# Aurora
À noite se aproximava lentamente, o clima estava esfriando, o
ar gélido estava me causando certo desconforto enquanto o sol realizava seu
suave decesso para se pôr entre os pinheiros, de folhas frigidas causadas pela
incomum atmosfera gelada, da Floresta
Bewilder localizada por toda Route 202.
Este era o cenário perfeito para...
Ora, este é um cenário perfeito para tudo! Eu e John estávamos caminhando para
chegarmos a Jubilife City, onde poderíamos dormir em uma cama confortável e descente,
pois sinceramente dormir no chão dentro de uma barraca azul safira, com certeza
não é um dos melhores jeitos de uma dama de estipe como eu dormir e, além
disto, poderíamos colocar nossos telefones celulares para carregar, já que John
quase acaba com elas jogando. Jazíamos não muito longe de nossa meta, porém a
atmosfera estava tão fria que decidimos por passar aquela noite entre alguns
salgueiros de meio de estrada, pois talvez se continuarmos em frente seria
perigoso demais, e então se sucedeu que John armaria as barracas em quanto eu
limpava o local de qualquer pedra, galho seco ou outra coisa que pudesse nos
ferir ou nos arranhar, após terminar minha limpeza, meu amigo havia terminado
de montar sua barraca e partira para montar a minha, então decide que iria
preparar a fogueira para nos fornecer aquecimento, durante a noite gelada –
Este clima é muito comum neste período do ano! – explicou John ao questiona-lo
de o porquê de estar tão frio. Enfim, iniciei minha busca por gravetos, ao
cata-los do chão analisava-os minuciosamente, pois deviam estar em bom estado já
que assim sua chama seria mais ardente e duraria mais, enquanto catava as
varetas, minha roupa tinha um terrível vicio de engatar em pedras ou galhos
ainda nos troncos das árvores; Antes que ficasse com a roupa toda destroçada,
voltei para o local onde íamos pernoitar, entulhei algumas pedras não muito
perto de nossas barracas para que nem um acidente acontecesse, e formei um
circulo com elas e pus alguns gravetos dentro do mesmo, formando uma espécie de
estrela que ia do centro para varias direções distintas e o que sobrou as
coloquei ao lado, para que pudéssemos alimentar a chama, antes dela apagar;
ascendi um palito de fósforo e o joguei em direção dos gravetos amontoados e
uma chama semi amarela e semi vermelha surgiu consumindo os gravetos
lentamente, bati minhas mãos uma contra a outra, querendo eliminar qualquer
vestígio de sujeira que pudesse ter ficado quando havia ido busca as varetas.
Sentei-me no chão perto da fogueira com os braços pra traz apoiando o resto do
meu corpo, quando veio até mim John dizendo que já havia terminado de montar as
barracas, e sentou-se ao meu lado, ficamos ali olhando para as estrelas, para a
lua que naquela noite estava mais cheia do que nos outros dias do ano, para o
breu que rodeava todo o céu, para as folhas verdes claras que dançavam sob as
ordens do vento.
Ah! O clima estava perfeito, nunca havia visto algo tão belo,
sim, a mãe natureza havia se superado naquela noite espetacular. Tudo estava
ótimo: O silencio, o som que o vento fazia, a dança que as copas das árvores
faziam ao ser atingidas por fortes brisas... Até que senti algo se mexendo e
subindo sobre minha mão, olhei pra ver do que se tratava e vi com os meus olhos,
que um dia a terra há de comer, a mão de John estava sob a minha, a pele dele
era tão quente, tão sedosa, tão... Hum! Tão John. Fiquei sem reação a
principio, notei que ele continuava a contemplar o céu estrelado, não sei por
que, mas meu rosto corou de vergonha. Quando ele percebeu onde estava se
apoiando, teve a mesma reação que eu: seu rosto corou, logo estava mais
vermelho que o meu, ele retirou sua mão bruscamente e virou sua atenção para o
lado, a principio pensei em me levantar e sair de sua vista, porém algo dentro
de mim não permitiu e continuei ali o encarando de costas para mim; Pensei em
falar algo para quebrar aquele clima tenso que havia se instalado, porém havia
um problema: O que dizer em um momento como este? Então resolvi ficar calada,
virei para o outro lado deitei-me no chão e com um amontoado de folhas como
travesseiro acabei pegando no sono tendo o céu estrelado como teto.
Aquela, com certeza, foi a melhor soneira que tive em todas a
minha Jornada ( Levando em conta, que estava na estrada a apenas dois dias ),
contudo ela foi interrompida com alguém me sacudindo e cochichando meu nome,
lentamente abri meus olhos, com a visão pouco turva, pisquei algumas vezes para
a mesma melhorar, neste momento deparei-me com John olhando para mim de joelhos
aparentando que ia... Enfim, vocês estenderam. Minha reação natural foi recuar
e em seguida gritar, mas vendo que iria fazer isto John avança e tampa minha boca
com sua mão, fiquei nervosa, tentei relutar para escapar, porém seu olhar doce
mais brilhante que a lua daquela noite me acalmou.
- Fica Quieta! - Cochichou John, ainda amordaçando minha boca
com sua mão, olhando ao seu redor procurando algo.
- Seu DOIDO! Tá fazendo o quê? - Questionei, quando
finalmente consegui me livrar.
- Tem alguma coisa nos vigiando, por isso que lhe acordei. - Explicou-se,
ainda olhando para seu redor em busca de algo.
- Vigiando? O quê está nos vigiando? - Questionei, tentando
achar os olhos de John que não paravam de se mexer.
- Eu não sei exatamente, mas quando você dormia eu ouvi
barulhos vindos das árvores. - Disse John, com sua face demonstrando estar
aflito.
- Arf! Você me acordou por nada?! Você devia estar com sono
quando ouviu os tais barulhos, não precisa dar um de doido não! - Afirmei, me
levantando e sacudindo a terra que havia em minha roupa.
- Fica Quieta! Eles podem te ouvir. - Sussurrou John,
segurando meu pulso, ainda de joelhos.
- Ficar quieta o quê?! Você tá precisando dormir hein?! - Aleguei
para John, puxando forte meu braço para que ele o largasse, e sai de perto
rápido pisando em folhas secas e galhos jogados.
Enquanto andava até minha barraca, algo se jogou sobre minhas
costas o peso era tanto que acabei desabando ao chão, quando consegui ver do
que se tratava, John estava em cima de mim, olhando para as copas das árvores.
– Você é muito estúpido, sabia? Agora sai de cima de mim!!! – Berrei de
nervosismo dando tapas em seu braço, que por ironia apertava forte minha
cintura. – Não berre sua louca e olhe para ali! – Pediu John, com seu rosto
expressando algo que não pude captar de imediato. Virei um pouco, ainda deitada
no chão, e vi algo sinistro se movendo entre as árvores, arregalei os olhos em
espanto e quando menos esperava grandes e vermelhos olhos surgiram entre as
folhas escuras dos galhos. – O que diabos são aquilo? – Perguntei para John, na
esperança de que ele soubesse do que se tratava. – Viu? Eu te disse e agora
quem é o doido? – Ironizou John, querendo que me lhe pedisse perdão pelas
grosserias lhe ditas. – Ok, me desculpe! Agora sai de cima de mim! – Disse,
empurrando-o para o lado com força e levantando-me do chão. Quando enfim
recuperei a consciência do que seria aquilo que havia visto, neste momento uma
pena negra cai lentamente, cortando o vento calmamente em minha frente aquilo
me assustou e olhei ao meu redor e eis que estávamos cercados por uma revoada
de pássaros negros como a noite, ele planavam sobre nós, formando uma espécie
de cúpula para não nos deixar escapar. – Quem são estas criaturas? – Questionei
para John, agarrando forte seu braço, que estava em pé ao meu lado, mas antes
que pudesse falar, de dentro do bolso de sua calça algo começou a brilhar e
bipar, logo identificado como a Pokédex.
Pokédex: Murkrow, Pokémon escuridão. Murkrow são temidos como os portadores que trazem mal Fortúnio. Ele mostra forte interesse em qualquer coisa que brilha. Temido e odiado por muitos, acredita-se que traz má sorte para todos aqueles que o veem à noite.
- Bom saber, mas como escapamos dessa furada? - Perguntei, apertando mais forte o braço de John com medo.
- Ora, vamos correr é claro! - Afirmou John, me puxando pela mão e a segurando-a indicando que era para segui-lo.
Comecei a correr seguindo os passos de John, porém formos surpreendidos quando um dos pássaros negros voa ligeiramente em um mergulho com seu corpo cercado por faixas brancas identificadas pela Pokédex como o movimento do tipo voador: Aerial Ace. Jogamos-nos ao chão para nos salvarmos do ataque, porém no meio do desespero acabo raspando meu joelho em uma rocha fincada no chão, que começa a sangrar e arder, de imediato acabo apertando forte o machucado para que ele fosse estancado, porém assim deste modo não conseguiria mais correr. Vendo que havia me machucado, John não encontra outra solução a não ser enfrentar os pássaros que nos ameaçavam. Retirando de seu bolso a esfera bicolor e ampliando-a em sua mão, arremessa para o auto e a fenda que se encontrava no meio se abre e em meio a um feixe de luz azul e prata surge à pequena criatura chama: Chimchar. – Vamos lá Chimchar! Use Ember nos Murkrow que nos rodeiam! – Ordenou John para criatura chama.
Escutando a ordem lhe dada, começa a rodopiar e lançar brasas quentes mirando nas aves sombrias, porém nenhumas daquelas aves foram atingidas. – Não pare, use Ember até algum deles sucumbir ao ataque! – Volta a ordenar, com o olhar aflito. Chimchar volta a lançar as brasas, mas o erro persiste e as aves saem intactas do ataque lhes deferido; antes que pudesse falar algo a mesma ave que momentos antes havia nos atacado voltou seu olhar para Chimchar, e com o olhar de frieza abre seu bico e uma esfera negra, carregada de perversidade, é lançada em direção da criatura flamejante que recebe danos e é lançada para longe por conta do impacto.
– Não desista, vamos avance com Fire Spin! – Ordena ao macaco de chamas caído ao chão, que se levanta ao ouvir as palavras de incentivo de seu treinador.
Chimchar abre sua boca e focando nos pássaros que nos rodeavam surge uma esfera vermelha como fogo e dela um vórtice de chamas é lançado, porém novamente o ataque falha.
– Mais o que está acontecendo aqui? Porque os ataques de Chimchar não funcionam? – Questiona John. – Eu não sei, é como se os ataques passassem diretos pelos Murkrow’s! É como se eles não tivessem corpo!
Procurei me acalmar, em uma situação como aquela entrar em pânico não ajudaria em nada, respirei fundo algumas vezes, reuni todos os detalhes que pude lembrar sobre o que estava acontecendo, analisei-os, porém não conseguia encontrar a resposta para aquele enigma: Por que os Murkrow’s não eram atingidos? Até que me lembrei de algo que havia dito antes, os Murkrow’s aparentavam não ter corpos, e com esta informação em mãos, ampliei uma Pokéball com uma mão, enquanto segurava o joelho com a outra, e a lancei para o céu, e abrindo o feixe do meio, uma criatura elétrica surge em meio a feixes azuis prateados.
– O quê? Shinx? O que você está fazendo Aurora? – Perguntou John, olhando para mim espantado.
– Veja e você irá compreender, Shinx avance com Spark nos Murkrow’s! – Ordenei, sentindo dores em meu joelho.
Ao ouvir meu comando, Shinx corre em um grande circulo e ergui-se do chão com seu corpo carregado eletricamente, atingi um por um das aves sombrias que nos rodeavam, no momento em que eram atingidos, seus corpos se transformavam em um pó brilhante prata que caia sobre nós como chuva de primavera, apenas um sobrou depois do ataque e continuava planando no ar, mesmo após ser atingido, e observa atentamente Shinx voltar ao chão o encarando.
– Ah! Agora entendi o porquê! – Disse John abrindo a boca ao finalizar sua frase em admiração.
– Que bom, mas ande, mande Chimchar fazer algo, antes que o original nos ataque! – Clamei para John, antes que mais alguma coisa acontece para piorar nossa situação.
– Ok, Vamos Chimchar! Use Fire Spin no Murkrow Original!! – Preceitua John ao ouvir meu pedido.
- Não posso perder está chance, Vá Pokéball!
Proferiu John, vendo sua oportunidade de Capturar seu Pokémon. Ele arroja a esfera bicolor, mirando em Murkrow caído ao chão, que atingi a plumagem negra de sua cabeça e recua um pouco, a fenda negra do centro de abre e um feixe brilhante rubro absorve a criatura e se lacra caindo ao chão, se agita momentaneamente e por fim o barulho característico a conclusão da captura é ouvido.
- Parabéns John! Você conseguiu capturar seu Pokémon! - Afirmei com um sorriso singelo de canto.
- Obrigado, mas essa não foi fácil, devo admitir que este Murkrow me deixou nervoso! - Confessou John, recolhendo a Pokébola do chão e afagando a cabeça de Chimchar pela ajuda.
- Com certeza, mas ainda não compreendo o porquê dele ter nos atacado. - Disse, me levantando aos poucos com Shinx me apoiando para que não caísse.
- Acredito que estas árvores sejam o território dele, e com certeza ele não gostou da “visita” que não foi convidada, vendo que éramos em maior quantidade usou o movimento Double Team para nos afugentar daqui! - Explicou John, indo até mim para me ajudar a levantar e fazer o curativo.
- Bom agora isso já não importa! Só me ajude a ir até minha barraca, por que depois dessa dormir no chão da barraca, com certeza é a melhor opção. - Declarei, me apoiando nos ombros de John e com Shinx ao meu lado me seguindo, ele andava marchando como se fosse meu guarda-costas pronto para me defender.
Em uma noite que os jovens nunca vão esquecer, mais um se entrega a equipe: Murkrow, o Pokémon mais sombrio que eles já viram até agora, porém esta mesma criatura provará ser leal e competente nos momentos mais difíceis ou misteriosos; Algo enigmático e sombrio está se aproximando da dupla, algo que fará revelar o passado destes jovens, porém, por enquanto, os deixemos dormirem e sonharem com um futuro prospero e feliz.
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Bom Tarde ( Ao menos aqui ainda é tarde )! Bem, já chegamos ao capitulo quatro. Sem duvidas as estorias escritas por mim e lidas por vocês, leitores, estão um tanto comuns demais. Sei que alguns não gostam de ler coisas deste estilo: Comum Demais! Mas vou avisa-los que no próximo capitulo já irei desmistificar este lado criança e feliz da maioria das FanFic's que abordam o mundo Pokémon.
No próximo capitulo o real tema da FanFic será abordado, que é os mistérios e segredos muito sigilosos, que nós seres humanos sempre temos. O Enredo principal tem como inspiração os livros da grande escritora Sara Shaperd, uma escritora que particularmente me chama a atenção; e a estoria será baseada nos livros da sua seria nomeada Pretty Little Liars, mas irei parar por aqui com as explicações, pois não quero que desvendem os casos dos próximos capítulos, apenas estou anunciando e afirmando que não estou plagiando a obra dita acima. Estou me baseando nela!
Enfim, espero que tenham gostado deste humilde capitulo, e agradeço desde já os que comentarem ^^
P.S. Deixarei aqui uma prévia do próximo capítulo, e peço suas opiniões:
"[...] Segui meu rumo para longe dali com John ao meu lado como companhia; caminhamos pela rua de pedras lascadas com a luz do luar como nossa companhia, as luzes do poste estavam brilhantes com Hoothoot’s piando à noite deixando o clima mais aconchegante e calmo. O ar frio do anoitecer era especial eu me sentia em uma daquelas cenas românticas de filmes premiados de Hollywood; Continuamos andando sorrindo um para o outro, a rua deserta raramente quebrava o clima lírico que nos rodeava, contudo em meio aqueles momentos alegres senti um arrepio invadindo meu corpo, não sabia o porquê, porém tinha conhecimento, como um sexto sentido, que algo de muito ruim estava para acontecer. Demos mais alguns passos, eu estava confortavelmente aninhada nos braços de John, pena que isto não demorou muito. Enquanto admirávamos a vista, enxergamos alguma coisa escondida entre alguns arbustos no canteiro perto do poste de iluminação, iluminados pela luz tênue do luar, não identificamos de imediato, precisamos avançar poucos passos para saber do que se tratava.
– Ahhhhh! Ela está morta?! – Gritei me deparando com uma garota jogada no chão do canteiro de terra batida. Suas roupas sujas de terra sugeriam que ela havia caído ou havia sido jogada ali. Seus cabelos loiros cobriam o seu rosto, que complicava para saber de quem se tratava. Seus olhos vidrados olhavam diretamente para a rua de pedras lascadas, onde um laço vermelho ensanguentado estava.
– É a... Alison! – Afirmou John, não acreditando no que víamos, ele me abraçou forte. Minhas lagrimas escorriam pela jaqueta cinza clara que ele usara enquanto contemplava a cena de horror [...]"
muuuuuuuuuuuuiiiito bacana
ResponderExcluirsuper legal a história. Vou pesquisar mais sobre esses fascinantes contos sobre o fantástico mundo Pokémon.