Capitulo 001 - The Pilot!

Capítulo 001 - The Pilot!

        A vista da Nilvest City era linda. A cidade havia passado por algumas modificações para receber a competição principal do ano, a Liga Pokemon, por isso estava com um ar moderno, dinâmico e animado. A cidade era grande por natureza, mas devido à reforma o espaço foi distribuído e organizado de uma forma inteligente. Começando do centro, estava assim organizada Nilvest City: No centro, os estádios responsáveis por sediar a competição juntamente com algumas lojas de itens, Centros Pokemons e o comercio alimentício. Saindo do centro, havia o restante do comercio com lojas de sovines, brindes, pôster, roupas, alimentos, bandeiras... Enfim, tudo o que era necessário para um evento de grande porte. Nessa parte da cidade também havia alguns Centros Pokemons, um parque de diversão e lojas que ofereciam banhos em fontes termais juntamente com massagens relaxantes tanto para pessoas, quanto para Pokémons Além disso, essa parte era reservada para os dormitórios dos participantes da Liga Pokemon. Um complexo com 7 prédios, com 9 andar cada prédio e com 4 apartamentos por andar. Um luxo, mas não um exagero. Todo prédio havia sido trabalhado em cima de questões ambientais, de forma que o gasto de energia elétrica e água eram mínimos. A terceira e última parte da cidade era o local de moradia para boa parte da população local, que morava em Nilvest City antes mesmo da competição começar. Ali também havia alguns Centros de Treinamento, Escolas, casas, prédios, Prontos Socorros, um único Centro Pokemon – porém de grande porte-, Padarias e um gigantesco posto policial, de onde a segurança de toda a Nilvest City era comandada. 

Além de toda essa infra-estrutura, Nilvest City contava com um belo toque da natureza. Árvores enfeitavam quase todas as ruas e canteiros com flores de diferentes espécies davam o ar de sua graça nas calçadas e como se não bastasse, Nilvest City era cercada por uma redoma de árvores com diferentes proporções, deixando tudo em um equilíbrio perfeito entre: Ação Humana e Natureza. Para completar e fornecer total conforto aos participantes e visitantes da Liga Pokemon, fora criada várias linhas de metrô que cortam a cidade, promovendo assim um ótimo deslocamento de público para todas as regiões da cidade. Nilvest City era uma bela cidade e estava pronta para receber uma das maiores competições Pokémon!

A treinadora Alexia saiu da redoma que rodeava a cidade com o ar de quem tinha descontado um cheque e descoberto que havia um pouquinho mais em sua conta do que pensara. O caminho até Nilvest City havia sido complicado e a ansiedade também não ajudava muito, mas finalmente, depois de 3 dias de caminhada, havia conquistado a distância e chego na cidade onde iria participar da Liga Pokemon. O sorriso no rosto mostrava que Alexia era uma adolescente feliz. E era verdade. A treinadora freqüentemente parecia contente consigo mesma. De aparência, era alta e sarada, com uma pele extremamente branca e que com facilidade ficava vermelha se muito exposta ao sol e com um cabelo rosa claro, herança genética de sua falecida mãe, Alexia arrematava olhares por onde passava. Como se não bastasse uma estrutura física perfeita para uma adolescente de 16 anos, Alexia também tinha um estilo bem moderno de vestir-se. Era costumeiro encontrá-la com um rabo-de-cavalo escondido por baixo de um boné branco. Uma regata rosa claro, da cor dos seus cabelos, que era sobreposta por um colete simples, de coloração preta, no qual combinava com as pulseiras que usava em ambos os pulsos. Um short muito curto, branco para combinar com seu boné, deixava suas suculentas coxas a mostra. Por fim, Alexia usava um tênis com detalhes rosa e de tira colo, uma bolsa era carregada em seus ombros onde ali ela guardava seus pertences de jornada. Nada exagerado, mas também nada muito opaco, esse era o estilo de Alexia.

Alexia era uma treinadora com experiência. Essa seria sua quinta Liga Pokémon que participaria. Quando começou sua jornada, aos 12 anos, mal conseguiu alcançar o número limite de insígnias, de forma que, ficará de fora da Liga Pokémon. No ano seguinte, conseguiu completar as oito insígnias e entrar na Liga, mas fora eliminada logo na primeira fase. No terceiro ano, novamente, Alexia se sentia animada ao passar para segunda fase, mas viu suas esperanças indo por água abaixo quando um treinador mais experiente que ela a derrotou sem muitas dificuldades. Na sua quarta participação na Liga Pokémon, Alexia já com uma experiência avantajada conseguiu chegar às oitavas de final, porém foi novamente derrotada. Agora essa seria sua quinta participação e sua animação (apesar das derrotas), não estava abalada. Dessa vez sentia-se confiante o bastante para conseguir chegar às finais; havia treinado duro o ano todo e percorrido longos caminhos até aqui. Alexia com certeza não iria decepcionar seus pokemons e nem a si mesma.

Após sair da abobada de árvores que cercava Nilvest City, Alexia tomou caminho por uma estrada de terra que dava acesso a cidade. De longe já podia notar que ela estava lotada, com diferentes tipos de pessoas e pokemons e sem ao menos chegar nela conseguiu sentir uma energia vibrante que geralmente cercava grandes competições. Sem muita demora Alexia chegou à cidade. De imediato decidiu ir a Centro Pokémon no qual poderia se inscrever para a Liga e conseguir um alojamento especial para Treinadores. Rumando pela rua principal, Alexia admirava as lojas com diferentes tipos de produtos. Olhava as pessoas rindo, conversando, brincando entre si e com seus pokemons. Era um lindo cenário de pré-competição. Alexia perguntou-se ali, talvez, havia algum oponente que ela teria que enfrentar na Liga... A cidade estava muito bem sinalizada, com placas e letreiros apontando para todos os principais locais tanto para treinadores quanto para o público em geral, de forma que, era fácil chegar onde se queria ir. Próximo aos estádios se encontrava Centros Pokemons, barraquinhas de comida, e algumas lojas de brindes.

Ao chegar ao centro da cidade, Alexia pode ver os estádios onde estaria acontecendo à competição. Eram cinco estádios ao todo e havia um em cada ponto cardial e o último no centro, o maior entre eles.

-É aqui onde tudo vai acontecer... – Disse ela a si mesma. Deu mais uma olhada nos estádios, respirou fundo e voltou sua atenção para o Centro Pokémon próxima a ela. 

Os centros Pokémon eram prédios com três andares, com colorações: Branca, Rosa e enfeites azuis. A porta de vidro fumê abria automaticamente ao menor sinal de que alguém precisasse entrar correndo no recinto. Lá dentro, Alexia pode perceber que era tudo muito organizado, limpo e moderno. O hall de entrada estava vazio o que a permitiu uma visão geral do local. Era espaçoso e nas paredes quadros com paisagens naturais davam um toque feminino. O chão chegava a refletir a imagem de quem olhava, de tão bem limpo que era. Ao fundo da sala um balcão que ocupava toda a parede e seu modelo combinava com as poltronas que também estavam no local. Do lado de dentro do balcão, uma mulher com feições jovens e angelicais estava de prontidão com o olhar atento a qualquer problema que u Pokémon poderia ter. Sua roupa de enfermeira, seu cabelo de tom rosa e seu parceiro Pokémon, uma Chansey, não deixavam dúvidas, era a Enfermeira Joy.

-Bom dia, jovem treinadora, como posso ajudá-la – Perguntou a Enfermeira, ao ver Alexia adentrando no Centro Pokemon A voz doce e suave da enfermeira atraiu a atenção de Alexia.

-Bom dia, Enfermeira Joy. Chamo-me Alexia Braveheart e gostaria de me inscrever para a Liga Pokemon – Disse Alexia com convicção e um brilho nos olhos.

-Oh, uma Treinadora! Por que não disse antes?! – Joy rapidamente acessou seu computador e começou a realizar a inscrição de Alexia. – Por favor, coloque sua Pokedex nessa máquina... – Disse a enfermeira, mostrando a Alexia uma maquina de médio porte localizado ao lado do computador. A treinadora rapidamente retirou sua Pokedex da bolsa e a colocou na máquina. Um barulho de processamento de dados era ouvido enquanto Joy completava a inscrição. Alguns segundos se passam até que a máquina ejeta a Pokedex e Alexia guarda-a em sua bolsa.

-Ok. Agora para completar sua inscrição preciso conferir todas as suas 8 insignías... – Rapidamente Alexia pegou sua Bagde Case e mostrou os 8 emblemas que simbolizavam sua vitória em oito diferentes Ginásios. Com uma máquina de verificação, Joy rapidamente confirma a veracidade das insignias e completa o cadastro de Alexia Braveheart.

-Perfeito – disse ela, entregando a Alexia um cartão de crédito de coloração preta, um mapa, uma chave dourada e mais um cartão, mas dessa vez um pouco maior e de cor branca. – O que estou lhe entregando agora são os itens necessários para todos os treinadores que vão participar da competição. Por favor, tente não perde-los.

-O que são eles? – Perguntou Alexia, guardando todos os itens em sua bolsa.

-Ah, são coisas básicas. Veja: O cartão de crédito preto é uma espécie de vale compra, no qual o treinador pode usar para comprar coisas como: Comida, roupas, brindes, remédios e etc. Todo treinador da competição tem um. É claro que existe um limite de quanto cada treinador pode gastar por dia, mas fique tranquila com certeza você conseguirá suprir suas necessidades. O mapa no qual lhe entreguei é um mapa especial. Possui rotas alternativas juntamente com a sinalização simplificada de Centros Pokemons, Estações da nossa ferrovia e algumas informações sobre os estádios de competição. A chave dourada é o que garante sua entrada no apartamento reservado para cada competidor. Já o cartão branco é a sua inscrição... Você deve usá-lo para ter acesso aos seus dados cadastrais, chaves de batalhas, acesso aos estádios de competição e entre outras coisas ligadas á competição. – Fazendo uma pausa para respirar, a Enfermeira completa... – Posso ajudá-la e mais alguma coisa?

Alexia estava extasiada. Nas competições passadas que participou, todos os competidores tinham algum tipo de privilégio nas cidades que sediavam a Liga Pokémon, mas nunca virá algo como na da cidade de Nilvest City. Um cartão de crédito utilizável em toda uma cidade moderna e cheia de lojas? Isso era incrível! Alexia soltou um singelo sorriso ao pensar o que sua irmã faria com esse cartão de crédito caso estivesse viva...

-Ah sim, por favor! Eu gostaria de saber se você poderia cuidar dos meus Pokemons? – Perguntou Alexia.

-Mas é claro! – Respondeu entusiasmada a Enfermeira. Alexia retirou de sua bolsa 5 pokebolas e as entregou para Chansey, o Pokémon assistente da Enfermeira Joy. O Pokémon as carregou com singelo cuidado até uma bandeja com suportes para segurar pokebolas e depois desapareceu, entrando por uma porta atrás dele.

-Fique tranquila seus Pokemons estarão perfeitos e saudáveis para amanhã... Ah, é mesmo! Eu quase iria esquecer! As competições começam amanhã mesmo! – Disse Joy, para o assombro de Alexia. – Amanhã de manhã, as 08:00 horas, a cerimônia de Inicialização dará partida nas competições. Todos os competidores devem estar no Estádio A, o maior entre os 5. Lá vocês receberão mais alguns instruções sobre a competição juntamente com a indicação de qual grupo caiu, quem será seu primeiro oponente e em qual Estádio ira batalhar.

-Uau, quanta coisa,rs – Alexia soltou um sorriso mas não de alegria, mas sim de preocupação. Havia tantas coisas no que pensar para sua primeira batalha... – Muito obrigada, Enfermeira Joy! Agora eu vou indo, quero aproveitar um pouco a cidade antes que tudo comece...

-Denada minha querida, é um prazer ajuda-lá – Respondeu Joy. E completou – Ei, espere querida. Você me entregou apenas 5 pokebolas...

-Ah sim, rsrsrs. Aqui comigo eu tenho seis pokebolas sim, mas um Pokémon eu não vou usar. Os outros estão com a professora Áurea Juniper, da região de Unova. Ah, aliás, meu parceiro deve estar ansioso para conhecer a cidade! Pachirisu apareça!

Alexia retira rapidamente da sua bolsa uma esfera metálica bicolor. Na parte de cima, a esfera era de um vermelho intenso e em baixo, um branco simples. No centro da esfera, um botão metálico era encontrado. Ao ser lançada por Alexia, a pokebola ativa seu mecanismo liberando um feixe de luz azul que por sua vez instantaneamente torna forma de um esquilo branco com algumas partes do corpo azul e as bochechas amarelas. Seu rosto angelical era de se agradar a todos, porém a presa explicitamente exposta para fora da boca mostrava que além de bonito, Pachirisu poderia ser valente. O pequeno esquilo elétrico após sair de sua pokebola imediatamente dá um salto no colo de sua treinadora, que retribui com um delicioso abraço. Após o momento de carinho, Alexia explica para a Enfermeira Joy.

-Esse é meu parceiro Pachirisu. Não pretendo usá-lo na competição, ele é muito pequeno e indefeso para esse tipo de batalha. Além do mais, ele é um amigo muito intimo meu e não quero que ele se machuque de forma alguma por isso, Pachirisu é como se fosse um mascote para minha equipe...

-Ele é um fofo e também parece ser bem saudável.

-Pachii Pachii! – Respondeu o Pokémon em resposta aos elogios.

-Bom, muito obrigada por tudo, Enfermeira Joy. Agora eu vou indo... Eu vi que na cidade tem um Parque de Diversão! Mal posso esperar para ir lá! O que você acha Pachirisu? – Perguntou Alexia ao esquilo que estava aninhado em seu colo. Em resposta, o Pokémon balançou a cabeça positivamente junto com um brilho nos olhos. – Isso mesmo! Vai ser ótimo! Tchau! Eu volto depois hein... Muito obrigada!

Enquanto caminhava em direção ao Parque de Diversão e Pachirisu descansava em suas costas, Alexia pensava em que prioridade fazer primeiro. Na verdade, estava em uma bela confusão. Queria aproveitar o máximo que a cidade podia lhe oferecer, mas também gostaria de treinar um pouco antes das competições. Além disso, queria pensar com calma com qual Pokémon começar e ainda por cima, estava exausta... O caminho até Nilvest City não foi pouca coisa e tinha certeza que a cama dos dormitórios seria de bom grado para seu corpo e mente. Mas será que conseguiria dormir com tanta excitação? Por fim, resolveu ir ao Parque de Diversão mesmo, já havia animado seu pequeno Pachirisu e não iria decepcioná-lo de forma alguma.

Ao contrário do que muitos acreditavam Pachirisu não era o primeiro Pokémon de Alexia. Na verdade, Alexia achará Pachirisu largado em uma floresta quando ele ainda era apenas um ovo de Pokémon. A princípio não sabia que era um Pachirisu, mas mesmo assim cuidou do ovo como se fosse seu. Na época, Alexia até tentará achar o dono, mas sem sucesso. Certo dia, o ovo eclodiu e como a primeira pessoa que Pachirisu viu fora Alexia, Pachirisu a adotou como mãe. A treinadora pensará em doar o Pokémon – na época só um bebê mimado e com fome – para algum Centro Pokémon. Já possuía um Pokémon tipo elétrico e não precisava de mais um. Mas aconteceu que Alexia se apaixonou pelo pequeno esquilo. Na época Alexia havia sofrido um grande baque emocional e quando percebeu o amor de Pachirisu por ela, foi como se redescobrisse as alegrias que á vida proporciona para um ser. Desde então, Alexia trata Pachirisu como se fosse um filho, como se fosse parte do seu próprio corpo. É claro que não deixará Pachirisu se meter em batalhas pokemons, mas também não deixará o pequenino sem treinamento. Como havia explicado para a Enfermeira Joy, Pachirisu era como um mascote para o diversificado time de Alexia.

Com a sinalização perfeita da cidade, Alexia chegou no Parque de Diversão sem muita demora. O local estava estrondado. Aparentemente, as pessoas que aguardavam a atração principal, no caso, as batalhas pokemons, saciavam sua sede de ação com os diferentes brinquedos radicais que ali existiam. Alexia pagou a entrada com seu novíssimo cartão de crédito e rapidamente correu para a fila dos brinquedos que mais lhe agrava. Pachirisu também se divertia bastante. Nos mais radicais, segurava firme em sua treinadora e não abria os olhos por anda nesse mundo. Nos brinquedos mais calmos, o esquilo se sentia em casa e curtia o momento. Após mais ou menos 1 hora e mais de curtição, ambos exaustos de filas, pessoas, brinquedos e etc, resolvem dar uma parada para comer alguma coisa. Alexia e Pachirisu vão até a gigante Praça de Alimentação e compram um sorvete no qual decidem dividir entre si. Sentados em um banco banhado por uma gostosa sombra, os dois conversam enquanto se deliciam com o soverte de mente com floquinhos de chocolate.

-Aqui parece ser bem legal de se morar, em Pachirisu? – Comenta Alexia – Acho que, depois que a competição acabar, vou ficar aqui por um tempo... Dar-me umas férias... O que você acha?

-Pachii Pachii – Responde o Pokémon, mais interessado no sorvete do que na conversa.

-Sabe Pachirisu eu sinto realmente que esse ano vamos ficar entre os 4 finalistas! Eu não consigo explicar direito, mas eu sinto... Sei lá, acho que de vez em quando, nós, humanos, nos sentimos confiantes o bastante para mudar até mesmo o mundo! – Alexia deu mais uma mordida no sorvete que estava chegando ao fim com o esquilo a toda hora dando uma dentada.

-Mas seria muito legal ficar entre os 4 finalistas... Nossa! Acho que nem consigo imaginar de tanta felicidade! E esse ano, eu li em uma revista Pachirisu, dizem que serão mais participantes do que das temporadas passada! Dá para da para acreditar?! Meu Arceus! Que frio na barriga...

Vendo que o sorvete acabou e agora percebendo que estava realmente exausta, Alexia sai do Parque de Diversão a ruma em direção aos apartamentos destinados aos competidores. Lá, também não é diferente. Estava lotado de competidores. Alguns conversando, outros negociando pokemons (como podem trocar de parceiros justo agora, pensou Alexia), e alguns treinavam solitários ou entre si. Alexia até pensou em fazer o mesmo, mas seu corpo não deixava. Precisava de um banho e de cama, e urgente! Seu apartamento içava no quarto andar então para economizar energia foi pelo elevador. Ao chegar ao apartamento, perdeu o ar.

-É l-lindo... – Sussurrou para si mesma logo que abriu a porta.

E ela tinha razão. Não era espaçoso, mas bem decorado e aconchegante. Os apartamentos destinados aos competidores possuíam 4 cômodos. Sala, Quarto, cozinha e banheiro. Tudo decorado com coisas simples, porém que deixava o apartamento com uma cara de lar doce lar. Alguns aparelhos eletrônicos de segunda mão também eram vistos e cada cômodo possuía uma janela, de forma que era arejado e bem ventilado. Estava bem limpo, isso dava para perceber não com os olhos, mas sim também pelo nariz. O apartamento estava empesteado com uma fragrância doce, como se Oddishs vivessem ali.

Após conhecer todo o apartamento ( o que não levou muito tempo), Alexia guardou de qualquer jeito suas coisas na pequena cômoda no quarto e rumou para o banheiro. Tomou um banho quente, demorado e reconfortante. Usou todos os produtos de beleza que ali existiam e só depois de se sentir realmente renovada saiu do banheiro. Vestiu uma camisola simples, branca, de seda e bem leve. O pequeno Pachirisu já cochilava nos pés da espaçosa cama de casal e por ver que ele estava confortável, resolveu não guardá-lo em sua pokebola. Olhou no relógio. Não era tarde, umas 15:00 da tarde. Decidiu que dormiria até as 19:00 e depois resolveria tudo o que tinha para resolver. Sem pegar coberta nem nada, Alexia se jogou na cama e sem dificuldades foi vencida pelo cansaço e caiu, em um longo, gostoso e profundo sono...

*******

O local estava um breu. Não se enxergava um palmo a sua frente. Ao se pisar no chão, percebia-se que não estava pisando em concreto. Era grudento, frio, escamoso e nojento. Havia um cheiro no ar. Um cheiro enjoativo... Ela reconhecia esse cheiro... Seria sangue? Tentou procurar algum interruptor na parede atrás de si, mas nada encontrou. Então rumou pelas sombras, tentando identificar onde estava. De repente, um grito medonho e diabólico chama sua atenção. Um arrepio percorre sua espinha. Onde estou? Pensa ela consigo mesma. Novamente o grito e percebe que a voz esta se aproximando dela. Ela começa a se assustar.

-Quem está ai?! – Grita ela para a escuridão. Sem resposta. – Quem está ai, caramba?! – Novamente... Nada.

O grito agora estava bem próximo. O medo assume seu corpo e ela começa a correr desesperada. Sentia que se aquele grito a alcanssase, estaria morta. Agora parecia uma brincadeira de pega-pega. Quanto mais corria, mais o grito se aproximava. O chão nojento junto com a escuridão não ajuda Alexia e ela cai. Levanta assustada e percebe que o grito fora embora. Havia parado. Ofegante, sussura.

-Quem será que era? – Diz ela muito baixinho.

-Eu sou a morte – Responde uma voz com o mesmo tom da risada diabólica. Alexia sente uma mão gelada encostar em seus ombros e a segurar com força. Ela solta um grito de pavor e acorda assustada.

Ainda sem saber o que aconteceu direito, Alexia se levanta e acende a luz do quarto. Seu pequeno Pokémon havia acordado e observava atônito tudo o que aconteceu. Nem mesmo Alexia sabia direito.

-Um pesadelo... Foi apenas um pesadelo – Diz ela, ofegante.

Percebe que está suada e continua tremendo. Olha no relógio... 18:30 da noite. Ainda tem tempo. Abraçando seu Pachirisu e se sentando na cama, Alexia cantarola uma música feliz que sua falecida mãe lhe ensinará quando teve um pesadelo há anos atrás:

“Não chores menina

Dias melhores virão...

Cante pra mim, meu bem

Não chores menina, não...”

Alexia, uma jovem treinadora que está na Liga Pokémon! Uma adolescente com problemas, dúvidas, metas, convicções e segredos. Seria dessa vez que Alexia conseguiria bater seu recorde e finalmente chegar a uma semi-final da Liga Pokémon ou ela apenas está tendo uma ilusão? Qual é o passado dela e o que de assombroso ele possuí? Como perdeu sua mãe e irmã e como ela ira se sair na Liga Pokémon? Que batalhas lhe espera? Respostas e mais respostas apenas no próximo capitulo! Espero que tenham gostado