#17 - Espiar II


#17 – Espiar II


Eu continuava esperando o hack estar completo, entretanto, passava os olhos pelas estantes, e aparentemente apenas tinha livros e filmes antigos assim como alguns objetos arcaicos também.

Já ia a desviar o olhar quando no canto do olho vejo um objeto rubro que me chama à atenção. Dirigi-me a essa prateleira e vi que era uma velha pokébola suja e poeirenta, e aparentemente vazia. Ao seu lado vi um quadro igualmente sujo e poeirento de um menino rodeado feliz com seu Pokémon à sua volta. Algumas perguntas apareceram na minha cabeça, quem era aquela criança, porque razão estaria aquela fotografia ali...



O meu raciocínio foi interrompido quando o programa deu sinal de o hack estar completo. Corri para a cadeira e comecei a analisar. Começa pelas missões mais velhas e ele já tinha centenas de missões feitas e todas bem-sucedidas. Mas, por fim, cheguei ao fim da lista e lá estava uma missão por concluir. Abri o ficheiro e comecei a ler.

Era mesmo aquilo. A missão dele era tentar fazer com que eu e Marry acabássemos o namoro. No início não consegui acreditar. Mas, por fim, caí em mim. Aquele John estava numa missão e tentava fazer com que eu me zangasse com Marry.

     Imprimi o ficheiro, imediatamente, e saí enfurecido da sala. Quando eu estava na saída, as portas abrem-se e do outro lado vejo um vulto conhecido. Era Giovanni e eu havia sido apanhado:

     -Oi, Harry! O que faz aqui num dia de folga? – pergunta Giovanni escondendo o ódio.

-A “net” lá em casa tá falhando, então pensei que não tinha mal usar da secretaria para ir verificar o e-mail do Pokébook. – saiu-me com uma das dezenas de desculpas que se passaram na minha cabeça.

-Sério? Então não faz mal. – acabava dizendo passando por mim para a sua sala.

Sem perder tempo e a rezar para que ele não desconfie da minha resposta, vou para casa. Quando chego vejo Rachel e Michael a terminar a reabilitação e pelos vistos estava tudo muito bonito e arranjado.

-Eles ainda não vieram? – perguntei enquanto me dirigia à cozinha para pegar um pão para lanchar. – Já agora fizeram um trabalho excelente. – acrescentei elogiando o esforço do casal e erguendo o polegar da mão direita para cima.

-Não. Não vieram. Ainda não. – respondeu Rachel.

-E, obrigado. – agradecia Michael.

-Quem tem de agradecer sou eu! Por fazer todo esse trabalho e por me terem dito onde eu poderia encontrar explicações. E encontrei. – disse mostrando a folha que imprimi no quartel.

-Sério? Deixa ver! – disseram em coro se debruçando sobre mim.

Entreguei as folhas para os dois e começaram a analisar muito concentrados e com ar pensativo. Depois, de lerem com atenção entregaram-me a folha e disseram que já desconfiavam.

Não tardou para os outros dois chegarem e a hora de confrontar John também e inspirando algum ar começo:

-Então, John, correu bem a missão?

-Missão de que você está falando, Harry? – perguntava Marry, confusa.

-Disso, veja você. – respondo entregando a folha.

-É sério, John? – perguntava depois de consentir no que leu.

-Descobriram-me. Mas agora eu vou dizer ao Giovanni que você andou a mexer nos ficheiros que não são para você.
    
     -Vai. E não te esqueças de manchar o teu currículo perfeito. – disse ironicamente.

     -Argh! – gemeu bravo.

     Logo de seguida este vai-se embora.

     -Assim mesmo. – fesejei, de seguida, abraço Marry e a beijo – Tive medo de te perder, e alguns ciúmes. – acrescentei.

     -Que querido. Tá me fazendo corar.

     Continuamos o dia dando os últimos retoques na reabilitação dos terrenos da casa e acabámos tendo um belo quintal para os nossos Pokémon brincarem.

Harry descobriu tudo e resolveu o caso acabando com os seus ciúmes. Mas o que acontecerá a seguir? Esperem pelo próximo episódio!!!


Yukio…

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