Capitulo 003 de PUC!


Capítulo 003 - O que não te mata lhe deixa mais forte!

      O barulho de música alta e a ansiedade fizeram com que Alexia saísse mais cedo da cama, bem antes do despertador apitar. Alexia sentia um friozinho incomodo na barriga e logo soube que era devido à inicialização da Liga Pokémon. Olhando pela janela da sala, Alexia conseguiu ver por um curto período de tempo que a cidade já estava animadíssima com o inicio da competição e que boa parte da população já perambulava pra lá e para cá. Saindo da janela e partindo para a cozinha, Alexia dá-se o trabalho de descascar uma maçã e comer enquanto ouve o final da música que lhe fez o favor de acordar. Pachirisu agora também já havia acordado e brincava de pegar o próprio rabo. Alexia estava pensativa e a Cerimônia de Abertura começaria as 08h00min e tinha apenas que buscar seus Pokémons no Centro Pokémon. Havia acordado mais cedo do que o previsto e mesmo assim sentia-se relaxada e descansada então, resolveu que enrolaria por um tempo no apartamento e depois iria para a cidade. Depois de comer mais algumas coisas e esperar o tempo passar enquanto descansava no sofá Alexia finalmente toma um banho, veste suas roupas e arruma sua mochila com uma blusa mais pesada caso faça frio mais tarde, algumas frutas e um pacote de bolacha, duas garrafinhas de água mineral e seus cartões (preto e branco) juntamente com o mapa que havia recebido da Enfermeira Joy. Alexia pensou em guardar Pachirisu em sua pokebola mas percebe que o Pokémon está realmente bem fora dela, então decide levá-lo consigo em seus ombros.

-O que você acha, hein? – Pergunta Alexia, olhando carinhosamente para seu amigo.

-Pachii Pachii! Pachirisu! – Responde alegre o Esquilo Elétrico.

    Acomodando seu Pokémon em seus ombros, Alexia tranca a porta com a chave dourada e desce para o Hall de Entrada, usando os elevadores. Ao chegar ao térreo percebe que o prédio estava agitado, muitas pessoas já haviam acordado e já iniciaram sua peregrinação em direção ao Estádio A. Alexia iria direto ao Estádio, para evitar atrasos, mas lembra que devia buscar seus Pokémons no Centro Pokémon próximo aos outros Estádios e logo lamento por ter escolhido aquele Centro Pokémon ao ver que todos pelo qual passavam estavam lotados.

    Sem precisar da ajuda do mapa e confiando em sua memória, Alexia consegue encontrar sozinha o Centro Pokémon no qual havia realizado sua inscrição. O local estava estrondado de gente, o que fez ela e Pachirisu lutarem contra a multidão de pessoas até chegar ao balcão de atendimento.  Alexia percebe que junto com a Enfermeira Joy que fez seu Cadastro na Liga Pokémon, ali havia mais duas Joy´s, ajudando a primeira no Atendimento do Público. Além das Enfermeiras, Chanseys e Audinos auxiliava-as, correndo de um lado para o outro com pokebolas e Cartões de Inscrição. Por sua vez, o público era em sua maioria Treinadores que iriam participar da Liga. A garota perguntou-se que, se talvez, seu oponente de hoje estaria ali. Ela também tentou localizar Ollie ou Melissa mas logo desistiu da ideia ao imaginar que talvez eles haviam escolhido um Centro Pokémon mais afastado da cidade para evitar tal tumulto.  Quando Alexia finalmente consegue ser atendida, encontra uma Enfermeira Joy  que não estava tão afim de conversar, como sua amiga no dia anterior.

   -Bom dia, como posso ajudá-la? – Dá inicio ao atendimento, a Enfermeira Joy, em um tom de voz um tanto que seco.

  -Han... Bom dia. E-eu deixei meus Pokémons aqui ontem e eu gostaria de retirá-los... – Diz Alexia, um tanto que nervosa com a personalidade da Enfermeira Joy e continua... – É que eu sou Treinadora e vou partici...

-Tudo bem, por favor, coloque seu Cartão de Inscrição na maquina verificadora e me diga seu nome, sim? – Interrompe a Enfermeira, lançando seu olhar no computador que estava a sua frente e digitando rapidamente.

     Alexia retira seu cartão e o coloca em cima de um leitor de cartões que começa a verificar seus dados. Alexia diz seu nome para a Enfermeira que volta a digitar mais algumas coisas no computador. Após alguns segundos, um Audino aparece que recebe uma instrução da Enfermeira que para Alexia, foi como um código técnico entre Enfermeiras, pois para ela, foi incompreensível. O Audino desaparece atrás de uma porta e volta depois de um minuto, trazendo consigo cinco pokebolas apoiadas em um recipiente de plástico. A Enfermeira Joy retira-as do recipiente  e verifica se estão tudo “ok” com os objetos, depois as entrega para Alexia, que feliz em ter suas pokebolas novamente, guarda-as em sua mochila.

-Posso ajudá-la em mais alguma coisa, senhorita Braveheart? – Pergunta a Enfermeiro, ainda utilizando o tom seco de voz.

-Não, obrigada... – Responde Alexia, saindo da frente do balcão dando passagem a outra pessoa.

   Alexia começa uma nova luta: Tentar sair do Centro Pokémon. Aparentemente e quantidade de pessoas que saia do estabelecimento era menor da que entrava, de forma que um verdadeiro trânsito se formará no local. Até que finalmente ela consegue sair, Alexia olha no relógio e percebe que perdeu meia hora apenas no Centro Pokémon e um pouco nervosa com a multidão, decide ir andando calmamente para o Estádio A e assim, aproveitar o clima de “festa” o tanto que podia com seu Pachirisu. Por sua vez, o esquilo elétrico encarava tudo como uma brincadeira, de forma que, persista feliz no ombro de sua Treinadora. A senhorita Braveheart em seu caminho até o Estádio Principal para apenas para tomar um pouco de água, o sol quente e o céu sem nuvens fizeram com que a temperatura subisse descontroladamente. Depois de mais algum tempo caminhando, quando Alexia dar-se por si, encontra-se de frente para o Estádio A. Ela se surpreende com o tamanho da estrutura e a arquitetura empregada ali e não era só isso, todos os outros 4 estádios eram perfeitos, é claro que o Estádio A era o maior entre eles, mas era um show de arquitetura bonito de se ver.


   Um telão bem maior do que daqueles de cinema enfeitava a entrada do Estádio, mostrando comerciais e avisos importantes. Funcionários da Liga Pokémon ajudava alguns desavisados, encaminhados para seus devidos lugares. Computadores de Bordo (responsáveis por estipular algumas informações aos Treinadores da Liga) encontrava-se ao redor de todo o Estádio e por mais que a concentração de população seja extrumbente, não se via nenhuma barraquinha de comida ou comercio parecido ao redor do Estádio. Como já havia sido dito, aquele local estava reservado para os cincos Estádios responsável por sediarem a competição e Centros Pokémons. Nada mais do que isso...

   Ao chegar à entrada do Estádio A, Alexia consegue ver que aos poucos o grandioso local começa a receber os espectadores que assistirão a Cerimônia de Inicialização. O público em geral estava tão ansioso quanto os participantes, fazendo com que assim eles garantissem seu lugar no evento. Alexia enrola por um tempo na Entrada Principal, vendo as pessoas entrarem no Estádio na esperança de encontrar Ollie e Melissa. Queria encontrar seus novos amigos e passar esse momento especial ao lado deles, afinal, eles haviam ajudado-a ontem e tornaram-se de certa forma, íntimos. Após ficar na Entrada Principal por um longo tempo, Alexia desiste de encontrar seus amigos e decide ir para a Entrada dos Participantes. Alexia pede informação para um funcionário da Liga e gentilmente ele explica que a Entrada para Participantes localizava-se do outro lado do Estádio, onde lá, receberiam novas instruções.

     Alexia vai até o outro com calma, seu Pachirisu animado balançava a calda de acordo com a música ambiente que saia dos autos-falantes. Ao chegar a um portão de metal fechado, com uma aglomeração de pessoas na sua frente, Alexia deduz que ali seria a entrada para os participantes e logo descobre que estava certa. A quantidade de participantes aumentava a cada minuto que passava e havia uma energia excitante ali, quase como uma ansiedade do bem, um prólogo de boa competição, pensou Alexia. Quando faltava mais ou menos 30 minutos para completar 08:00 horas e o número de pessoas na frente daquele portão era incontável,  um grupo de Ajudantes da Liga aparece, dando instruções aos Treinadores.

-Treinadores! Por favor Treinadores, prestem atenção! –Falava cada Ajudante, para um grupo de Treinadores. Os Ajudantes eram muitos e espalharam-se entre a multidão de Treinadores, para que assim todos pudessem ouvi-los. O recado continuava... – A entrada de vocês logo será liberada. Pedimos por favor, para que não haja nenhum tipo de complicação e atraso, que tenham em mãos seu Cartão de Inscrição! Pedimos também que não haja empurra-empurra, esse portão é bem largo para possibilitar uma entrada tranquila de todos vocês! Lá dentro, terão Ajudantes assim como nós, por isso, caso precisarem de algo, basta pedir! Além disso, após confirmarem sua participação, irão receber novas instruções! Desejamos a todos uma ótima competição.

    Após os avisos dos Ajudantes, aos mesmos saíram de cena, por uma porta ao lado do grande portão de metal. Depois de alguns minutos, tempo o bastante para todos pegarem o Cartão de Inscrição, o portão de metal abre com um rangido forte, dando passagem para que todos entrassem. Apesar de Alexia estar um tanto que á frente da multidão, ela sente seu corpo sendo empurrado e por segurança, posiciona um medroso Pachirisu em sua cabeça. O corredor para qual eles estavam sendo dirigidos era bem largo, porém a quantidade de Treinadores era muita, causando um pequeno trânsito de pessoas para a Confirmação de Participação. Quando chegou a vez de Alexia, ela foi instruída por um Ajudante a colocar seu Cartão de Inscrição em uma maquina que em segundos devolverá seu Cartão de Inscrição, juntamente com um bilhete escrito:'


    Dando passagem para outro Treinador confirmar sua participação, Alexia guarda seu Cartão e o “bilhete” em sua mochila e segue o fluxo de pessoas. Logo após, os Treinadores começam a serem divididos sem nenhum critério, simplesmente um grupo de Ajudantes da Liga Pokémon começa a designar: Você para lá; Você para cá. No caso, Alexia foi para “lá” e por fim, o “lá” era uma saleta pequena que quando ela entrou, já estava lotada. A sala não tinha nada de especial á não ser uma porta ao fundo dela. Depois de mais um tempo, a sala continuou recebendo pessoas até que as conversas paralelas de cada um tornaram-se uma grande barulheira. O calor também não ajudava e se não fosse pelos Ajudantes que começara a organizar os Treinadores, ela já estaria de mau humor.  Os participantes começaram a ser organizados em filas e foram instruídos a que, quando a porta dos fundos abrisse, que entrassem no campo. Alexia sentiu seu estomago dar coices ao finalmente cair em si que a competição começará hoje. Ela poderia traçar o rumo para as semifinais ou ir embora hoje mesmo como uma perdedora e olhando as outras pessoas da sala, perguntou-se se talvez a pessoa que a eliminaria estaria ali, pertinho dela. Foi uma sensação estranha que prevaleceu por certo tempo até ser dizimada quando a porta dos fundos finalmente se abriu e a fila em qual ela estava entrar no campo.

   O barulho das palmas e gritos de alegria eram ensurdecedores e os fogos de artifício não ajudavam muito. Quando Alexia passou pela porta e entrou no campo, deparou-se com um Estádio Principal lotado, com diferentes tipos de pessoa, gritando e comemorando animadas. O barulho que faziam juntos era enorme e de inicio, há assustou um pouco. Além disso, se o Estádio A por fora era gigantesco, por dentro parecia ainda maior. O Campo devidamente marcado, feito de terra batida, muito resistente, era um retângulo perfeito e gigantesco. No centro dele um palco havia sido montado. Em uma das arquibancadas, um telão (igual a aquele do lado de fora) havia sido instalado no lado dentro também e mostrava o emblema da Liga Pokémon. O palco dava acesso a uma pira, que estava ao lado do campo. Alexia sabia que aquela pira iria ser o local da chama de um Moltres, a chama que simbolizava o amor por batalhas e Pokémons. Entretanto, ao relembrar disso Alexia só conseguiu lembrar do Articuno que vira ontem e desejou não ter que enfrentá-lo hoje. Quando a fila em que Alexia estava entrou por completo no campo, Alexia percebe que por toda a circunferência do Estádio, filas e mais filas de participantes da Liga entravam, não tumultuando apenas uma parte do campo, mas sim toda a sua extensão. Assim que todas as filas estavam em campo, os Treinadores se separaram, para que público os recebesse com uma ensurdecedora salva de palmas e assovios. Alexia posicionou seu Pachirisu dá melhor forma possível e ficou um pouco afastada das arquibancadas, para não assustar o pequeno Pokémon. Em suma, com tantas pessoas aplaudindo, com todos os Treinadores em campo, com a pira que receberia o fogo do Moltres e com todo esse cenário pré-batalha, a energia ali era exuberante!


  Todos estavam muito animados com tudo o que estava acontecendo e Alexia permitiu-se deixar o nervosismo um pouco de lado e curtir o momento. Infelizmente, não conseguiu encontrar Melissa entre os participantes e sabia que era impossível encontrar Ollie na multidão das arquibancadas e agradeceu a Arceus por não encontrar Eric ou Scott.

Após alguns minutos de “festa”, um homem vestido com rigor, bem alinhado e de feições duras, sobe no palco e com o auxilio de um microfone, dá inicio as celebrações:

 -E É HOJE RESPEITAVÉL PÚBLICO! HOJE COMEÇA ESSA COMPETIÇÃO MARAVILHOSA E EMOCIONANTE! – Grita o apresentador fazendo com a euforia do público diminuísse e que prestassem mais atenção no palco – PARA COMEÇO DE CONVERSA, DESEJO A TODOS NÓS UMA ÓTIMA LIGA POKÉMON!

   Uma calorosa e longa salva de palmas segui-se enquanto os Treinadores aglomeravam-se cada vez mais, talvez para simbolizar uma falsa união. Alexia sabia disso, apesar de todos podendo se torna bons parceiros, ali, o que todos queriam mesmo era a vitória.

-Meu nome é Dankin e juntos iremos apreciar a Liga Pokémon! – Disse Dankin ao microfone, fazendo uma singela reverência para o público e continuou – Hoje, meus amigos, daremos inicio a Liga Pokémon, evento responsável por trazer a tona bravos e destemidos Treinadores! Esses mesmo Treinadores que enfrentaram 8 lideres de ginásio e coletaram insígnias agora estão aqui! O recinto dos melhores dos melhores! O berço de futuros campeões! Essa minha gente, essa é a LIGA POKÉMON! – Mais uma salva de palmas seguida de fogos de artifício animando o público. Dankin era famoso por extrair sempre o melhor de uma competição, seja lá qual ele apresente.

-E para ajudar-me nessa gloriosa missão, convidei um amigo querido de longa data! Don George, por favor, apareça! – Falou ao microfone, olhando para o espaço vazio ao seu lado.

   Don George apareceu por de trás do palco e ganhou vivas e gritos de admiração. Don George era famoso no continente de Unova por financiar algumas competições e principalmente por estar no comando dos Centros de Treinamento. Para Alexia, não era surpresa alguém com o conhecimento em batalhas como Don George apresentar a Liga Pokémon, era até que, previsível.  Após abraçar seu colega Dankin, Don George acalmou e público e por fim falou:

-Muito obrigado a todos vocês por essa deliciosa abertura! É um prazer estar hoje com vocês e apreciar bons Treinadores coordenando bons Pokémons e realizando boas batalhas! – Falou  o senhor de meia idade. Don George não era tão velho e seu corpo atlético lhe tirava alguns anos das costas. Era comumente visto vestindo uma roupa de Judô na cor preta e sua característica mais marcante era um exagerado e bem cuidado bigode.

 -Muito bem, muito bem, muito bem! – Agora era Dankin que falava agora. – Está na hora de começar o show! Hoje, meus colegas... Começa a Liga Pokémon só que não há Liga sem a chama da vitória que jaz no coração de cada treinador aqui presente! E para simbolizar essa chama, vamos acender a pira com o fogo de Moltres!

    A platéia e treinadores aplaudiram a informação. Era um momento simbólico e agradável para todos. O fogo da pira da Liga Pokémon nunca se apagava e muitos viam esse fogo com sua determinação de sempre continuar. Todos sabiam que, quantas mais vezes você cair mais vezes conseguirá levantar-se. “O que não te mata lhe deixa mais forte...” veio na cabeça de Alexia, lembrando-se do que um antigo velho havia lhe ensinado há tempos atrás. Se todos estavam entusiasmados com o “ligamento” da pira, quando viram que acenderia o objeto, ficaram possessos de felicidade e animação. Um senhor muito velho, vestindo roupas bem leves e carregando um Pikachu nos ombros entrou no campo e foi ovacionado de pé por todo o público. Canhões de confetes foram acionados e fogos de artifício completavam a festa para o velho senhor. De cabelos brancos, rugas fortes pelo corpo e mãos, Ash Ketchum, o Mestre Pokémon mais respeitado desde muito tempo, carregava uma tocha com o fogo que nunca se apagava, o fogo do Moltres. Alexia ficou maravilhada com a presença de Ash. Ele era um símbolo vivo do que o fogo representava. A história de Ash era conhecida por todos: Viajando em jornada por diversas regiões, capturando Pokémons, treinando-os, participando e perdendo várias vezes a Liga Pokémon até que finalmente conquistará seu sonho de tornar-se um Mestre Pokémon, vencendo a Liga Pokémon, a Elite dos 4 e o Mestre Pokémon passado. Ash tornou-se um Mestre Pokémon há muito tempo atrás, bem antes de Alexia nascer, mas persiste no cargo á muito tempo. Seu Pikachu, conhecido como o primeiro Pokémon de Ash, também não aparentava estar em boas condições devido à idade avançada, mas estava orgulhoso no ombro de seu Treinador.

-Ei Pachirisu... – Disse baixinho Alexia, para apenas seu Pokémon ouvir – Um dia, seremos nós dois recebendo esses aplausos e você meu amigo, estará no meu ombro, divamente recebendo o carinho que merece! Isso é uma promessa, Pachirisu!

-Pachirisiu! Pachii! – Respondeu o esquilinho, sem se dar conta da importância dessas palavras que tinha para Alexia.

   Ash não falou ao microfone ou cumprimentou Dankin e Don George, ele apenas subiu no palco e posicionou a tocha com o fogo do Moltres na pira, fazendo com que assim ela se acendesse e o fogo se espalhasse por toda extensão do objeto, dando uma aparência mística à pira. Uma salva de palmas seguiu o ato e depois de uma reverência para todos, Ash e Pikachu deixaram o campo. 


    Um momento de apreciação foi automaticamente feito por todos, o crepitar da pira era a coisa mais alta ouvida no momento. Todos se calaram e fizeram uma reflexão interior, como em uma oração. Alexia também fez sua parte, fechando os olhos e pedindo mentalmente que seus pais lhe ajudassem durante toda a Liga... Alguns minutos se passam até que Dankin finalmente retorna ao microfone.

 -Agora respeitável público vai começar o que estamos esperando ansiosamente! A Liga Pokémon! – A platéia voltará a ficar animada, mas nada exagerado, era possível ver a agitação e ao mesmo tempo prestar atenção no apresentador.

  -Isso mesmo! Mas antes, vamos arrumar esse Campo, não? – Brinca Don George, fazendo um sinal com a mão para o céu. 

   O sinal fora realizado para a equipe da Liga Pokémon que acionou um efeito do palco no qual residira a pira com o fogo de Moltres. O palco estava ligado por cabos de aço que começaram a puxar o palco para um canto do campo deixando assim o espaço livre para os participantes. A manobra não demorará muito, de forma que, em poucos segundos, o palco havia se tornada parte do estádio, mas não do centro e sim do lado dele. Uma bancada fora colocada para que Dankin e George pudessem sentar atrás delas. Pelo o que parece estava tudo pronto para começar.

-Sem delongas, vamos explicar alguns dados importantes sobre a Liga Pokémon desse ano – Era Dankin novamente ao microfone. – Como a maioria de vocês sabe, esse ano foi convocado o dobro de participantes, de forma que, esses anos têm o incrível número de 256 PARTICIPANTES!

  -Com tamanho número, as etapas e dias para a grande final também dobraram! Para ficar simples a explicação, fora criado um infográfico para vocês!  Confiram no telão como serão organizadas as batalhas!

   No telão que estava instalado no lado de dentro do Estádio A,um infográfico gigante, com informações importantes sobre a competição foi mostrado á todos, o infográfico tinha informações como: Dias de competição, Estilo de Batalha do determinado dia e quantidade de participantes que terá até aquele dia. Em suma, estava tudo muito bem explicado naquele telão. 


  Alexia ficou bastante feliz com o infográfico. Além de ser simples e rápido deu-lhe uma noção do quanto teria que batalhar até chegar à final e por sua vez, quais Pokémons seriam bons poupar e quais deveriam usar. Alexia desejou que esse infográfico estivesse nos Computadores de Informação, espalhados pela cidade. Assim ficaria muito mais fácil para todos. O infográfico não saiu do telão, continuou a mostrar as informações para todos, porém Dankin e Don George voltaram a falar, trazendo a atenção do público de volta para eles.

 -Com podem ver, começaremos com as batalhas 1x1! Cada participante poderá utilizar apenas um Pokémon e como o sistema da Liga é mata-mata, perdeu, você está fora da competição! – Explicou Don George, aumentando o frio na barriga de muitos competidores.

-Além disso, pelo número elevado de participantes, algumas batalhas irão acontecer durante a noite também. As batalhas serão distribuídas em todos os outros quatro Estádios: B,C,D e E. Para cada participante ver em qual Estádio batalhará juntamente com o horário da batalha, basta acessa um Computador de Informação espalhado por toda Nilvest City! – Completou Dankin.

 -Agora, o que todos estavam esperando! A lista de batalhas! – Agitou Don George, aumentando a expectativa de cada um. A multidão bateu mais palmas e alegrou-se com as novas informações recebidas. Don George continuou – Todos novamente olhem, por favor, para o telão!

  O telão que até então mostrava ininterruptamente o esquema de batalhas, agora é preenchido por dezenas e dezenas de minúsculas fotos de cada participante. Todos sabiam que havia chegado a hora do sorteio de batalhas. Em alguns segundos, todas as 256 fotos foram mostradas no telão, uma do lado da outro e em seguida foram embaralhadas. O sistema empregado nas Ligas Pokémon era sempre o mesmo: Todas as batalhas eram decididas por sorteios e a especificação, ou seja, a o horário e local era atribuído de acordo com a disponibilidade atribuída anteriormente pela organização. Olhando para o telão que embaralhava as fotos dos participantes Alexia desejou com todo o seu coração não enfrentar logo de cara Melissa, Eric ou é claro, Scott. No telão, as fotos pararam de embaralhar-se e começaram a se organizar em duplas. Em pouco tempo, as fotos haviam formado duplas e cada dupla simbolizava uma batalha.

  -Ai está! Quem batalhará com quem hoje! Vejam e apreciem sem moderação nenhuma! – Anunciou Dankin.

   A multidão explodiu em vivas. Aquele momento simbolizava que a competição realmente havia começado. Todos os treinadores tentaram chegar mais perto do telão para tentar ver com quem havia caído, porém o telão estava no alto e devido ao número de participantes, as fotos tinham um tamanho não muito grande, impossibilitando-se assim uma visão clara de tudo. Alexia e Pachirisu também tentaram visualizar-se n o telão mas só conseguiu ver pontos minúsculos no telão de forma que, desistindo rapidamente do ato. Dankin mais tarde anunciará que a primeira batalha aconteceria daqui apenas uma hora, de forma que, todos poderiam fazer o que quiserem antes disso.

  É claro que as maiorias dos Treinadores saíram imediatamente do Estádio A em direção aos Computadores de Informação para ver tudo sobre sua batalha. A multidão da platéia também se dispersou, encaminhando-se e dividindo-se entre os outros 4 estádios. Já no lado de fora,  Alexia percebeu que a Cerimônia de Inicialização estava sendo televisionada para toda a Nilvest City por isso todos já estavam sabendo que a Liga Pokémon havia começado. Foi essa a hipótese que Alexia criou para tanta movimentação do lado de fora. A multidão caminhava pra lá e pra cá, comentavam sobre Ash e Pikachu, sobre Dankin e George, sobre a Pira e o fogo de Moltres, sobre o esquema de batalha desse ano e entre diversas coisas. Compravam comida e andavam até os outros 4 estádios. Era uma “bagunça organizada”. 

  Entretanto, o local com maior concentração de pessoas sem dúvida era os Computadores de Informação, pelo menos, os mais próximos ao Estádio A. Uma fila grotescamente grande havia se formado na frente do Computador e o tempo de demora parecia ser grande, pensou Alexia.

 -Todos vão querer conferir mais do que apenas seus dados, Pachirisu. Eu sei, eu já passei por isso – Disse Alexia com convicção para seu Pokémon. E era verdade. Nas Ligas passadas, Alexia já havia passado tempo demais esperando naquelas filas intermináveis. – Venha, é melhor usarmos um computador um tanto que afastado... E ainda podemos tentar Ollie e Melissa, não é?

-Pachii Pachii – Respondeu animado, Pachirisu.

    Indo com certa pressa, Alexia tenta chegar a uma parte um pouco afastada dos Estádios, onde talvez -ela acreditava - o assédio pelos computadores seja menor e ela possa ver suas informações. Alexia estava nervosa, não sabia se caíra contra quem não queria e nem sabia o horário que batalharia. E se estivesse programada como uma das primeiras? E se perdesse o horário? Todas essas dúvidas vieram em sua mente deixando-há um pouco assustada e nervosa. 

  O caminho não demorou muito até que Alexia chegasse a um local onde existia bastantes Computadores e que a quantidade de pessoas era menor, mas mesmo assim teve que enfrentar uma fila básica. Depois de 15 minutos na fila, Alexia conseguiu acessar o Computador. O acesso era rápido, bastava você injetar seu Cartão de Inscrição no leitor acoplado ao computador e você estava dentro do sistema. O sistema de navegação, por sua vez, era bem simples. Com um designer arrojado e bem simpático aos olhos e Touch Scream, Alexia não teve problemas para se localizar. Indo no menu “Lista de Competidores” Alexia encontrou sua ficha e acessou-a, tendo acesso assim as informações referente as batalhas.


   Alexia permaneceu olhando a ficha por um bom tempo. Era ali que tudo começava, pensou ela. Era Túlio Strayer sua primeira barreira até a vitória. O nervosismo apertou sua barriga e ela sentiu vontade de soltar gases, mas envergonhada consigo mesmo, logo retraiu essa sensação e voltou a pensar estrategicamente.

-Túlio Strayer... Túlio Strayer... Droga! Eu nunca ouvi falar dele! – Praguejou consigo mesmo Alexia, tocando no nome do oponente.

  O computador redirecionou para a página do Túlio Strayer. As páginas de cada participante não continha muita informação, apenas o básico, como: Nome, Idade, Cidade Natal, Anos de participações anteriores e número do apartamento. Foi assim que Alexia conseguiu descobrir que, por exemplo, Túlio já havia participado de três Ligas, simbolizando assim que o garoto era experiente. Alexia tentou descobrir mais alguma informação na qual poderia tirar vantagem, mas era inútil. Dados mais pessoais eram bloqueados para os outros usuários então, após olhar por um bom tempo para a ficha do seu oponente, Alexia fecha a janela. Queria conferir outras coisas... Voltando para a barra de pesquisa, Alexia procura por Melissa Monteith e encontra sua ficha:


  -Perfeito... – Sussurrou Alexia, com um sorriso no rosto. Ela logo decidiu que, independente do resultado de sua batalha, ela iria assistir a batalha de Melissa.

    Alexia olhou mais algumas coisas no Computador, como por exemplo, o número de participantes com pelo menos 4 participações anteriores e classificou-os como “Experientes” e tentou gravar suas faces, mas ela logo pressentiu que era impossível. Com o número elevado de participantes, o total de Treinadores experientes era absurdamente grande, então, logo desistiu e rumou para outra estratégia. Decidiu que iria ficar de olho apenas em quem achasse perigoso, ou seja: Eric e Scott. Ao olhar a ficha de ambos, levou um susto ao percebe que os dois batalhariam a noite, não um contra o outro e sim em horários diferentes (para tristeza de Alexia, ela á final, tinha a minúscula esperança de que um anularia o outro, mas essa esperança veio por água abaixo, afinal). Alexia permaneceria por mais tempo olhando o Computador de Informação, mas percebeu que a fila atrás dela aumentará e que eles estavam começando a ficar impaciente com a demora da garota, então ela fechou seu cadastro e saiu do Computador, dando lugar para outra pessoa utilizá-lo.

 -Então Pachirisu, vamos ver algumas batalhas? – disse Alexia, consultando seu relógio e vendo que naquele horário, algumas batalhas já haviam começado. – Além do mais, é melhor estarmos perto dos Estádios, não é?

-Pachirisu! – Concordou seu amigo, balançando a cabeça positivamente.
    
    Alexia não demorou muito para chegar aos Estádios e rumou direto para o Estádio D, o local de sua batalha. Era um Estádio grande, mas bem menor do que o “A”. Do lado de fora, a multidão que não queria entrar assistia as batalhas pelo telão acoplado pelo lado de fora e algumas assistiam pelas micro-televisões que as barraquinhas de comida tinham. De La de dentro, um barulho animado de torcida estridente. Alexia  entra no Estádio e logo encontra a fonte do barulho. A platéia no Estádio D ocupava toda a extensão das arquibancadas, fazendo o cenário ficarem lindo para as câmeras de TV, mas aterrorizante para os competidores. 

   Ela demora até achar um local para se sentar, mas quando acha, encontra um bem perto do campo, para ter total visão do campo. Uma batalha já se desenrolava quando Alexia consegue se sentar e calmamente assiste a batalha, tentando apaziguar o nervosismo e se divertir... A batalha demora um pouco para acabar, ambos os Treinadores (desconhecidos para Alexia até então), utilizavam Pokémons sem diferença de Tipo, fazendo com que os ataques fossem poucos efetivos. Por fim, um garoto vence a batalha e outra luta se dá inicio. Essa segunda luta é mais animada, os Treinadores utilizam Pokémons mais populares ao público o que faz a platéia vibrar. Alexia permite-se também ficar um pouco mais animada devido a batalha e até curtiu um pouco a estratégia empregada pelo Treinador vencedor. Como era de costume, após declarar o vencedor e ambos os Treinadores saírem do campo, assistentes verificavam rapidamente o estado físico do campo e se era necessário trocá-lo. Era regra geral que, nessa primeira fase todos os campos seriam tipo Normal, para dar total estabilidade aos Treinadores. Terminada a verificação e não tendo que trocar o campo, o Apresentador (Um dos primos de Don George, pensou Alexia, devido à alta semelhança), anunciou a próxima batalha:

-E agora, para vocês que são apaixonados por batalha! Vamos receber calorosamente mais dois competidores! De um lado – O apresentador apontou sua mão para a direita. – A doce, delicada e exuberante... Caitlin Roseclark!

 Uma garotinha com feições de anjo entrou no campo e recebeu mais aplausos do que o normal. É ela! Pensou Alexia. O “Pequeno Anjo”; A Treinadora do Articuno. Agora Alexia sabia o porquê de tanto assédio. Ela era uma Roseclark... A família Roseclark era famosa por possuir o maior número de campões por todo o mundo. Alexia ainda lembrava que havia até mesmo um membro da Elite dos 4 com esse sobrenome. A família era temida nas competições por suas estratégias consistentes e seus Pokémons extremamente bem Treinados. Uma pontinha de inveja cresceu dentro de Alexia.

-Linda, Bonita, com um Articuno e bem de família... – Disse para si mesma, com uma pontinha amarga de inveja.

   Após mais aplausos, o Apresentador anunciou o oponente de Caitlin, mas não recebeu tanto euforia quanto Caitlin. De longe se dava para perceber a pressão que o garoto sentia por batalhar contra um Roseclark, o garoto suava aos bordões. A batalha teve seu inicio e para o delírio de todos na platéia, a garota lançou seu Articuno. A criatura lendária subiu aos céus e mostrou sua plumagem brilhante, encantando a todos. O oponente ficou soberba e um pouco assustado com a magnitude do adversário, mas respirou fundo e lançou seu Pokémon. Alexia desejou inutilmente que o oponente de Caitlin vencesse, mas como foi dito, desejar foi inútil. Caitlin deu uma prévia básica de o tamanho poder que controlava. Articuno, sem problemas algum, ganhou do seu oponente com apenas dois movimentos.

     A multidão explodiu de alegria e adrenalina enquanto uma Alexia perplexa tenta reorganizar os pensamentos e entender o que havia acontecido. O Articuno de Caitlin não só belo, mas também poderoso. E por incrível que pareça, a menina conseguia manipular seu Pokémon com total maestria, digna de uma Roseclark. Depois de muito comemorar, Caitlin retorna Articuno para uma pokebola especial, no qual Alexia não conseguiu decifrar qual era.  O oponente, desolado, retorna seu Pokémon fora de combate e sai chorando do campo. O locutor volta  anunciar outra batalha e o campeonato segue seu fluxo.

   Após assistir mais três batalhas, alexia olhou no relógio e viu que estava próximo do horário da sua luta. Engoliu o nervosismo e controlou as pernas que tremiam. Resolveu recolher Pachirisu e Pokémon, percebendo o estado da sua parceira, foi de bom grado para dentro da pokebola. Alexia foi pedindo licença entra a platéia (que havia aumentado desde então), até chegar em uma entrada especial para competidores. 

    Na porta havia um funcionário da Liga Pokémon, que animado, instruiu Alexia a passar pela porta até chegar a um corredor onde receberia mais instruções. Alexia apresentou seu cartão de inscrição para a máquina verificadora e conseguiu transpor a barreira. A porta dava para um corredor extenso e que no final, outro funcionário da Liga á esperava.

 -Olá, sou Alexia Braveheart... E... Han... Acho que sou a próxima. – Disse a garota, aproximando-se do funcionário.
  
  -Alexia Braveheart... Alexia Braveheart... – Balbuciou o funcionário, consultando uma lista de nomes que segurava por meio de uma prancheta. – Ah aqui, achei seu nome! Sim, sim... Você é a próxima! Bom, o procedimento é esse: Você bota a pokebola do Pokémon que escolheu nesse scanner, para que a foto do Pokémon apareça junto com a sua no telão, quando a batalha começar... – Explicou o homem, mostrando a Alexia um scanner acoplado a parede. – E você pode entrar no campo apenas depois que o locutor anunciar o seu nome, ok? Vale lembrar que depois de scanneado o Pokémon, você não poderá trocá-lo. Boa sorte e alguma dúvida? – Por fim perguntou o funcionário, consultando a lista em sua mão novamente.

-Han... Não, obrigada. – Agradeceu, com um sorriso torto.

Alexia vasculhou sua bolsa com determinada pressa até achar a pokebola que queria. Ao colocar o objeto no scanner, a máquina em poucos segundos fez seu trabalho liberando a pokebola de volta para a dona. A menina conhecia aquilo. A escolha do Pokémon antes de entrar no campo garantia que nenhum competidor teria vantagem de tipo, caso lançasse seu Pokémon por último. Alexia segurou a pokebola o mais forte que conseguiu e olhou para frente. A entrada á sua frente não tinha portas e o barulho do campo era livremente ouvido. A platéia persistia agitada e vibrava com cada movimento da batalha que rolava. A menina respirou o mais fundo que conseguiu. Aquele momento, aquele, no qual precede a entrada no campo é o período de maior nervosismo. Ela se lembrava muito bem daquele momento, já havia passado por ele 4 vezes anteriores.Porém, apesar do nervosismo, Alexia não tinha medo. A conversa com Eric, na noite passada havia lhe dado um sopro de coragem e confiança de uma grandeza que ela não conseguia explicar. As palavras do antigo amigo ainda estavam frascas na sua mente...

“- Ah! Uma dica para amanhã... Escolha um Pokémon no qual tenha total confiança, da mesma forma em qual confio em você!

E era isso que ela iria fazer. Havia escolhido o Pokémon em qual mais confiava. Se preciso, Alexia depositaria sua vida nele. Ela estava preparada... Nervosa, mas preparada para lidar com o que viesse pela frente! E ela descobriu que, o momento havia chegado quando o Apresentador anunciou seu nome para a entrada no campo...

  -As batalhas não podem parar bravos competidores Lembre-se que a fila anda e a catraca gira! E quando ela gira para nós aqui, uma nova batalha se tem inicio! – Animou o público, fazendo uma entonação de voz bem calorosa. – E agora, do nosso lado direito, temos uma experiente competidora! Recebam a forte candidata: ALEXIA BRAVEHEART!

  Alexia foi brevemente empurrada pelo funcionário que ainda persistia de pé, ao lado dela. A garota tomou impulso e entrou apressadamente no campo. Ao entrar, recebeu calorosos aplausos de boa parte da platéia, mas como era ainda de certa forma desconhecida entre o público em geral, os aplausos não passaram disso: Questão de educação. Alexia posicionou-se no seu local e com muita vergonha, não teve vontade olhar para o público e dar algumas “olas”. Agora era a hora de Túlio ser anunciado...

-Do outro lado! Um garoto cheio de energia e que tem o perfil certo de um vencedor! Recebam com todo o carinho possível um bravo Treinador: Túlio Strayer! – Anunciou animado o Apresentador.

      Do outro lado, Alexia viu chega rum garoto baixinho, com cabelos bagunçados de coloração roxos berrante. As roupas dele só não chamavam mais atenção do que os óculos de garrafão. Sapatos laranja faziam parte do modelito de Túlio, no qual se consistia de uma camiseta estampada (com um desenho que Alexia não conseguiu decifrar o que era) na cor roxa, e short bege. Túlio Strayer era uma mistura engraçada e desengonçada de se ver. Apesar de bagunçado e ter a aparência de alguém desligado, não devo baixar a guarda nenhum momento, pensou Alexia.

 -A batalha por uma das vagas na próxima fase da Liga Pokémon está para começar. Será uma batalha 1x1 e ganha o competidor que deixar o Pokémon adversário fora de combate primeiro – Anunciou os termos o juiz, que permanecia na lateral do campo. E finalizou: - Uma batalha sem limite de tempo! Lancem seus Pokémons e comecem!

-Torterra! Eu confio em você! Vá, traga a vitória para mim! – Tomou a dianteira Alexia, lançando a pokebola para o ar.


   Quando a pokebola aciona seu mecanismo, libera no campo um Pokémon com características de uma tartaruga gigante. Torterra media aproximadamente dois metros de largura e sua altura era um pouco maior, devido a arvore de médio porte que estava alojada em seu casco. As patas dianteiras e traseiras eram protegidas por poderosas garras que mais pareciam rochas bem afiadas. O tamanho de Torterra assustava e seu rosto, com traços duros e firmes mostrava imponência e poder. O casco do Pokémon tinha uma aparência firme, bem cuidada e é claro, indestrutível.  O monstrinho arrancou alguns “vivas” das arquibancadas, pelo o que parece, Torterra era bem popular naquela região cheia de florestas e montanhas.

   Turtwig (agora um Torterra), fora o primeiro Pokémon de Alexia. Alexia, como muitos treinadores, recebeu seu primeiro Pokémon ao completar 10 anos e iniciar sua jornada, indo até o laboratório do professor Pokémon que morava em sua cidade e de lá recebendo todas as instruções necessárias para um iniciante e é claro, pegando seu Pokémon. Como todo começo de amizade, Turtwig não confiava inteiramente em Alexia o que resultaram primeiros resultados desastrosos. As batalhas que a garota travava com seu primeiro parceiro sempre terminavam com uma derrota humilhante para ambos. Porém, esse cenário não durou muito tempo. Alexia e Turtwig logo começaram criar um forte laço de confiança, amizade e companheirismo no qual, esses laços, influenciaram profundamente na jornada de ambos, deixando-os mais bem preparados para enfrentar as dificuldades que um Treinador iniciante passa. Além disso, as primeiras vitórias começaram a chegar, aumentando ainda mais os laços entre Pokémon e Humana.

   O tempo foi passando e novos companheiros foram capturados e depois de muita experiência - acrescente ai muitas derrotas e muitas vitórias também -, Turtwig evoluiu para Grotle. É normal, para todos nós, não nos acostumarmos tão facilmente com mudanças; o mesmo aconteceu com Alexia e Grotle. Com o peso extra, o estilo de batalha dos dois sofreu uma mudança drástica, passando do ofensivo para o defensivo. Não foi fácil, porém impossível. O que não te mata lhe deixa mais forte, era como Alexia pensava na época e além do mais, as dificuldades que os dois passaram naquele tempo serviram para fortalecer ainda mais a amizade de ambos. Passado mais um longo tempo e adquirindo uma vasta experiência, Grotle finalmente evolui para Torterra e acaba ganhando o honroso titulo de o Pokémon mais forte no time de Alexia. Torterra era o primeiro amigo Pokémon da garota. O primeiro parceiro que passou junto com ela todos os problemas que um jovem Treinador passa. As angústias, os medos, as glórias e riquezas da vida de uma adolescente foram compartilhadas com Torterra, por isso, Alexia confiava ininterruptamente no seu Pokémon.

-Torterra! - Gritou o Pokémon, excitado com a batalha. O Pokémon era valente e não tremia com a possibilidade de enfrentar, talvez, alguém mais forte do que ele.

-Um Torterra, hein? Isso será no mínimo... Interessante - Disse uma voz aguda, vindo do outro lado do campo. Era Túlio, soltando as primeiras palavras desde que chegou. - Zebstrika, apareça! - Túlio imitou o movimento de Alexia, e lançou a pokebola para o alto. 
 

  Quando a pokebola aciona seu mecanismo e libera o Pokémon, o que entra no palco é uma quadrúpede, com listras pretas e brancas, semelhantes a uma zebra. Suas pernas altas e musculosas davam uma aparência perigosa e desafiadora ao Pokémon. Sua crina era espetada, semelhante a figuras de raios. Sua calda desmembrava-se como um próprio raio. Seus cascos, bem potentes e afiados demonstravam que o Pokémon não tinha piedade da sua presa. O pelo bem brilhoso e sedoso de Zebstrika deixava-o muito atraente aos olhos, mas não enganava Alexia. Apesar de belos, Pokémons com Zebstrika são extremamente poderosos e ela também não se deixou levar pela vantagem que teria ao ficar imune aos movimentos tipo Elétrico do Pokémon. Já havia enfrentado alguns deles por sua jornada e sabia muito bem que eles possuíam outras armas para deter o oponente e não somente seus ardilosos ataques elétricos.

-Primeiro as damas... – Disse com seu tom de voz mesquinho, Túlio, insinuando para alexia começar.

-Antigamente os homens eram mais corajosos – Alfinetou Alexia.

-Como queira... Zebstrika Flame Charge, agora! – Ordenou o oponente.


  O Pokémon elétrico é coberto por uma densa camada de fogo, que parecia não lhe causar problemas algum. Após formar essa camada de fogo, Zebstrika parte em um rápido galope em direção a Torterra. Alexia conhecia as capacidades do seu Pokémon e sabia que, devido à velocidade de Zebstrika, desviar era impossível, por isso optou por receber o dano. A zebra acerta Torterra em cheio, provocando uma pequena explosão no casco do Pokémon e conseqüentemente, causando-lhe bons danos.

-Torterra, você está bem? – Pergunta Alexia, preocupado com o tanto de danos causados.

-Torterra! Torterra! – Responde o Pokémon, com um grito animador.

-Ah, eu tinha me esquecido da forte defesa que Torterra possui... Bom, isso não será problema para mim e Zebstrika – Comentou Túlio, mostrando seu lado estratégico. E completou – Não será problema, pois uma boa velocidade! Zebstrika, ataque novamente com Aerial Ace!

  
Partindo para um ataque extremamente rápido, Zebstrika corta o campo em poucos segundos e atinge Torterra com toda velocidade e força que possui. Além disso, o efeito do Flame Charge, de aumentar a velocidade do usuário, ajudou Zebstrika a causar mais danos com o ataque. Torterra sofre um forte dano do oponente, mas persistia de pé.

-E esse é o segundo ataque consecutivo, minha gente! – Anunciou o Apresentador. – O que será que Alexia está planejando, deixando seu Pokémon levar tantos danos?! E que força e velocidade incrível e Zebstrika! Com certeza Túlio o treinou muito bem!

-Torterra, chega de ficar na defensiva, vamos atacar! – Disse Alexia, já preocupada com os danos que seu Pokémon tomará. – Ataque com seu potente Earthquake!

-Pule em evasiva, vá! – Ordenou Túlio.


O Pokémon tartaruga bate seu pesado corpo no chão, lançando uma onda de tremor através do campo. O forte Earthquake avança até Zebstrika, que momentos antes de ser acertado, usa suas longas pernas para saltar e assim, escapar do dano do ataque de Torterra.

-Droga! – Pragueja Alexia.

-Desça na direção dele com o Stomp! – Ordena Túlio, com um sorriso no rosto.


-Torterra, aproveite a situação e use o Crunch para parar o Stomp! – Grita Alexia, vendo uma brecha na estratégia do oponente

 Enquanto Zebstrika descia com seu Stomp para acertar Torterra com toda a sua força, o mesmo posiciona-se de uma forma estranha e quando Zebstrika estava próximo de acertar o movimento, Torterra morde uma das patas do Pokémon. A mordida não era uma mordida comum, era o Crunch, um potente ataque tipo Noturno. A mordida paralisa o ataque de Zebstrika e conseqüentemente, lhe causa bons danos. Zebstrika solta um urro de dor e por meio das suas outras patas, consegue se afastar de Torterra.

-Zebs... Zebstrika... – Lamenta o Pokémon, ao olhar para sua pata fragilizada.

-ZEBSTRIKA! NÃO! – Disse Túlio Strayer, indignado com o dano na parte física do Pokémon.

  Alexia agora soltava um sorrisinho de prazer. Ela sabia o que estava fazendo. Sempre quando lutou contra Zebstrikas, percebeu que o maior trunfo desses Pokémon era sua velocidade. Logo, prejudicando sua capacidade de correr o Pokémon ficaria mais vulnerável a investidas. E trazendo para a batalha em questão, ela sabia que machucando a pata de Zebstrika, ficaria mais difícil para ele utilizar o Flame Charge e Aerial Ace ou até mesmo dar evasivas.

 -Torterra, agora é a nossa vez! – Avisa Alexia, pronta para atacar com tudo o que tinha. – Vamos vencer essa com o Franzy Plant!


Torterra canaliza uma grande quantidade de energia, de tal forma que, um brilho esverdeado é visto ao redor do Pokémon. Torterra bate novamente seu corpo no cão, porém dessa vez com menos força. Ao bater, gigantescos e grossos cipós com espinhos brotam do chão e sob o controle do Pokémon tipo Planta/Terra, atingem Zebstrika sem dar chance de evasiva.  Zebstrika é lançado longe pelo Franzy Plant, porém, o dano que ele toma é o real problema, deixando o Pokémon elétrico quase que completamente fora de combate. Ainda assim, mesmo muito debilitado, Zebstrika tenta levar do chão; faz uma força incrível, mas parece não conseguir.

-E com uma estratégia triunfante, parece que Alexia Braveheart está com a vitória em mãos! Será esse o final da competição para Túlio Strayer? – Comenta o apresentador.

-Vamos lá Zebstrika, levante-se! Eu confio em você! – Tenta ajudar o oponente, na esperança final que seu Pokémon consiga se reerguer.

-Não vamos deixar chance alguma! Torterra, golpe final! Leaf Storm! – Ordena Alexia, ao perceber que seu Pokémon já estava pronto para realizar mais um ataque. A garota não estava sendo tirana com o oponente, mas também não era boba o bastante para dar-lhes uma chance de contornar a situação.


 Ao receber o comando de sua Treinadora, Torterra começa a balançar á arvore existente em seu casco de forma rotativa. Após alguns segundos, folhas afiadas são lançadas no oponente em forma cilíndrica e extremamente veloz, atingindo com força e poder. O Leaf Storm é tão forte que é capaz de carregar Zebstrika até a barreira de proteção, lançando com força no concreto. Como se não bastasse o dano do Franzy Plant, o Leaf Storm atinge-o em cheio deixando o Pokémon elétrico fora de combate.

-Zebstrika está fora de combate. Torterra é o vencedor. Alexia e Torterra passam para a próxima fase – Anuncia o juiz, com sua voz autoritária.

  A platéia explodiu em vivas e palmas. Aparentemente, o público havia gostado da batalha entre dois famosos Pokémons e ainda mais, haviam gostado da estratégia de Alexia. Mas, nem todos juntos poderiam superar a felicidade que a Treinadora sentia naquele momento. Havia finalmente conseguido passar para a segunda fase. Todo o medo posterior a batalha havia sumido e dado espaço para uma alegria nova, cheia de sorrisos e orgulho. A única reação de Alexia foi entrar no campo e abraçar o machucado corpo de Torterra. 

  O Pokémon gostou do abraço e até fechou os olhos, recebendo o carinho da sua Treinadora. Enquanto abraçava Torterra, Alexia percebeu que a batalha havia sido cansativa para Torterra. Sua respiração estava muito ofegante e em seu casco e pele, machucados cobriam toda a sua extensão. Para dar um pouco de descanso ao Pokémon, alexia logo retorna o mesmo para a pokebola:

-Você foi maravilhoso meu amigo, agora descanse... – Diz Alexia, retornando o Pokémon.

Alexia pensou em ir até Túlio e agradecer pela boa batalha que ele proporcionou, mas ao vê-lo recolher seu Pokémon e depois sair correndo campo de batalha, Alexia desiste da idéia e simplesmente faz uma reverência para platéia, em sinal de respeito.

-E esse é o final de mais uma batalha! Como observamos, Alexia Braveheart passa para a próxima fase e é digna de ser vista cautelosamente! Que surpresas essa Treinadores reserva para nós?! – Anima o apresentador.

    Alexia sai pela mesma porta por qual entrou no campo. No corredor, encontra novamente um funcionário da Liga, que a aborda para perguntar:

-Gostaria de deixar seu Pokémon com o Centro Pokémon localizado o mais próximo do Estádio? Ele está especialmente separado para os Pokémons dos competidores. – Explica o funcionário. – Basta deixar seu Pokémon comigo...

   Alexia aceitou a sugestão do funcionário e deu sua pokebola para o homem. Afinal, Torterra havia de receber o merecido descanso e cuidados médicos que só Enfermeiras Joys sabem dar. Enquanto saia do Estádio, maravilhada ainda com tudo o que aconteceu, Alexia lembrou-se de que a batalha de Melissa estaria preste de começar então partiu correndo rumo ao Estádio “B”. Quando Alexia corria pelo lado de fora do seu estádio, percebeu que algumas pessoas a reconheceram e acenaram felizes, por encontrar uma vitoriosa. Alexia ficou com a pele vermelha de vergonha e correu mais rápido para fugir daquela situação constrangedora. 

    Apesar das ruas lotadas, Alexia não encontrou dificuldades para chegar no “B” de forma que, conseguiu ver pelo telão do lado de fora que Melissa havia acabado de entrar no campo. Acelerando o passo e empurrando algumas pessoas a garota chega nas arquibancadas até encontrar um lugarzinho apertado, longe do campo, mas onde poderia assistir a batalha de Melissa ao vivo. Alexia enquadra as arquibancadas, em busca de Ollie. Tinha certeza que o irmão da menina estaria ali, apoiando-a e torcendo por ela, mas nada encontrou. Como no outro Estádio a multidão nessa era vasta então era difícil localizar uma única pessoa. 

Alexia prestou mais atenção no campo, agora, tentando identificar o oponente de Melissa. No telão, o nome visto era: Marcus Jonville .

  Marcus Jonville parecia ser um homem já com idade avançada. Vestia um paletó azul marinho, apesar do calor e seu cabelo aparentava ter muito gel e estava penteado para o lado. Apesar da roupa pesada, a gordura de Marcus podia ser vista, devido à “lombada” na região da barriga. Marcus tinha bochechas gordas e rosadas e se não fosse pela barba malfeita, teria a aparência de um bebê. Já Melissa vestia sua roupa comum e sua face era o puro nervosismo. Alexia pode perceber que ela suava e que estava assustada. A menina desejou estar do lado da amiga naquele momento, para que ela não se sentisse tão nervosa naquele momento. Alexia ouviu o juiz dar a ordem de inicialização e então Alexia limpou sua mente e concentrou-se apenas em assistir a batalha. Nas caixas de som que reproduziam o que os Treinadores falavam, uma voz trêmula de Melissa surgiu, lançando seu Pokémon:

-Excadrill, vai! – Lançou Melissa, fazendo que de sua pokebola saísse um Pokémon toupeira, com brocas na cabeça e garras afiadíssimas. – Vamos vencer! – Conclui uma Melissa nervosa.


    Alexia ficou feliz em saber que Melissa tinha em mãos um Excadrill. Conhecia o Pokémon e conhecia a sua força também. Era um ótimo Pokémon para essa primeira batalha, pois Excadrill possuía ataques fortes e uma defesa considerável. O nervosismo que Alexia sentia pela a amiga estava já quase baixando até que, Marcus Matos solta seu Pokémon.

 -Hitmonlee essa é para vencer! – Lança a pokebola o oponente, com um sorriso de satisfação no rosto.
Da pokebola o oponente aparece um humanóide, com pernas longas que mais pareciam molas e um corpo músculo e marrom, no qual dois olhos negros observavam perigosamente Excadrill, não se intimidando com as garras do Pokémon Terrestre. Alexia cruzou os braços e rezou para Arceus, para que desse força a Melissa para enfrentar o oponente. Hitmonlee era o pior inimigo possível para Excadrill. Seu tipo Terrestre/Metálico sofreria bastante nas mãos de golpes lutadores que Hitmonlee era especialista. A menina desejou que Melissa tivesse alguma carta na manga para enfrentar eventualidades como essa, se não, Melissa estava bem próxima de dizer adeus á competição.

-Hitmonlee, por favor, de um gostinho da sua força á eles com seu Close Combat! – Pediu Marcus, com um tom de voz desprezível.

Ao contrário do que Alexia imaginava, Melissa não deu nenhuma ordem de comando para Excadrill levando-o assim a levar o dano do Close Combat. Hitmonlee saltou em uma altura incrível e caiu próximo ao oponente e movendo seus braços e pernas em uma velocidade surpreendente, desferiu diversos golpes em Excadrill lançando-o longe. Apesar do forte dano, Excadrill consegue levantar.

-Han... Me... Me desculpe Excadrill, isso não vai a-acontecer novamente – Desculpa-se Melissa, ao ver seu Pokémon levantar com uma feição brava. – S-se eles possuem força, nós temos velocidade! Rapid Spin agora! – Ordenou Melissa, um pouco insegura de si.

-Vá de encontro com ele usando o Mega Kick! – Contra atacou Marcus.


Excadrill começa a girar as garras afiadas em uma velocidade de dar inveja, e avança na direção de Hitmonlee, pronto para estraçalhar o oponente. Porém, Hitmonlee realiza um salto magistral e enquanto caia na direção de Excadrill, canalizou toda a sua força para seu pé, formando assim o Mega Kick. A colisão entre os dois Pokémons é poderosa, porém, devido a vantagem de tipo, Hitmonlee consegue transpor o Rapid Spin e acertar furiosamente Excadrill, lançando-o longe e dando-lhe uma margem grande de danos.

-E mesmo com sua incrível velocidade, Excadrill não consegue alcançar os movimentos de Hitmonlee – Anunciou o Apresentador, citando os fatos da batalha – Seria esse o destino de Melissa?

-Merda Melissa! Vamos lá! Reage! – Gritou Alexia da platéia, na inútil tentativa de que Melissa a ouvisse.

-Excadrill... – Gemeu o Pokémon ferido, levantando-se com dificuldades.

   Melissa estava parada, em choque. Alexia sabia o que estava acontecendo: O nervosismo e ansiedade havia lhe agarrado e ela não conseguia livrar-se deles, prejudicando assim seu desempenho em campo. Melissa possuía o olhar vago e apenas mudou sua posição corporal quando ouviu o gemido do seu Pokémon. Ali, naquele momento, quando Treinadora e Pokémon trocaram os olhares, um transmitiu seus sentimentos para o outro, e formando um laço tão forte que independente do resultado da batalha, ambos sabiam que o laço não sofreria dano algum. “Esse era o maior mistério da vida. Quando estamos na pior, basta um olhar da pessoa que mais respeitamos e que mais queremos bem para todos os nossos problemas sumir”, pensou Melissa, enquanto voltava à tona, em si e pronta para batalhar cem por cento. Alexia percebeu, por meio do telão que transmitia a batalha, a mudança na face de Melissa e ali soube que a garota havia voltado em si e que tentaria mudar a situação da batalha.

-Patético. Eu esperava mais, de ambos... – Zomba Marcus, com um tom de voz mesquinho – Só espero que sua foca não atrapalhe o brilho do meu Hitmonlee. – Completou o homem, gabando-se dos fortes movimentos do seu parceiro.

-Excadrill! Preste atenção em mim, não ligue para o que ele fala! Vamos esquecer o que aconteceu até agora e rumar para novos e bons ventos! Apesar das dificuldades vamos conseguir JUNTOS! – Gritou Melissa, dando uma força de vontade incrível para seu Pokémon. – E nossa virada começa com o Dig, vá!


   Excadrill usando suas poderosas garras começa a cavar o chão e em poucos segundos cria um buraco grande o bastante para que ele pulasse dentro. Lá dentro, Excadrill em grande velocidade cria um túnel indecifrável para quem está olhando na superfície, e avança para atacar o oponente.

-Hitmonlee atenção! Ele pode vir por qualquer direção! – Orienta Marcus, agora preocupado com o ataque.

-Hit! Hitmonlee! – Diz o lutador, em resposta.

-Excadrill agora! – Ordena Melissa, confiante no ataque.

  Saindo de surpresa por de trás de Hitmonlee, o Pokémon Terrestre/Metálico acerta o Lutador um tanto que desprevenido e lança-o longe, com o auxilio de suas garras. Hitmonlee sofre o danos com o Dig e devido a forte estocada de Excadrill, ele fica meio atordoado.

-Ainda não acabamos! Excadrill Drill Run agora! – Ordena Melissa, para um segundo ataque.


 Excadrill, ao ouvir o comando de Melissa, fecha-se em seu próprio corpo, transformando-se assim em uma grande broca. Após se transformar, Excadrill gira seu corpo em grande velocidade e em poucos segundos corta a distância que separava ele do seu oponente. Ainda atordoado com o Dig, Hitmonlee nem percebe a aproximação do Excadrill e recebe o Drill Run em cheio, sendo acertado bem no meio do corpo. Hitmonlee é novamente lançado longe e sofre mais danos. Excadrill por sua vez, ao acertar o oponente, voltada a sua forma normal e para de girar, concluindo assim o ataque.

  -E acabamos de receber uma lição de superação, senhoras e senhores! Melissa até então encurralado com os fortes ataques tipo Lutador de Hitmonlee, vê-se agora tomando a dianteira, aproveitando a velocidade dos ataques do seu Pokémon – Anuncia animado o apresentador, levantando a moral de Melissa e a animação da platéia – Agora o destino dessa batalha é indeciso!

-É isso ai MELISSA! BOTA PRA QUEBRAR! – Grita Alexia da platéia, assustando as pessoas que estavam próximas a ela.

-Dois ataques consecutivos Excadrill! Vamos continuar assim! – Disse animada a garota, com as esperanças renovadas.

-Excadrill! – Respondeu o Pokémon, agora mais do que nunca confiando em sua Treinadora.

-Não fique tão animada antes da vitória querida, isso pode trazer azar... – Comentou Marcus, misterioso.

-Azar? Azar não existe aqui, não para mim e Excadrill Agora para você é outra história. – Respondeu Melissa, confiante ao extremo. – Aliás, lhe darei uma personificação do azar! Excadrill faça aquele Hitmonlee provar um pouco do azar de batalhar contra nós! Focus Blast agora!

-Hitmonlee evasiva seguido de Blaze Kick! – Ordena o oponente.


  Excadrill projeta sua força física em uma esfera brilhante, cintilando a força e energia. Depois de formada, o Pokémon lança o Focus Blast em Hitmonlee que apesar de ferido, consegue se esvair do ataque com sucesso. Após isso, o Pokémon chutador aproxima-se de Excadrill e projeta um chute flamejante, acertando o oponente com força. Apesar de ser do tipo Terrestre, Excadrill também é do tipo Metálico e acaba levando sérios danos.

-Não vamos parar agora! Excadrill Rapid Spin consecutivos! – Ordena Melissa, percebendo que apesar da injeção de confiança que levou, seria preciso bem mais para vencer.

-Combate de frente com o Close Combat! – Contra ataque Marcus, ainda firme e forte na batalha.


Agora, um verdadeiro embate tem-se inicio. Excadrill girando suas garras em velocidade surpreendente combate os fortes golpes do Close Combat de Hitmonlee. Hora e outra, Excadrill acerta um Rapid Spin e em contra partida Hitmonlee consegue encaixar um chute em algum ponto vital do oponente. Ambos estavam empatados e já demonstravam sinais de cansaço e exaustão. Porém, apesar disso mantém esse embate por certo tempo até que ambos acertam um potente golpe um no outro, lançando assim longe um do outro.

-E ai está à prova viva minha gente que superações são possíveis sim! Tanto Excadrill quanto Hitmonlee sofreram muitas altas e baixas nessa batalha, mas nem por isso deixaram de lutar – Anima o Apresentador. – Agora a batalha ruma para seu final, quem saíra vencedor?

Melissa agora observava mais taticamente sua situação. Excadrill já havia levado danos demais e estava próximo de ruir diante da vasta vantagem que Hitmonlee possuía. Porém, o oponente dela também havia sofrido potentes golpes e não estava demonstrando tanta eficiência assim, a seu ver, estavam empatados e o próximo golpe iria decidir o vencedor, por isso Melissa resolveu apostar no mais forte golpe de Excadrill.

-Excadrill! Percorremos um longo caminho até aqui! Muitas derrotas e poucas glórias é verdade, mas mesmo assim não paramos um minuto! Sempre juntos, sempre fortes! –Gritou Melissa, dando ênfase nas suas palavras, em um tom meio heróico. E completou. – Por isso quero que no seu próximo ataque, que será também o último, quero que canalize toda a nossa garra, força e coragem! Você pode fazer isso, Excadrill?!

-Excadrill! EXCADRILL! – Responde o Pokémon, confirmando o pedido da garota com um urro.

-Hitmonlee seu estado físico não é nada animador; acredito que estamos perto do fim e que talvez esse seja seu último ataque – Analisa Marcus, dando ênfase para o lado técnico da batalha e não para a emoção. – Vamos fazer como combinamos certo?!

-Hitmonlee! Lee – Responde de volta o Pokémon.

-FOCUS BLAST! AGORA! – Grita ambos os Treinadores, ao mesmo tempo, em pé de igualdade.


Ambos os Pokémons canalizam suas últimas forças para formar dois poderosos Focus Blasts. Depois de formadas as esferas, eles lançam, ao mesmo tempo o potente ataque que corta o campo em uma velocidade quase que inimaginável para os olhos humanos. A colisão dos ataques é algo colossal. Primeiro, é visto uma branco muito ofuscante, que cega a todos temporariamente depois, um barulho ensurdecedor seguido de uma explosão gigante que engloba ambos os Pokémons. Devido à fumaça produzida pela explosão as pessoas são temporariamente incapazes de ver quem saiu vencedor do embate.


-E está uma loucura esse campo hoje minha gente! Quem saíra vencedor?! Os sentimentos de Melissa ou a vantagem de Marcus? Mal posso esperar para ver o vencedor! – anima o Apresentador.

Nesse momento a fumaça começa a dissipar e o campo começa a ficar mais visível e depois de alguns segundos, todos percebem que Hitmonlee muito machucado persistia de pé já Excadrill estava nocauteado, jogado no chão incapaz de se levantar.

-Excadrill está fora de combate. Hitmonlee é o vencedor. Marcus e Hitmonlee passam para a próxima fase – Grita o Juiz, dando a sentença final.

       A multidão explode em vivas e aplausos. A batalha apertada e emocionante havia tocado o coração de cada um ali fazendo com que a vitória de qualquer seja extremamente comemorada. No telão, as imagens de Hitmonlee e Marcus eram demonstradas embaixo de uma palavra escrita em tons brilhantes: “Winners/Vencedores”. Alexia parou até mesmo de respirar por um momento. Enquanto todos comemoravam, ela estava em estado de choque pela amiga que acabará de perder. Ignorando a bagunça da platéia Alexia presta mais atenção em Melissa, que de cabeça baixa recolhe seu Pokémon machucado para dentro da pokebola. Olhando mais atentamente, percebe-se que Melissa agora tinha lágrimas nos olhos o que era perfeitamente normal para Alexia. Para os Treinadores perder na primeira fase era humilhante e decepcionante. Simbolizava que todo o trabalho de coletar oito insígnias não serviu para praticamente nada. Quando Alexia perdeu na primeira fase ficou arrasada e imaginou o estado da amiga por isso resolveu ir ao encontro dela, na saída reservado para os Treinadores que acabaram de lutar. 

     Alexia começou uma verdadeira peregrinação até chegar á saída do estádio. A platéia animada muito ignorava seus pedidos de licença de forma que, ela demorou mais que o normal. Quando já estava na rua, Alexia teve outra missão. Encontrar Melissa naquela multidão que se aglomerou ao redor do Estádio. Ignorando os olhares estranhos que algumas pessoas davam á ela, Alexia começou a gritar insanamente o nome de Melissa e Ollie enquanto caminhava ao redor do Estádio. Apesar dos gritos, Alexia não recebeu nenhuma resposta mas por sorte, encontrou Melissa abraçando seu irmão Ollie, próximos a saída principal. Aproximando-se com cautela, Alexia pode ouvir os sussurros da garota:

-Eu perdi Ollie! Eu perdi – Chorava Melissa, abraçando seu irmão. – Fui uma inútil! Nesse momento Excadrill deve estar com raiva de mim! Sou uma péssima Treinadora!

-Não fale assim de si mesma Melissa – Consolava o irmão.

-Todo meu treinamento, toda a minha luta, TUDO! Tudo foi por água abaixo. –Resmungou Melissa.

-Melissa! Pare de pensar assim! O importante não é chegar, mas sim o caminho que você percorre até, lembra-se disso! Lembra-se de como fomos criados? – Constatou Ollie, fazendo uso de argumentos fortes, retratando a infância dos irmãos. – Eu APOSTO que mamãe e papai estão orgulhosos de você! Orgulhosos de nós dois! O simples fato de estarmos aqui é uma vitória para eles! E o que é mais importante para você?! Ser vitoriosa aos olhos dos outros ou aos olhos dos que te amam mais do que amam a si próprios?!

Nesse momento com as fortes palavras do menino, Melissa deu-se apenas á chorar. Ela sabia que o irmão tinha razão. O mais importante para ela era orgulhar as pessoas que eram importantes para ela. Porém, ela sentia vergonha de si própria, vergonha de te perdido e mais ainda, tinha medo de que seus Pokémons ficassem decepcionados com sua derrota. Alexia esperou que Melissa se acalmasse mais para se aproximar. Isso demorou alguns minutos e quando viu os irmãos sentando em um banco próximo dali, foi até eles e conversou o mais animada possível...

-Oh Melissa, eu sinto tanto... – Lamentou a garota, abraçando a recente amiga com todo o carinho que conseguia produzir.

-A-Alexia, v-você aqui... – Comentou Ollie.

-É eu assisti tudo. Minha luta havia acabado então sai correndo e peguei tudo do começo. – Respondeu Alexia.

-Então você viu a vergonha. – Disse Melissa, com o olhar um tanto que vago.

-Melissa, por favor, não fale assim. Como eu havia dito, assistir toda a batalha! É verdade, no começo você ficou perdida diante da desvantagem, mas logo recuperou o tempo perdido e batalhou de igual para igual contra Marcus. – Comentou Alexia, tentando alegrar a menina. – Além do mais, eu percebi a troca de olhares entre você e Excadrill e eu sei o que é aquilo. Aquilo é um olhar de total confiança, independente do resultado da batalha! Você sabe que estou certa! Então pare de pensar que seu Pokémon está decepcionado com VOCÊ pois na verdade ele está é ORGULHOSO da Treinadora dele ter proporcionado uma batalha tão MAGNIFICA! –Nesse ponto Alexia já estava gritando, dando ênfase em suas palavras e botando o máximo de sentimentos em suas frases.

      Melissa agora recordava do momento que Alexia contestou. Sua troca de olhares com Excadrill e percebeu que a amiga tinha razão. Naquele momento ela sabia que seu Pokémon ficaria orgulhoso dela independente do resultado da batalha. Foi estranho, mas Melissa sentiu seu mente se livrar de toda a vergonha que estava sentido. Foi como se ela estivesse cansado e entrasse em uma banheira quente, relaxando o corpo e a alma. Após alguns minutos de reflexão Melissa já se sentia melhor e um pouquinho melhor em relação à derrota. Enquanto o tempo passava e mais batalhas rolavam em todos os Estádios Alexia, Ollie e Melissa deram-se para conversar, para tentar levar a mente da garota derrotada para outro local deixando o assunto um tanto que abafado. Alexia contou aos irmãos o triste episódio de quando também fora derrotada na primeira fase e mostrou para Melissa que ela não era a única.

Os três permaneceram nesse exercício por um longo período de tempo até que Melissa confessa seus sentimentos atuais. Ela desabafa tudo. Tudo o que sentiu ao entrar em campo, ao ver que seu oponente teria ampla vantagem sobre ela ao ver seu Excadrill sendo chutado com força e por fim no momento da derrota. Ela chorou um pouco mas logo parou e decidiu que não choraria mais e sabia que havia orgulhosamente trazido – mesmo que por um curo período de tempo – o nome da família Monteith á Liga Pokémon.

-É assim que se fala Melissa – Concordou Alexia, agora em um tom mais jovial. – O que não te mata lhe deixa mais forte, esse é meu lema! – Diz por fim a Treinadora, orgulhosamente.

-É-é um lema bonito de se o-ouvir – Gagueja Ollie.

-Obrigada... Han... Deixe-me eu perguntar uma coisa. Vocês vão continuar aqui na cidade,, não é? – Perguntou Alexia.

-Desculpe amiga, eu queria muito lhe fazer companhia mas não vamos poder – Respondeu Melissa, um tanto que triste.

-I-isso mesmo. A dinâmica da Liga Pokémon g-garante os benéficos para os Treinadores apenas durante seu período na competição. Por isso, com a d-d-derrota de Melissa perdemos o direito de ficar nos apartamentos, o cartão de crédito e etc. – Explicou Ollie, um tanto que triste pela perda dos benefícios.

-Pois é Alexia. Vamos assistir a Liga de casa, pela TV mesmo... Até que é Le...

-DE JEITO NENHUM. – Interrompe Alexia, com um grito.

-Como assim?! Rs – Pergunta Melissa.

-Vocês ficam comigo, no meu apartamento. Eu ainda não perdi a Liga e adoraria ter os dois ao meu lado. Por favor, aceitem minha oferta... – Alexia implora para os irmãos.

-Mas os apartamentos não são grandes, Alexia. Não tem espaço para todo mundo... – Retruca Melissa.

-Podemos dividir, não tem problema para mim, juro! Não sou aquele tipo de garota mimada! A cama de casal é grande o bastante para nós duas Melissa; E o Ollie, se não tiver problema, poderia dormir no sofá da sala ou até mesmo no chão! Forramos com alguns travesseiros e colchas...

-N-não teria pro-problema-ma algum dormi com você A-Alexia... Digo! Dormi na sua sala... – Disse Ollie, um tanto que vermelho...

-Não sei não... Isso não me parece justo com você Alexia. Você ainda é uma competidora! Merece todo o conforto e concentração. Eu e Ollie só iríamos atrapalhar. – Agora era Melissa que dizia os contras da proposta da amiga.

-Já disse que não é problema! Confie em mim! Além do mais ficar sozinha nessa cidade está sendo um saco! Preciso de pessoas aminadas do meu lado, como vocês dois. Isso sim me fará bem na competição – Retruca Alexia.

Um período de pensamentos e de avaliação se tem início. Para Alexia a idéia era perfeita. Ela permaneceria com os amigos, teria o apóio de pessoas animadas, descontraída e de confiança. E o fato de Melissa não ser mais uma Rival lhe deixava bem mais confortável. Ollie parecia já ter concordado com a idéia, mas só permaneceria de fato, se sua irmã aceitasse a proposta. Melissa por sua vez estava em dúvida se a presença sua e do seu irmão não iria atrapalhar a rotina de Alexia e por fim, prejudicá-la na competição. Mas a decisão logo veria...

-Ok, nós ficamos...

-ISSO AE! – Vibra Alexia com a decisão.

-Porém... – Completa Melissa, levantando o dedo indicador para impor sua condição.

-Qualquer coisa que desejar! – Brinca a Treinadora.

-Porém, quero que você treine todos os dias que permaneceremos aqui. – Diz por fim Melissa, impondo uma condição que de fato seria de bom grado para ambos os lados.

-Hmmm... Aceitado! – Responde Alexia, quase que imediatamente.

Apesar do nervosismo, na estréia de Alexia na Liga Pokémon de Nilvest City ocorreu tudo muito bem. Provando-se ser uma Treinadora de valor, com garra e coragem, Alexia vence seu primeiro oponente e está mais um passo a frente da final. Porém, o destino provou que o mundo não é só feito de doce e deu a Melissa um amargo resultado retirando precocemente a Treinadora estreante da competição. Que futuro terá essa união dos irmãos com Alexia? E que espécie de treinamentos serão feitos? Respostas apenas aqui, na Pokémon Thunders!

5 comentários:

  1. Muito emocionante!Adorei!!!

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  2. longoooooooooo demais esse capítulo, porém magnífico! Parabéns Renan

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  3. Magnífico capítulo!!! Apesar de longo, ADOREI!!!

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  4. Adorei o capitulo,ficou ótimo sem contar o enredo da história e as batalhas que ficaram emocionantes.Parabéns!!!!

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