Adventure of Coordinator - Capítulo 07...

Treinamentos com um toque de aventura!

          Uma clara e esplendorosa manhã erguia-se se esgueirando entre o horizonte montanhoso. Alguns pokémons, ainda intimidados com os raios de luz, saiam de suas tocas nas quais haviam passado a noite anterior. Uma brisa suave soprava passivamente movimentando as copas das árvores com elegância. Um grupo de Dodrios cantava com entusiasmo acordando aquela pacata floresta de seu sono profundo.

          A caminho de Floaroma Town na busca da vitória do renomado contest pokémon que iria ocorrer, Aylla e Lunna despertavam de seus preciosos sonhos naquela magnífica manhã que brotava no céu. Ambas se arrumaram colocando suas vestes cada qual com seu estilo particular. Aylla trajava na cabeça um lindo chapéu branco com um belo laço rubro bem ao lado, usava uma camisa de coloração de um tom de vinho com um pequeno macacão jeans por cima.

          Lunna, por outro lado, mantinha seu cabelo castanho preso a um rabo de cavalo com um boné cor-de-rosa logo acima deste, trajava botas meio amarronzadas com cadarços pink e um colete preto que combinava com a cor de seus lindos olhos azuis.

          – Acho que preparamos tudo, já podemos partir – Aylla olhou o local onde haviam passado a noite “dos pés a cabeça” para ver se não deixariam nada para trás.

          – Espere – Lunna sussurrou – Olhe bem ali, Aylla! Bem próximo das duas garotas, ao lado de um enorme chorão de folhagens que despencavam ao solo macio, um arbusto tremia constantemente como se algo estivesse oculto em suas entranhas. Aylla e Lunna estremeceram-se em medo.

          – O que será que tem lá? – Indagou.

          De repente, as folhagens se abriram e pequeninos olhos começaram a brilhar no meio da escuridão perplexa. Aylla tentou gritar, mas sua voz saiu abafada no ar, antes que, do nada, vindo o arbusto, surgiu um lindo pokémonzinho de uma enorme pelagem castanha, tinha fofas orelhas alongadas, era baixinho e tinha belos olhos que brilhavam logo acima de seu fofinho engraçado.

          – Um Eevee – Lunna abriu um largo sorriu no rosto.

          – Não posso acreditar que estávamos com medo dessa gracinha – Aylla tentou passar a mão na testa do pokémon, por outro lado, uma enorme esfera de coloração negra surgiu na boca de Eevee e fora lançada contra esta explodindo no rosto da menina.

          Lunna ocultou um riso.

          – Pelo visto, ele não gosta de você, Aylla! – Ela exclamou.

          – Você não é uma gracinha como eu pensei, nem tanto – A jovem limpou sua face suja – Seu pokémon mal – E, por fim, virou seu rosto para o lado, indignada.

          – Amei você, Eevee! – Os olhos de Lunna cintilaram em alegria – Vou capturá-lo.

          Aylla caiu perplexa sentada no chão.

          – Gostou dele? – indagou – E como assim “Vou capturá-lo”? Vai quer ficar com essa fofura perigosa? As aparências enganam, sabia? – Em suas perguntas havia um toque de ironia.

          Por outro lado, as perguntas de Aylla e seus comentários não deixaram Lunna intrigada. Ampliou uma pokébola entre seus dedos e a arremessou o mais alto que pode enquanto gritava:

          – Togetic assuma o palco!

          Com um fleche de uma luz prateada com belos detalhes azuis, a elegante pokémon surgiu em campo com um lindo sorriso. Suas asas eram brilhantes e sua pele tão branca quanto as nuvens que pairavam alegremente no céu.

          Eevee, por sua vez, não demonstrou medo ou insegurança. Rente a sua boca formou-se uma enorme esfera negra, Shadow Ball, a qual, depois de aumentar um pouco mais de tamanho, fora lançada contra Togetic.

          – Esquive-se do ataque girando – Lunna ordenou.

          A pokémon deu piruetas no ar rodopiando alegremente enquanto o ataque de Eevee passava rente ao seu ouvido zumbindo como uma flecha.

          O pokémon adversário, zangado por seu Shadow Ball não surtir efeitos contra Togetic, ergueu sua cabeça confiante quando, de repente, belos cilindros esbranquiçados começaram a se formar envolta de seu corpo. Lindas e fantásticas, as esferas do ataque faziam com que a pele de Eevee brilhasse junto ao sol parecendo como se ele fosse uma estrala radiante.

          – Hidden Power – Aylla fitou o pokémon, encantada.

          Os cilindros, por sua vez, foram todos arremessados contra a pokémon de Lunna quando o pequeno Eevee simplesmente apontou suas orelhas na direção de sua temida adversária.

          – Togetic use Water Pulse – a garota ordenou.

          Uma esfera azulada e cintilante formou-se rente a boca de Togetic e fora arremessada ligeiramente em cima dos cilindros que cada vez ficavam mais próximos e poderosos. A fusão dos dois ataques ocorrerá com perfeição trazendo como resultado majestosos fogos de artifício que explodiram sobre o campo.

          – Certo Togetic agora use Metronome – Lunna estralou os dedos para cima com um sorriso.

          As palmas das mãos da pokémon começaram a brilhar a qual balançou estas de um lado para o outro acarretando um majestoso brilho nos olhos. De repente, a cintilação converteu-se em um poderoso ataque de extremo poder: Solar Beam! A boca de Togetic abriu-se mais uma vez, por outro lado, desta vez deu origem a um poderoso raio branco com detalhes avermelhados nas bordas. O poder da pokémon voou para cima de Eevee atingindo todo seu corpo diretamente.

          O pokémon adversário emergiu do grande clarão caído sobre o solo de terra macia para que todos do local pudesse se deparar com sua face machucada e dolorida enquanto ficava sobre a relva mergulhava em orvalho nocauteado graças ao terrível ataque.

          – Acho que isso já está mais do que suficiente – Lunna ampliou outra pokébola entre seus dedos apertando o botão central do instrumento redondo bicolor – Pokébola faça a sua parte nessa captura – e arremessou-a contra o pokémon.

          A esfera bateu contra as costas de Eevee o qual, se transformando num borrão avermelhado, entrou dentro desta com extrema perfeição e estilo.

          Pii... Pii... Pii... Pii... Pii...

          Eevee é capturado com grande sucesso!

          – Não acredito nisso! – Lunna correu em direção de sua pokébola, pegou-a entre os dedos enquanto mostrava-a para Aylla e para sua querida Togetic – Capturei um Eevee, o pokémon evolução! Não posso crer, não posso crer, não posso crer! – sua felicidade batia contra seu peito pulsando junto ao sangue que corria por suas veias.

          – Precisa treinar ele, não acha? – Aylla indagou.

          – Você está certa! – Lunna ajeitou o colete negro que revestia sua camiseta branca – Acho que vou usar Eevee na apresentação do contest de Floaroma!

          – É fofo e gracioso e tem ataques de estrema beleza, seria uma ótima escolha essa a sua – Aylla estampou um belo sorriso em seu rosto – Certo, encontrei um local perfeito para um treino de apresentação, fica logo aqui perto!

          – Ótimo, vamos lá – Lunna assentiu.

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

          Uma cachoeira despencava a poucos metros dali. Era um pequeno pedaço de campo aberto cuja relva brilhava em tom verde-limão, atrás das duas garotas a floresta tomava conta de cada canto no campo de visão de ambas. Se andassem por volta de vinte ou vinte e cinco metros cairiam em um enorme precipício que poderia levar uma pessoa a um pacato afogamento num rio de correntezas profundas e rápidas. Longe dali, na linha do horizonte, diversas montanhas de tamanhos diversos fervilhavam numa coloração azulada e elegante.

          – Que local majestoso! – Os olhos de Lunna estavam faiscando em brilho – Será um lugar ótimo para um treino.

          – Eu pensei a mesma coisa quando o vi horas atrás – Aylla apreciava a linda visão até as montanhas – Bem, já que estamos aqui, podemos começar não acha?

          Lunna assentiu, com orgulho. Ampliou a pokébola de seu mais recém-capturado pokémon e a jogou contra o vento suave que movia a campina em ondulações.

          – Eevee assuma o palco! – Exclamou.

          A pokébola abriu-se ligeiramente expelindo para fora junto ao pokémon, graças ao selo de pokébola de bolhas, lindos cilindros azulados que brilhavam ao encontro do sol estas, já de inicio, refletiam a bela aparência de Eevee...

          – Certo, comece usando Quick Attack!

          Um majestoso ornamento esbranquiçado rodeou o pokémon antes que ele começasse a correr numa velocidade incrível deixando para trás um belo rastro prateado que se iluminava em verde graças a grama. Eevee, por sua vez, explodindo as bolhas num brilho encantador, cobriu sua pele num manto cintilante deixando sua pelugem mais maravilhosa do que já era.

          – Certo, agora use Rest!

          O corpo do pokémon brilhou encantadoramente. Usando o ataque ao seu favor, Lunna mostrava elegantemente a pele de Eevee, seu ponto mais forte e belo.

          – Vamos encerrar! – A garota deu três rodopios no ar – Primeiramente use Hidden Power para cima e termine usando Shadow Ball bem no centro.

          Os lindos cilindros brancos e majestosos do Hidden Power foram lançados para cima com extrema perfeição os quais, unindo-se com um rápido e poderoso Shadow Ball, explodiram em fogos de artifício multicoloridos.

          – Foi incrível – Aylla aplaudiu sua amiga com um sorriso.

          – Eu poderia ter feito melhor – Lunna murmurou consigo mesma – Sei que o Rest mostrou bem a pele de Eevee, mas o Shadow Ball poderia ter sido mais preciso e forte!

          – Lunna! – A jovem gritou – No contest de Jubilife você vencera de meu Chimchar mesmo tento desvantagem, venceu até de sua irmã com aquela Seviper dela! E agora, depois de ter sua primeira fita, está reclamando de um simples treino! Quem deveria estar assim sou eu por ter perdido, não você!

          – Desculpe-me!

          – Tudo bem – Aylla deu um abraço apertado em Lunna – Você é uma ótima coordenadora, não existe nada o que melhorar em você!

          Nesse mesmo instante, a grama alta e os arbustos atrás de ambas as meninas começaram a se movimentar quando, de repente, as duas se depararam com uma garota de longos cabelos amarelados cheio de galhos quebrados de árvores envolvidos nestes, suas vestimentas todas rasgadas trajava um calça jeans e uma camisa verde-escuro que tinha logo acima escrito em branco: Sou uma jovem feliz...

          – Por favor, me ajudem – Ela berrou com um suspiro o qual alertou seu cansado.

          – Acalme-se e nos explique o que aconteceu – Aylla pediu – Quem sabe assim nós possamos lhe ajudar!

          A garota tossiu algumas vezes então voltou a falar:

          – Meu nome é Marina – começou – Há pouco tempo atrás, estava em certo ponto da floresta com minha Buneary quando...

          – Buneary, amo as Buneary – Os olhos de Aylla brilharam.

          – Não a interrompa – Lunna reclamou – Pode continuar agora, Marina.

          – Bem... Estava com minha Buneary quando, do nada, ela sumiu, fiquei desesperada e assustada, até que... até que... eu escutei risadas, muitas risadas!

          – Risos? – Lunna indagou, supressa – Em plena floresta?

          – Nossa, que mistério – Aylla e Marina trocaram alguns olhares.

          – Por favor, vocês precisam me ajudar a recuperar minha querida Buneary.

          – É claro que vamos ajudar você – Lunna desferiu um sorriso – Por favor, nos leve até onde sua pokémon desapareceu!

          Por outro lado, não fora necessário fazer certa busca atrás dos temidos e misteriosos risos, pois, logo após as palavras de Lunna, os próprios começaram a gargalhar ecoando suas vozes roucas e malévolas por todo o precipício.

          – Sem Buneary, não terá ela de volta – Uma voz feminina pareceu vir da esquerda das garotas.

          – Sem Buneary, não terá ela de volta – Desta vez, uma voz masculina repetiu em gargalhadas estas já vinham do lado direito das jovens.

          De repente, as risadas medonhas juntaram-se em uma só, como se as duas pessoas que estavam rindo haviam se encontrado em certo ponto e vinham vindo na direção das três.

          – Quem está ai? – Lunna gritou por cima das risadas. Sua voz ecoou por todo o local.

          De repente, sairam da vegetação, um moço e uma moça, um belo casal trajado em preto com um R preso no topo da camisa surgiram no campo de visão.

          Nas mãos do homem, uma pequena pokémon de coloração amarronzada se contorcia para fugir do perigo que a cercava.

          – Minha Buneary – Marina gritou correndo para apagá-la, por outro lado, Aylla a segurou – Quem são vocês? O que querem com a minha pokémon?

          Então, para a surpresa de todos, ambos os vilões começaram a recitar um poema:

          Se alguém, no fim do horizonte, perguntar “Quem são você?”

          Nós responderemos apenas uma simples e humilde coisa: “Pelo bem do amanhã!”

          Uma rosa! Uma rosa é o símbolo das trevas e do mal!

          As sombras! As sombras são os monstros que devoram a luz!

          A rainha do disfarce e da maldade, Juniper!

          A inteligência das galáxias, Plutão!

          Juntos formamos a temida equipe Rocket!

          – Equipe Pocket? – Marina indagou, surpresa – Aquela da Televisão?

          – Equipe Rocket, não equipe Pocket – a mulher, Juniper, murmurou.

          – Não existe nenhuma organização instalada em Sinnoh com o nome de Equipe Rocket – Aylla disse – Com certeza, trabalham para uma equipe de vilões vinda de outra região. O que estão fazendo aqui em Sinnoh?

          Plutão riu malevolamente em tom irônico.

          – Para roubar os pokémons daqui, é claro – respondeu.

          – Como conseguiram chegar até aqui sem serem descobertos pela policia? – fora a vez de Lunna indagar.

          – Somos, até agora, os únicos membros da Equipe Rocket em Sinnoh – Juniper explicou – Não poderíamos deixar que a policia nós pegar assim sem mais nem menos, é obvio!

          – A rainha do disfarce – Marina lembrou-se do lema.

          – Exatamente, minha querida – Juniper continuou – Ocultei a mim e a Plutão nessa região. Sintam-se orgulhosas de serem as primeiras a nós ver em nossas verdadeiras formas.

          Lunna fechou seus punhos e disse:

          – Devolvam essa Buneary agora e voltem de onde vieram. Sinnoh é nosso lar, não o seu!

          – Venha pegar hora essa – Plutão gargalhou.

          Aylla ampliou uma da sua pokébolas entre os dedos, com fúria.

          – Mas Aylla... – Lunna tentou detê-la.

          – Está é a minha vez de treinar – e, por fim, arremessou o instrumento bicolor para cima – Aipom eu escolho você!

          A pokébola abriu-se ligeiramente expelindo para fora um majestoso fleche azulado o qual, destruindo-se em um brilho encantador, deu origem a um pequeno macaquinho roxo onde, na ponta da calda, se abria uma enorme mão amarelada.

          – É uma batalha pokémon que você quer?! – Juniper também ampliou uma pokébola apertando o botão central do instrumento redondo de coloração prateada – Então vamos lá! Mightyena vá e ganhe essa batalha!

          A pokébola abriu-se encantadoramente enquanto, depois de dos majestosos fleches de luz, um grande e negro pokémon lobo surgira em campo.

          – Aipom use Swift!

          O pokémon macaco moveu sua calda para o lado graciosamente enquanto lindas estrelas amarelas saiam desta e voavam majestosamente na direção de Mightyena o qual, sendo atingido pelo ataque, fora arrastado para perto de uma alta árvore de enormes folhagens.

          – Mightyena contra-ataque usando Bite.

          O pokémon adversário tomou impulso e, com a boca aberta, correu na direção de Aipom.

          – Faça uma evasiva por cima e use mais uma vez um Swift – Aylla ordenou.

          Aipom, obedecendo as ordens de sua treinadora, deu meia volta por cima de Mightyena o qual, quando estava meticulosamente embaixo de seu adversário, fora atingido outra vez pelo mesmo ataque sendo, dessa forma, arremessado sem piedade contra o solo.

          – Levante seu pokémon fracote! – Juniper berrou – Use Shadow Ball!

          – Focus Punch! – Aylla estampou um sorriso no rosto.

          A calda de Aipom brilhou como uma lâmpada numa escuridão perplexa e, se fundindo com o ataque de seu adversário, ficara envolto de lindos laços de coloração preta que combinavam com o brilho do Focus Punch o qual, com muito poder e precisão, atingira Mightyena nocauteando-o.

          – Ruim! – murmurou Plutão enquanto jogava Buneary sobre os braços de Marina – Bem, ganharam a batalha, mas não a guerra! – E então explodiu pequenas bombinhas contra o chão o que levantou no ventou uma enorme cortinha multicolorida.

          Quando a fumaça baixara, no campo de visão das três jovens, Plutão, Juniper e seu pokémon, Mightyena, haviam sumido e, no local onde estavam, havia apenar uma rosa cravada contra o chão.

          – Minha preciosa Buneary – Marina abraçou a pokémon coelha entre seus braços – Muito obrigada por terem me ajudado! Muito obrigado mesmo!

          – Não foi nada – Aylla sorriu.

          – Esperem um instante – Lunna revirou os olhos procurando algo nervosamente – Onde está meu Eevee?

          – Bem... Hãn – Aylla esfregou seu braço contra a nuca – Enquanto conversávamos com a equipe Rocket peguei sua pokébola e o guardei em silencio! – respondeu – Estava com medo de que algo pudesse acontecer com ele.

          – Então quer dizer que você não acha ele mais uma “fofura perigosa”? – Lunna indagou, surpresa – Não está mais brava por causa do ataque que ele usara contra você?

          As bochechas de Aylla coraram, mas logo tomou sua postura novamente.

          – Fiz isso por você – respondeu – Não queria que ficasse triste se aqueles vilões pegassem seu pokémon pelas costas.

          – Sei...

          Marina ocultou uma risadinha com as mãos.

          – Obrigada mesmo por salvarem minha pokémon – Disse – Estou devendo um favor a vocês duas.

          – Um favor? Sabe onde fica a saída dessa floresta? – Aylla indagou.

          – Sim! – respondeu.

          – Acho que seu “favor” já pode ser concedido!

          E assim Lunna e Aylla, com a ajuda de uma companheira inesperada voltam a tomar seu rumo a Floaroma Town. Lunna com seu novo e pequenino pokémon, Eevee, e com uma certeza mortal: uma nova organização começava a se locomover pela região de Sinnoh... 

Continua...