, grossas, irresponsáveis, afobadas e terrivelmente ignorantes, mas
mesmo assim se esquecermos do que citei, até que a cidade tinha seu charme.
Continuamos a andar, tentávamos saber onde era o centro Pokémon mais próximo,
mas ninguém quisera parar de correr para atender dois jovens treinadores, até
que em sentido contrario avistamos um rosto conhecido, para John e eu, estava
falando ao telefone celular e, aliás, muito bem vestida usando um vestido branco, provavelmente de Chiffon ou seda, lhe caia tão bem e dava um boa aparência junto com o tom de pele alva; usava um chapéu feito de fibras de alguma árvore tropical, como aqueles que as madames usam nas praias e piscinas, e ficava formidável com uma fita vermelha em volta. Seus cabelos loiros, curtos, combinavam perfeitamente com seus olhos azuis cristais e com o bracelete de pedras amarelas e ainda calçava um sapato aberto das Starcys.
- Hanna?!! - Gritei para confirmar meu palpite.
- Hum?! Ora quem diria... - Disse falando algo ao celular e desligando em seguida,
caminhando até nossa direção.
- Hanna, há quanto tempo? - Disse John a abraçando em saudação.
- É realmente faz muito tempo desde que nos falamos, acredito
que nos vimos pela ultima vez quando Alison saiu da cidade. - Comentou esfregando delicadamente os dedos no queixo, como
sinal de que estava se recordando.
- Se está certa, então realmente já faz muito tempo! Mas
menina me conta como você está? O que está fazendo por aqui? - Perguntei animada em reencontrar uma amiga das antigas.
- Ai-ai! Estou muito bem, como pode ver, e agora estou
passeando pela cidade, eu já a conheço como a palma de minhas mãos. E vocês o
que estão fazendo por aqui? - Respondeu Hanna com uma risadinha por fim.
- A pouco partimos em nossas jornadas Pokémon, mas por
enquanto estamos à procura do Centro Pokémon. Será que você sabe onde é? - Perguntei, meio sem graça por estar mais perdida do que cego
em tiroteio.
- É lógico que sei, eu os levo até lá. A propósito tenho uma
surpresa para vocês dois só tenho que... Esperem um pouco... E pronto! Já
mandei a mensagem. - Disse enquanto teclava ao telefone celular com um sorriso
suspeito em seus lábios sem batom.
- Mensagem? Pra quem? - Perguntou John, curioso em descobrir a surpresa que Hanna
havia nos falado.
- Ah! Isto faz parte da surpresa, vocês só vão desvendar
quando chegarmos ao Centro he!eh!eh!
Explicou Hanna, acenando entre a multidão para segui-la.
Hanna Bettulie, fez parte do grupo em que Alison Abeilles Reine era a líder. Junto com John, Aurora, Ruthe e Alison, fazia grandes estrepolias em todos os cantos. Sempre fora a mais inteligente do grupo, tirava as mais altas notas do colégio onde estudavam juntos. Porém, como todos em TwinLeaf Town suspeitavam, ela havia sofrido um baque emocional e saíra da cidade em busca de algo que lhe reconfortasse, ou simplesmente fugir de seu pesadelo.
Caminhamos juntos por
entre a calçada, conversávamos sobre as aventuras que vivemos na infância e
inicio da adolescência na cidade de TwinLeaf Town, com certeza uma época
memorável e fascinante, como a vez que atiramos balões de tinta de cima de um
dos poucos prédios nas pessoas que ficavam passando pela rua e calçada quase
fomos pegos dessa vez, mas graças ao pensamento rápido de Alison conseguimos
escapar dos seguranças e do povo que entrara no prédio e subira as escadas para
nos pegar, com certeza Alison é a mais inteligente do grupo, ela sabia de tudo
e de todos incluindo nós do grupo; pensar neste assunto é estranho por que ela
sabia todos os nossos segredos até os mais íntimos e escondidos, mas não
sabíamos nenhum segredo dela, nenhum mesmo era como ter um baú como confidente,
tudo aquilo que falávamos ou descobria ela guardava para si, contudo a vida
dela era um completo mistério.
Após uma meia hora seguindo Hanna e conversando sobre as
estripulias do passado, chegamos à frente de um grande edifício com um emblema
vermelho grande, sobre a porta de vidro da entrada, semelhante a uma Pokéball,
as paredes brancas combinavam perfeitamente com o telhado rubro feito sangue,
pequenos cedros brancos rodeavam a construção dando vida aquele quarteirão cinza
de concreto. Adentramos a construção, e logo na entrada um balcão de
atendimento e serviço podia ser visto, uma elegante moça usando trajes brancos
e cabelos rosas que brilhavam ao ser expostos contra luz, estava averiguando
alguns papeis sobre uma mesa de madeira com a luz do monitor de um computador
cintilava sobre seu rosto esculpido. Dirigimos-nos até próximo ao balcão, onde
a mesma percebeu nossa presença e voltou sua atenção, antes nos papeis escritos
a mão, para nós.
- Olá, sejam bem vindos ao Centro Pokémon de Jubilife City,
Me chamo Joy. No que posso ser útil?
Saudou-nos com um sorriso singelo e amigável.
- Olá Sra. Joy! Estes aqui são amigos meus de minha cidade
natal, eles partiram em uma jornada há pouco tempo, e gostariam de seus
serviços como enfermeira para que a senhorita cuide dos Pokémons deles.
Explicou a situação,
enquanto remexia o cabelo e pondo uma mecha de seu cabelo escuro atrás da
orelha.
- Oh! Claro, o que mais vocês poderiam querer aqui certo?! Deixem
as Pokéball’s dos Pokémons sobre o balcão, depois eu cuido deles! - Afirmou
Joy, deixando uma nova primeira impressão para mim e John, seu rosto antes
gentil e meigo, dera a vez para uma expressão fria e aborrecida, ela
simplesmente virou para o lado e voltou a vasculhar alguns papeis de um caixa
de papelão velho, algo estava escrito de pincel azul, mas não pude ver com
clareza, apenas vi a primeira letra da palavra ou frase, “A” era esta letra.
Como havia pedido, ou simplesmente falado por obrigação,
deixamos nossas pokéball’s sobre uma bandeja prata em cima do balcão azul
escuro. Olhei para John, para ver qual era sua expressão de humor, pois com
certeza, como eu, ele não havia gostado do jeito como a Sra. Joy havia nos
tratado momentos antes, mas foi ai que vi uma garota de cabelos loiros,
trajando um vestido branco de babados rosa, abraçava fortemente por traz de
John, aquela cena me deixou vermelha de raiva – Ora, quem é essa que está
abraçando o meu John?! – Pensei sentido uma veia de minha testa pulsar, porém
reparei no rosto da garota que abraçara John e... Não podia acreditar, só podia
estar enganada, aquela garota que abraçara fortemente John não podia ser...
Não, eu devia estar vendo coisas ou o ar daquela cidade tem um alto poder
alucinógeno, mas era difícil não acreditar no que meus olhos estavam vendo, ela
era... Era...
- A-Alison?!!
Sussurrei seu nome, com a palavra presa em minha garganta,
mas por fim consegui dizer seu nome.
- Oi Aurora, faz muito tempo, não?
Perguntou ainda abraçando John pelas costas, notei um ar de
cinismo em suas palavras, mas apenas ignorei o fato.
- Com certeza! Hanna está era a surpresa?
Questionei a Hanna, espantada, ela estava ao meu lado dando
risadinhas da minha cara de surpresa, realmente devo confessar não espera
aquilo, não mesmo.
- É! Você gostou né? Eu sabia que vocês iam gostar de rever a
Alison depois de todos esses tempos.
Comentou Hanna, com um sorriso de satisfação ou... Sei lá o
quê aquele sorriso poderia significar, nessa altura do campeonato não estava
muito a fim de ficar reparando.
- É bom rever todos vocês juntos! Ah... Isto me trás muitas
lembranças, pra comemorar esta ocasião por que não vamos ao um bar jovem aqui
perto ele está aberto 24 horas todos os dias, o que vocês acham?
Perguntou Alison encarando com um sorriso largo, esperando
nossas respostas.
- Por mim, eu topo!
Disse Hanna, fazendo um gesto positivo com as mãos.
- Eu também vou!
Afirmou John, com um sorriso meigo.
- E você Aurora, não vem conosco?
Perguntou Alison, com uma cara tão cínica que cheguei a
confundir e não acreditar.
- Bem eu... Eu gostaria de ir, mas somos treinadores agora e
temos que ficar aqui e esperando os nossos Pokémons serem cuidados pela Sra.
Joy.
Disse meio hesitante a principio. Não queria ir com eles,
pois aquela situação estava me assustando.
- Você o quê? Como assim você não vai? Deixe esses
monstrinhos ai e venha conosco, agora!
Ordenou Alison, com um olhar sombrio e frio, o mesmo olhar
que fazia quando alguém se recusava a atender seus caprichos.
- Ok... Eu vou com vocês.
Concordei cabisbaixa.
- Ótimo, que bom que decidiu se juntar conosco por livre e
espontânea vontade. Vamos, eu os levo até o local! - Gesticulou as mãos em sinal de que a seguíssemos, e foi o que
nós três fizemos sem hesitar.
Alison Abeilles Reine, sempre foi a Líder do grupo, não, sempre fora a líder da cidade. Todos em TwinLeaf gostavam da garota, sempre fora atenciosa, carinhosa e sem sombras de duvidas esperta. Não medias esforços em eliminar quem estivesse em seu caminho. Apenas, confiava em John, Aurora, Hanna e Ruthe, mesmo que não demonstrasse isto, daria sua vida para salva-los. Ela era ótima em guardar segredos, principalmente os dos outros...
Ela nos guiou até um estabelecimento de faixada em madeira, madeira
está de carvalho. Motos e mais motos entupiam a entrada, muitos dos
frequentadores do local eram motoqueiros, e eram tantos que o estacionamento
feito para eles não cabia nem se quer uma lambreta. Seguimos até a porta de
entrada, as dobradiças já velhas e gastas faziam um barulho desagradável quando
a porta se abria ou fechava. Dentro um grande balcão de madeira ia de um canto
ao outro do local, muitas prateleiras estavam repletas de bebidas alcoólicas de
todos os gostos e preferências, algo que eu e Alison adorávamos beber
escondidas em TwinLeaf. Muitas das pessoas estavam sentadas na frente do balcão
bebendo, enquanto assistiam e vibravam ao jogo de futebol americano pela TV
pendurada na parede de um dos cantos do estabelecimento. Sentamos-nos em uma daquelas cadeiras-sofá
com um estofamento pra lá de gasto; a mesa em nossa frente estava adornada por
uma toalha listrada em rubro e alvo, se assemelhando com uma toalha de
piquenique, dois pequenos vidros estavam sob a mesa, contendo respectivamente
sal e pimenta. Hanna fez sinal com a mão chamando a atenção da garçonete, uma moça de feições joviais tendo cabelos loiros penteados uniformemente presos por dois laços negros e com olhos mais dourados que qualquer pepita d’ouro que se aproxima com um bloco de notas nas mãos, mascando chiclete, e um avental
amarelo estava por cima de sua roupa comum: Jeans e uma blusa listrada na
diagonal preto e amarelo.
- Eu vou querer uma limonada! - Pediu, enquanto a moça anotava no bloco.
- Eu vou querer o mesmo que a Hanna! - Disse John, enquanto brincava com o saleiro.
- Traga um Moltres-cofet para mim e... Para minha amiga, certo Aurora?! - Perguntou Alison, ao dizer meu nome virou seus olhos grandes
para mim como se dissesse que se não concordar-se seria excluída.
- Por que não? Traga para mim o mesmo que ela disse! - Afirmei fitando-a seriamente, soltando uma risadinha por fim.
Ouvindo o meu pedido a garçonete se retira.
- Cuidado Aurora, se você ficar bêbada é capaz de contar seus
segredos ah!ah!ah! - Gracejou Hanna sentada ao meu lado, olhando com uma cara de
risos para todos.
- Não há mal algum nisto! Amigos dividem segredos, é o que
nos mantém unidos. - Explicou Alison encarando a toalha listrada da mesa, como se
a mesma tivesse ouvindo a conversa.
- Nossa Alison... Que pensamento
profundo. - Disse John, nervoso. Notei que ele engoliu em seco antes de
terminar sua frase.
- Aí gente, eu nem posso filosofar que vocês me encaram como
uma aberração ah!ah!ah!
Zombou Alison, jogando a franja que persistia em tampar seu
rosto, para o lado.
Enquanto o clima tenso se dissipava entre uma risada ou outra
que dávamos ao ouvir Hanna contar suas historias e Alison a debochando, a porta
do estabelecimento se abre e uma moça de cabelos negros, olhos azuis como
piscina, óculos de hastes verdes escuro e um jeito desengonçado, surge sendo empurrada
pelos motoqueiros que adentraram no estabelecimento em seguida, ela os pedi
desculpa por achar que era sua culpa ter atrapalhado a entrada dos fregueses.
Ela segue pelo único corredor e se aproxima de nós, vendo os nossos rostos
risonhos ela sorri como se nos reconhecera.
- Elysah?!
Questionou Hanna, ao notar sua presença.
- Falando em aberração, olha quem aparece...
Sussurrou Alison para si, pensando que a garota não tivesse
ouvindo, porém pela reação da jovem ela ouvira.
- Oi Elysah, há quanto tempo?! Você não mudou nada!
Cumprimentei a garota, que estava desconcertada pelo
comentário feito por Alison.
- Ignorem a criatura e ela irá embora!
Afirmou Alison rejeitando totalmente a ideia de que Elysah
tinha sentimentos e estava ouvindo, ou sabia muito bem o que estava dizendo. Ao
ouvir dos lábios de Alison que sua presença não era bem vinda, Elysah abaixou a
cabeça desconcertada e sentou-se sozinha em uma mesa nos fundo do estabelecimento.
Alison nos olha como se quisesse dizer que éramos para ficar calados e
escuta-la; Enquanto nos entre olhávamos o celular de Alison vibra, ela no mesmo
instante vasculha sua bolsa cor creme e o retira.
– Uma mensagem! – Disse Alison ao ver nossas caras de
curiosos; Ela solta uma risadinha sinistra antes de ler a mensagem, porém sua
fisionomia muda radicalmente, seu olhar antes debochado se transforma em susto
e temor.
– Quem foi que mandou
a mensagem, Alison? – Perguntei preocupada, pois sua feição estava nos causando
certo desconforto.
– É segredo! – Afirmou Alison nos aliviando de toda aquela
tensão, mas notei que seu olhar ainda estava perdido em seus pensamentos sejam
lá quais forem.
- Bem galera, eu tenho que ir agora. Depois nos falamos! Ah,
peguem meu numero de celular com a Hanna para mantermos contato. - Disse Alison,
se levantado e seguindo até a saída e abre a porta, porém antes olhou para nós,
abatida, e desaparece em meio às motos.
- O que será que deu nela? - Perguntou John apreensivo.
- Eu não sei, mas me deem licença vou ao banheiro agora. -
Disse Hanna se levantando e se exprimindo entre minhas pernas para chegar ao
corredor e retirar-se ao banheiro.
- Nossa que estranho, e estas bebidas que não chegam... - Comentou
John, procurando pela garçonete que havia nos atendido momentos antes.
- Realmente, e aquela garçonete sumiu, não encontro ela... -
Disse procurando pela moça – É melhor irmos, já ficamos aqui tempo demais pro
meu gosto.
- Mas e a Hanna? E ainda temos que anotar o numero de celular
da Alison!
- Essa é fácil! A Hanna deixou o celular dela aqui sob a mesa
é só pegarmos e... Anotar e pronto! - Brinquei pegando o celular prata sob a
mesa, ao teclar notei que uma nova mensagem havia chegado, apenas a ignorei e
remexi nos contatos, encontrei o numero
correspondente ao celular de Alison, anotei no meu celular rosa e mandei o
numero por e-mail para o de John.
- Tá bom espertinha, agora deixe o celular da garota onde
você achou! - disse apontando para o local onde eu havia tirado o celular –
Agora vamos logo, tô a fim de ir dormir cedo hoje!
- Certo! Vamos logo... - Afirmei, guardando meu celular
dentro do bolso lateral de minha mochila esverdeada.
Segui John que caminhava em minha frente para a saída, porém
antes que pudesse sair completamente do local, olhei mais uma vez para a pobre Elysah,
queria ver se ela estaria bem, mas infelizmente acreditava que não; Olhei para
o fundo do estabelecimento na procura do rosto triste da garota, porém eu não a
encontrei, ela havia sumido olhei para os outros assentos e ela não se
encontrava em nenhum, achei aquilo estranho, mas não estava nenhum pouco
preocupada em descobrir para onde ela tinha ido, com certeza estava no banheiro
chorando entre lenços úmidos e lagrimas abundantes. Enfim, segui meu rumo para
longe dali com John ao meu lado como companhia; caminhamos pela rua com a luz
do luar como nossa companhia, as luzes do poste estavam brilhantes com Hoothoot’s
piando à noite deixando o clima mais aconchegante e calmo. O ar frio do
anoitecer era especial eu me sentia em uma daquelas cenas românticas de filmes
premiados de Hollywood; Continuamos andando sorrindo um para o outro, a rua
deserta raramente quebrava o clima lírico que nos rodeava, contudo em meio
aqueles momentos alegres senti um arrepio invadindo meu corpo, não sabia o
porquê, porém tinha conhecimento, como um sexto sentido, que algo de muito ruim
estava para acontecer. Demos mais alguns passos, eu estava confortavelmente
aninhada nos braços de John, pena que isto não demorou muito. Enquanto
admirávamos a vista, enxergamos alguma coisa escondido entre alguns arbustos no
canteiro perto do poste de iluminação, iluminados pela luz tênue do luar, não
identificamos de imediato, precisamos avançar poucos passos para saber do que
se tratava.
– Ahhhhh! Ela está morta?! – Gritei me deparando com uma
garota jogada no chão do canteiro de terra batida. Suas roupas sujas de terra
sugeriam que ela havia caído ou havia sido jogada ali. Seus cabelos loiros
cobriam o seu rosto, que complicava para saber de quem se tratava. Seus olhos
vidrados olhavam diretamente para a rua de pedras lascadas, onde um laço
vermelho ensanguentado estava.
– É a... Alison! – Afirmou John, não acreditando no que
víamos, ele me abraçou forte. Minhas lagrimas escorriam pela jaqueta cinza
clara que ele usara enquanto contemplava a cena de horror.
********************
- Muitas pessoas vieram ao enterro da Alison!
- É realmente... Muitos vieram, mas não reconheço muito
dessas pessoas! – Comentou John enquanto as pessoas passavam por nós, todos
trajados de roupas pretas – Alison fará falta!
- Ela teria gostado disto aqui. Popular na vida... – Iniciei
o raciocínio. Enquanto chutava uma pedra para longe.
- E mais popular na morte! - Completou Hanna, suspirando.
- É estranho, mas... Alison sempre dizia que eram os segredos
que nos tinham mantido unidos, contudo foram estes segredos que acabaram nos
separando de uma vez por todas... – Relembrei dos fatos, jogando uma mecha de
cabelo escuro para traz de minha orelha.
Caminhávamos entre os
túmulos e mausoléus do cemitério Streybown, mas algo incrível aconteceu, nossos
celulares tocaram e vibraram ao mesmo tempo, nos entreolhamos assustados, pois
a chance daquilo acontecer era remota, cada um retirou o seu telefone celular,
uma mensagem havia chegado para ambos. Apertamos simultaneamente no botão LER.
Hanna arregalou os olhos enquanto John e eu nos entreolhamos relendo a
mensagem.
Não precisam se
preocupar Mentirosos, ainda estou viva! E sei de tudo...
-A
- A? Alison? - Entreolhamos-nos ao questionarmos ao mesmo
tempo em que aquele “A” seria a Alison.
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Eae pessoal, tudo bem?! Espero que sim. Bem, espero que tenham gostado deste capítulo. O capítulo 05, ah! cheguei longe, mas ainda é só o começo - rs - Este capitulo dá inicio com o enredo principal da Fic, muitas outros mistérios e duvidas iram surgir se acompanharem.
Agora falando um pouco sobre os personagens: John e Aurora continuam sendo os personagens principais, porém iram dividir a cena com muitos outros, eu tentei colocar um pouco maldade na personagem Alison, propositalmente, ela não será a vilã, mas quem disse que toda pessoa má é vilã ou vilão?! Já Hanna terá um papel fundamental na história, ele irá se juntar com a dupla mais à frente na estoria, e Elysah... Ah! Ela é um caso a se pensar, mas sem duvidas suas participações serão importantes e esclarecedoras, e por fim temos o misterioso "A" que aparece em um pequeno trecho da estoria e ainda no final. Este anonimo que assina mensagens com "A" será o causador de tudo.
Bem, me despeço agora e aguardo seus comentários! Podem elogiar ou criticar, mas por favor se criticarem sejam educados u.u
Antes de qualquer coisa eu gostaria de dizer que aprecio muito sua escrita. Ontem comecei a ler sua história e notei que você possui capacidade para vir a tornar-se um exímio escritor. Seu enredo é no mínimo surpreendente e a maneiro com que lida com os personagens fabulosa.
ResponderExcluirTodavia, não posso, em meu papel de leitor, deixar de ressaltar algumas coisas que podem ser melhoradas. Sei que você ainda é um escritor novo, e por sinal muito talentoso, mas acredito que sempre podemos agregar mais, principalmente quando se trata da língua portuguesa (uma das mais complicadas e cheias de regras do mundo).
Sinto que em alguns pontos você anseia tornar o texto muito belo e perfeito, como dos escritores mundiais. Mas vá com calma, escreva naturalmente e evite o uso de palavras que você não conheça perfeitamente o significado, para que a história não pareça forçada e sem naturalidade.
Vou citar algumas coisas que acho que devem ser levadas em consideração, alguns exemplos. Não me leve a mal, e cabe à você analisar o que digo.
- O primeiro capítulo me atormentou. Em muitos casos eu pararia de ler imediatamente, mas como senti que você era bom continuei e resolvi me expressar aqui. Você se refere o capítulo inteiro no presente. "Desce as escadas, toma café, se arruma, veste a camisa (só exemplos)." Entenda que você está falando de algo que já ocorreu, no passado. A história não se passa em tempo real, enquanto o escritor lê. Isso irrita, e muito. Você está narrando algo, algo que já aconteceu. Não se narra o presente! Peço que arrume, pois se deixá-lo como está muitos desistirão de ler os outros.
- “Há vários anos atrás..." No primeiro capítulo. Juro que quase tive um ataque cardíaco. Esse erro é tão bobo, e ainda mais no primeiro capítulo de uma fic de um site renomado, me faz pensar que perdemos a qualidade dos escritores em nosso país. Mas vou ignorar esse erro, confiante em sua capacidade, e também confiante que você irá arrumar. O certo seria dizer "Há vários anos" ou "vários anos atrás", pois o HÁ já indica que estamos no passado, então o uso do ATRÁS faz com que a concordância da frase seja estuprada.
-"em meio as fortes brisas." no caso, deve-se usar "às", pois esse as quase age como feminino de aos. "Em meio aos fortes ventos". Use-se crase em palavras femininas, quando o "as" tem sentido de ao, para, de, e assim por diante... Mas creio que talvez você só tenha esquecido de acentuar, porém, vale ressaltar.
Peço novamente que não me leve a mal. Faço isso apenas para lhe ajudar, pois sei o quão bom você é. Espero que entenda, já que adoro esse site e as fics daqui.
Olá Marcos. A equipe da Contos e Historias avaliou sua fanfiction e está oferecendo a você um espaço para publicá-la também em nosso site, que é voltado especificamente para 'fanfics', contos e histórias. Não só você ganhará prestígio como autor, mas também a Thunders ganhará uma nova porta de acesso por lá. Grandes escritores estão enviando suas histórias, gostaríamos de ver a sua lá.
ResponderExcluirNos envie uma resposta para o e-mail (contosehistorias3@gmail.com), e visite nosso portal (http://conto8.wix.com/contosehistorias). Em breve muitas novidades por lá.
Bom Dia/Boa Noite Leandro.
ResponderExcluirCara, não quero ser chato e nem nada, mas eu e os membros da Thunders (Inclusive o Marcos que está entre eles) estamos planejando realizar um projeto para cá, sendo que temos pouquíssimo tempo livre.
Apesar que já conversei com ele a pouco tempo, segundo ele, está tendo dificuldades de postar está mesma fanfic devido ao tempo, então não é plausível colocar mais uma carga nas costas. Entendo, é apenas uma proposta sua e talvez ele não descarte ela, tudo ok!? Enfim, espero que entenda.
Grato. xD